A Filosofia na Alcova

A Filosofia na Alcova Marquês de Sade




Resenhas - A Filosofia na Alcova


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Riva 29/01/2021

Como ferrar a cabeça de uma jovem!
Este livro foi meu primeiro contato com as obras do Marquês de Sade.
O livro é muito bem escrito, e descreve, sem qualquer pudor cada cena sexual.
Confesso que fiquei chocada com o livro como um todo, nem preciso dizer o quanto o livro foi revolucionário é chocante para a época.
O termo sadismo deriva do nome dele e não deriva à toa.
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Virna 13/01/2021

Leitura fluída
A leitura é simples e as referências citadas quase sempre são acompanhadas por nota de rodapé.
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Icaro.Jatoba 01/12/2020

Assustador e excitante. Li o livro editado pela Esquina Editora em 1980.
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Kelly Albuquerque 14/08/2020

Leiam Sade. Os ?fazedores de moral? tem muito o que aprender aqui. Uma ana?lise das condic?o?es de possibilidades sociais, histo?ricas, econo?micas, ideolo?gicas, enfim de poder, de todo os elementos que compo?em o edifi?cio moral. Um a um e? desnaturalizado e desconstrui?do. O que e? construi?do em seu lugar? Uma moral. Sim, uma moral, do prazer de si mesmo. Curioso, muito curioso os desdobramentos deste prazer libertino de si mesmo, sobretudo porque vemos nele articulado uma lei. Para os que, por outro lado, na?o esta?o nem ai? para elocubrac?o?es teo?ricas, insisto: leiam, nem que seja para repensar sua ero?tica, digamos assim, rsrs. Sabera?o do que trato quando fizerem a leitura. Sem spoilers. Mas, advirto, e? um texto forte, muito forte, em todos os sentidos.
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Patrick 13/04/2019

Curso intensivo do prof. Sade
''Toda a espécie poderia se acabar e, estejais certos, nem por isso o ar seria menos puro, os astros menos brilhantes e a marcha do universo menos exata.''

Como dramaturgo o marquês é ótimo ensaísta. Aliás, todo o seu trabalho se resume a um grande solilóquio febril. Sade, se não fosse ele próprio, seria medíocre como escritor. Ele não consegue evitar de projetar-se nos personagens, e mesmo quando seus personagens são moças virginais, opostos a tudo o que ele idolatra, representações de tudo o que ele deseja corromper, nota-se uma sombra dele por lá, em algum lugar sob os fios sedosos que cobrem uma cabecinha bela, inocente e virtuosa.

Eu critico ele como dramaturgo e como romancista; como contista ele é bem bom (Não esqueço um conto seu sobre a Santa Trindade: ninguém faria melhor); como indivíduo não era melhor que seus piores personagens; mas como personalidade ele foi único: ateu raivoso, libertino legítimo, erudito e inteligentíssimo. Tem uma prosa elegante, como se vê em Justine; um linguajar pesado adocicado ora aqui ora ali por expressões de uma poesia irretocável. Seu texto contém tudo o que se abominava na época, e muito do que se abomina hoje. Como escritor, não é versátil e divertido quanto Casanova; é menos sofisticado que Mirbeau; mas nenhum outro reúne tantos tabus numa mesma obra e as justifica em nome da Natureza, que ele declara, no seu modo reverente, como um ciclo vivo, porém insensível, brutal, autofágico, criador e destruidor; e que ela não seja entendida como outro nome para Deus, que para ele Sade será sempre alguém que puxa as cordas, ou que não as puxa, invenção do medo humano, que com o tempo foi recoberto de orgulho e irreflexão.

