Kabrine 28/12/2021Uma releitura de um livro da infânciaCertos livros ficam na memória da gente, com muito carinho e identificação e ao reler insônia eu pude perceber o quando amadureci e entender porque o livro mexeu tanto comigo na época em que o li.
De antemão encontrei problemas que antes não tinha visto como a forma em que Homero ficou aficionado com Cláudia: pensava nela o tempo todo, escrevia para ela, rondava a casa dela para ter um vislumbre dela, imprimiu a conversa dos dois e colou na parede.
E aí fica claro que foi um homem que escreveu esse romance.
As atitudes do jovem, que já era maior de idade e Claudia não, eram um pouco preocupantes e até possessivo.
O pai da Cláudia era muito negligente com a filha, acredito que o autor quis demonstrar que existe muita confiança na filha, porque ela já age como uma adulta por cuidar do pai e da casa, mas deixar a filha sair de noite com desconhecidos dentro do hotel e nem checar de vez em quando como estão as coisas, achei meio assim esquisito.
É uma leitura extremamente agradável mesmo com os maneirismos e gírias da garota e percebi atitudes típicas de adolescente vindo dela, o que prova que ela não era assim tão madura quanto pensava e tá tudo bem, porque é outra atitude de adolescente achar que é maduro para idade quando não é.
Ela de fato é diferente das outras garotas, tem outras responsabilidades, mas (de novo fica claro que um homem escreveu o livro) critica as outras garotas da idade dela porque só pensam em garotos e falam de garotos (o que não é verdade) e mesmo assim o livro girou em torno de... ta dã: garotos! Dela sentindo que falta algo e no fim era um namorado.