Andressa 22/01/2016O que dizer desse livro que eu estava gostando pacas e agora odeio?Houve um sumiço repentino. Será sequestro? Os pais estão desesperados. A protagonista, Jenny, mãe da adolescente que desapareceu, Naomi, passa o livro inteiro se lamentando e se culpando e descobrindo que ninguém naquela casa é quem dizia ser.
Fiquei na dúvida se essa mãe era realmente tão ruim assim, tão relapsa ou se faltou umas boas chineladas nesses filhos ingratos e mal educados! Piores filhos da face da terra. O livro é triste, depressivo e os filhos nunca apoiam a mãe, nunca aliviam a sua dor, sempre a culpam e a criticam (com exceção do Theo, que é o mais simpático, talvez o único). A própria autora questiona essa mãe por ela trabalhar muito e não ficar em casa prestando atenção nos filhos e isso eu não gostei. Mulheres trabalham, criam filhos e se viram nos 30. Sobrevivem! Isso não justifica esses filhos horríveis!
Naomi é uma mimada, grossa, fútil, drogada, irresponsável!
Que final foi esse? Fugir com um traficante de drogas, que nem ao menos é o pai do filho que ela espera, para viver com os ciganos? Quem faz isso com os próprios pais por puro capricho???
Não engoli. De jeito nenhum! Achei que esse seria um livro sobre o desaparecimento de uma filha querida e como essa família reagiria, afinal sequestros acontecem, pessoas somem todos os dias porque coisas ruins ocorrem em casa ou porque pessoas ruins as levam embora. Agora uma adolescente mimada, riquinha e sem noção que vai embora por conta própria, por motivos que até agora não entendi, foi uma porcaria de final. Aquela mãe desejando incansavelmente revê-la, tocá-la... Senti muita pena. E a filha nem merecia, afinal foi embora porque quis.
Por último, e as fotos do Theo? O que é isso? Quem tira fotos da irmã de 15 anos pelada e diz que é exposição de arte?
Tem algo de muito perturbador nesse livro.
Ufa, desabafei.