Ele é o enfant terrible por excelência: somente um pra citar Nero tantas vezes como um exemplo a ser seguido.
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Erick Simões 03/03/2018

Distoante.
Um livro que vale a pena ser lido por se destoar de todos os outros, mas que não é lá grande coisa.
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Rodrigo 21/06/2015

Preceitos Imorais
Após ler "A Filosofia na Alcova" não me restam dúvidas quanto ao porquê de Sade ser considerado, para alguns, o maior libertino de sua época, e, para outros, o mais detestável de todas as épocas. É quase impossível não levar em consideração qualquer dessas opiniões. Se por um lado Sade consegue fomentar uma filosofia designada ao "espírito libertino", e com isso mostrar toda a sua sagacidade, já pelo outro lado, "se é que se pode tê-lo por negativo", é mostrado um estratagema austero de inescrupulosidades, definhador de tudo o quanto é tido por moral; por demais a moral-cristã. Por isso, que tão logo no mundo Sadeano, libertinagem pode ser facilmente confundido à abominação. Sobretudo, é preciso observar o caráter estético de toda a obra, que vai desde as mais eloquentes extravagâncias, como até as mais exortantes retóricas.

Particularmente falando, reconheço o sensato cuidado que se deve ter ao absorver qualquer tipo de conteúdo... e então, o que se deve ter em mente é: "A Filosofia na Alcova" é aquele tipo de livro que propõe ao leitor uma predisposição, ou senão uma entusiástica sede ao bizarro, chulo e ao desprezível. Em outras palavras: "é preciso organismo para poder digerir." Importante ressaltar que isso não impede e nem restringe qualquer outro leitor interessado ao material em questão.






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Ângelo Von Clemente 20/04/2014

Palavras não tenho que descreva tamanha infâmia.
Obra condiz inteiramente com a fama de seu referido autor, sendo ela considerada por muitos como uma de suas mais ''leves'' no que diz respeito a depravação. Pessoalmente eu NÃO ACONSELHO tal leitura a absolutamente ninguém, salvo estudantes de psicologia e semelhantes áreas, pois a referida obra apresenta um conteúdo verdadeiramente bárbaro, mesmo se analisada sobre um ponto de vista critico e dentro de seu respectivo contexto histórico. Rogo aos leitores que pretendem ler tal obra somente por curiosidade que se desfaçam imediatamente de tal desejo, pois que o conteúdo aqui apresentado é inapropriado desde a primeira página. Não sou defensor do puritanismo, tampouco sou provido de preconceitos religiosos como muitos poderão supor pela resenha que aqui apresento, isto é algo que quero esclarecer antes de tudo. Para os leitores curiosos tentarei resumir os temas abordados nesta obra, arriscando-me assim a faze-lo de forma artificial... O autor nos faz querer crer a todo o custo que a perversão e a imoralidade são características inatas a todo o ser humano e respectivamente a natureza, ao decorrer de sua narrativa ele faz aberta e feroz apologia ao crime em todas as suas formas imagináveis, podendo citar dentre elas: O estupro, o assassinato, o infanticídio o parricídio, a sodomia, o roubo, a pedofilia e dentre outras variadas formas de depravação humana.
Analisando bem a vida do autor não resta dúvidas acerca do motivo de seus incontáveis anos de carcere e em instituições psiquiátricas (Perdoem-me a forma de me expressar, mas és um verdadeiro asno imbecil aquele que vier defender-lhe a moral, cousa que ele desdenhosamente se orgulha de nunca ter tido ao decorrer de toda a sua vida)De minha parte somente tenho a dizer: Acho realmente uma pena que tal individuo não tenha desfalecido na prisão da Bastilha.
De fato o Marquês de Sade era um homem cuja mentalidade se encontrava muito a frente de seu tempo, e que em suas obras geralmente são abordadas questões ideológicas e criticas demasiadamente relevantes até certo grau, tendo também em uma possível tentativa de defesa sua a questão do contexto histórico. Apesar das questões morais e filosóficas levantadas em suas obras, não pude eu compreender a que se atribui a suposta genialidade do ''diviníssimo marquês''
Ignorância em demasia de minha parte, dirão os árduos defensores desse ''filosofo brilhante e incompreendido''
Não querendo desmerecer a estes últimos, muito pelo contrário, visto que a opinião de cada um deve ser devidamente respeitada.
O que pretendo ao realizar esta resenha é justamente expor aqui os meus pensamentos, e espero não ter problemas ao faze-lo.

Gostaria enfim de concluir o meu raciocínio com uma pequena advertência, e com alguns poucos trechos da obra para que os leitores possam melhor apreciar em que me baseio para dar tal opinião.

