Resenhas - PAIS SUPERPROTETORES, FILHOS BANANS

Jessica 21/07/2024

Melhor do que imaginei
Confesso que comprei o livro por achar o título extremamente engraçado e real. Mas confesso também que fiquei meio "com o pé atrás" por o livro ter sido escrito por uma jornalista. Nada contra os jornalistas, obviamente, mas pensei que seria mais um livro sobre achismos e opiniões.
A surpresa é que a autora traz estudos e algumas citações bem importantes sobre alguns temas, como fracasso, desenvolvimento de habilidades, limites e deixar os filhos ter autonomia. Como professora ela traz uma visão dos professores/alunos e de como os pais podem ajudar a tornar seus filhos adultos funcionais (a superproteção não é o caminho).

Albert 17/01/2017

Obra obrigatória para os pais sensatos
A ótima obra de Lahey aborda um tema atual e frequente: a geração dos pais com proteção excessiva culminado numa geração insegura e dependente. Embora a publicação tenha sido escrito numa perspectiva norte-americana, acredito que o contexto do tema seja adequado aos pais de uma forma geral.

Com ótima fluidez a autora aborda um tema complexo de maneira simples e objetiva. Temas como proteção e/ou interferência excessiva, fracassos e suas consequências, as ferramentas do aprendizado e o trabalho na escola e como lidar com as dificuldades; visto tanto da perspectiva dos pais como do próprio filho fazem deste livro leitura obrigatória para todos os pais sensatos. É interessante a maneira como Lahey aborda o assunto num contexto amplo. Ela não apenas aborda o tema limitadamente, mas o amplia de forma que possamos compreender os efeitos que a superproteção pode vir a ser prejudicial no crescimento dos filhos. Utilizando argumentos convincentes e baseados em estudos, a educadora narra casos reais e que ajudar os filhos na motivação intrínseca, autonomia e independência exigem muito mais esforços.

A escritora abrange o contexto das crianças pequenas aos adolescentes pré-universitários. Com propriedade fornece algumas ações simples que podem fazer uma grande diferença em casa: apoiar ou controlar, recompensar por motivação intrínseca e extrínseca, entre outros. O trabalho de Lahey torna-se até solidário de certa forma e o leitor mais sensato o verá como uma obra bonita, solidária e transferindo um grande aprendizado: um crescimento como pessoa, como pai e acima de tudo preocupado em fazer do filho uma pessoa capaz de lidar com o revés, o fracasso, mas que ao mesmo tempo seja capaz de crescer como pessoa e daí extrair grandes lições como independência, autonomia e competência e que consequentemente o levará ao êxito.