Fabiola Hessel 16/09/2021
A moreninha travessa, uma aposta e um estudante de medicina
Achei esse livro uma fofura, um clássico que me conquistou pelo humor, pelas histórias entrelaçadas e por trabalhar tão bem o clichê de primeiro amor e reencontro. Já estou em busca de outros clássicos brasileiros fofinhos como esse.
Eu adoro um romance doce daqueles que eu fico suspirando junto com os paonagens e esse é no melhor estilo cão e gato (amo).
Eu tive certo estranhamento com a linguagem no começo, mas logo depois me acostumei e foi super tranquilo de ler. O livro começa com a reunião de estudantes de medicina meio bêbados falando sobre amores e mulheres, cada um vê o amor de uma maneira e eles termina com uma aposta e um convite para uma reunião familiar.
A senhorita Carolina, a Moreninha, alfineta o seu par romântico com suas respostas rápidas e seu jeito moleca, ele fica incomodado e fascinado com ela e isso deixa ele numa situação nova. O leitor se diverte com as idas e vindas deles e vai descobrindo o quanto os dois combinam, ambos tem um humor peculiar, adoram pregar uma peça e ficam nesse misto de birra e encantamento.
Eu gosto também do clima de festa no campo, de reunião entre amigos fora da corte. Também dá pra traçar um paralelo com o que encontramos nos clássicos de outros países e nos romances de época que se passaram em Londres.
Acho que é um clássico que agradara adolescentes, adultos e idosos, pela delicadeza, risadas e por ser leve, além de ser uma leitura super fluída. Fui arrebatada pela aposta, pela dinâmica dos amigos estudantes e pela moreninha travessa que encanta com sua língua afiada, suas alfinetadas e travessuras.
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