Primeiro a advertência:

Aos seres sensíveis, verdadeiramente humanos e dotados de um sentimento raro denominado empatia: Rogo-lhes de toda a alma que jamais tenham a curiosidade de folhear algo que seja da autoria deste autor, visto que o conteúdo abordado em suas obras é extremamente pernicioso e pode chocar espíritos puros e desavisados.

Aos estudantes do ramo da psicologia e leitores interessados em se aperfeiçoar no estudo do comportamento humano em geral: Desejo-lhes prudencia e acima de tudo estomago para desbravar as obras deste individuo tão contraditório. Garanto-lhes que aqui terão um vasto conteúdo para ser analisado acerca do funcionamento da mente de um maniaco depravado e extremamente perturbado que se utiliza avidamente do sarcasmo e da ironia no intuito de realizar criticas sociais que imediatamente perdem o valor (dentro da minha concepção, que os senhores podem interpretar como bem entenderem) graças a demência de quem as tenta solidificar.

Poderia eu prolongar muito mais a discussão acerca da presente obra e de respectivo seu autor, entretanto acredito que tal coisa não seja necessária, visto que eu me tornaria por demasiado repetitivo em minha analise. Aceito de bom grado o esteriótipo de ''você não compreendeu o sentido da obra ou não soube interpretar o autor'' Em minha defesa digo unicamente que me prestei a algo que muitos não tem a coragem de fazer; A de expor minhas opiniões sem medo da critica.


Para finalizar tenho aqui alguns trechos que mais chamaram minha atenção e mais me indignaram na presente obra aqui discutida, muitos dos quais eu uso como fundamentação para as minhas criticas:

-

''Em uma palavra, ouso sustentar que o incesto deveria ser a lei em todo o governo cuja base fosse a fraternidade


''É, entretanto, absolutamente certo que o estupro, ação tão rara e tão difícil de provar, prejudica menos ao próximo que o roubo. Esta
invade a propriedade, aquele limita-se a deteriorá-la. Que podereis responder ao autor do estupro quando ele lhe provar que o mal que praticou é, de fato, bem medíocre, pois ele não fez nada mais que colocar o objeto de que abusou no estado em que logo seria colocado pelo casamento ou pelo amor?''


'' A sodomia é um vício de organização e em nada contribuímos para semelhante organização. Desde a mais tenra data, há meninos que sentem essa inclinação e que nunca se corrigirão. As vezes é fruto da sociedade, mas mesmo nesse caso pertence à natureza; sob todos
os aspectos, é obra da natureza e em qualquer caso o que ela inspira deve ser respeitado pelos homens


''É, pois, superior às forças humanas poder provar que existe crime na pretensa destruição de uma criatura de qualquer idade, sexo ou espécie''


''Quem, senão a natureza, nos aconselha os ódios pessoais, as vinganças, as guerras, enfim, todas as causas de perpétuo assassínio? Ora, se ela nos aconselha é porque disso necessita. Como podemos, em conseqüência, nos supor culpados para com ela, se não fazemos mais do que segui-la? Já dissemos mais do que o necessário, para convencer qualquer leitor esclarecido, de que é impossível ultrajar a natureza com o assassínio.''


''A bondade não passa de uma fraqueza que a ingratidão e a impertinência dos fracos forçam sempre os que a praticam a se arrepender''


''Todos os homens têm, pois, um direito de gozo idêntico sobre
todas as mulheres. Não há, pois, um único homem que, em face das leis da natureza, possa ter sobre uma mulher um direito único e pessoal. A lei que as obrigará a se prostituir quando quisermos, nas casas de deboche de que falamos, e que as obrigará a frequentá-las caso a isso se recusem, que as punirá se faltarem um só dia, será, pois, uma lei das mais equitativas e contra a
qual não se poderá invocar nenhum motivo legítimo ou justo

(2) Não venham dizer que me contradigo, aqui; é que, depois de afirmar que não fartas o
direito de ligar a nós uma mulher, eu destruo esses princípios dizendo que temos o direito de constrangê-la; repito que tratamos do prazer e não da propriedade; não tenho direito de propriedade sobre uma carta forte que encontro em meu caminho mas tenho direito de
nela saciar minha sede aproveitando da água límpida que se oferece a meu destrate; assim também não tenho direito de propriedade sobre as mulheres mas, em função de meu prazer, posso constrangê-las a me satisfazerem caso queiram se recusar.''


''Um homem que desejar possuir uma mulher ou donzela poderá, pois, se estas justas leis vigorarem, intimá-la a comparecer a uma destas casas e lá, sob as visitas das matronas que regerão este templo de Vênus, ela lhe será entregue e terá que satisfazer, com humildade e submissão, todos seus caprichos, por mais estranhos e irregulares que possam ser; pois não há nenhum que não esteja no sistema da natureza, que ela não aceite. Teríamos que pensar na fixação das idades, é verdade. Sou de opinião que não se deve estabelecer nenhum limite; seria restringir a liberdade daquele que desejasse gozar uma menina, por exemplo. Quem tem o direito de comer o fruto de uma árvore pode, sem duvida, colhê-lo verde ou maduro, segundo as inspirações de seu gosto. Mas, objetar-nos-ão, há uma idade em que a saúde da jovem pode ser prejudicada pelas ações do homem. Esta consideração não tem nenhum valor: desde que me dais o direito de propriedade do gozo, este direito é independente dos efeitos que sua prática produz; é absolutamente indiferente que seu uso seja vantajoso ou prejudicial para o objeto que a ela deve se submeter. já não provei que é legal obrigar uma mulher a esse respeito e que, assim que ela desperte o desejo de ser possuída, deve submeter-se a ele, pondo de parte todo sentimento egoísta? O mesmo acontece com sua saúde. Desde que as considerações que se tenham a esse respeito possam destruir ou enfraquecer o prazer daquele que a deseje, e que tem o direito de dela se apropriar, este cuidado com a idade se torna inútil, porque não se trata aqui, absolutamente, de saber o que sente o objeto condenado pela natureza e pela lei à satisfação momentânea dos desejos alheios. Não se trata neste exame senão daquilo que convém a quem deseja. Mas nós restabeleceremos a balança''


P.S: Os trechos escolhidos são consideravelmente amenos se comparados com o restante do livro, e foram escolhidos quase aleatoriamente ao longo da leitura para dar uma noção geral da mentalidade do autor.
Keylla 28/12/2015minha estante
Adorei sua resenha. Muito coerente. Já tentei ler "OS 120 dias de sodoma" por duas vezes e acabei abandonando. Não dá.
Seguirei sua primeira advertência.


Garrit 08/04/2019minha estante
Vi o livro em promoção, e o autor sempre me despertou curiosidade. Agradeço por expor parte do conteúdo. Seguirei seu alerta e me voltarei para outros autores. Excelente resenha!




Henrique 07/04/2014

A história é bem simples: um casal de irmãos (inclusive rola um caso entre os dois) trama uma emboscada para envolver sua visita, uma adolescente de 16 anos, num esquema em que serão ensinadas a ela, na teoria e na prática, as mais depravadas formas de desfrutar o sexo. Para servir de professor, eles solicitam os préstimos do indivíduo mais libertino, cruel, imoral, cínico e incrédulo, que conhecem.

A Filosofia na Alcova exige que você, durante a sua leitura, suspenda todos os seus bloqueios morais. Nesse livro, falava-se naturalmente de incesto, orgia, devassidão, sodomia, além disso, defende-se o ateísmo, pedofilia, assassinato, parricídio, infanticídio (entendido no sentido mais amplo e não no sentido estrito do código penal). Isso tudo no final do século XVIII, quando foi publicado! Imagina a repercussão à época! O livro é pesado até para os dias de hoje. Sentimos certo desconforto ao lê-lo. E dizem que não é o mais pesado, nem o mais cruel, do Marquês de Sade, hem!

A despeito do peso do tema, não deixe de ler o livro. A narrativa é fluida, o texto do Marquês de Sade é muito bom: ótimas metáforas, engraçado, dinâmico, elegante (apesar dos palavrões). Sou suspeito porque gosto muito do estilo de escrita do autor; até tento, nesse aspecto, me inspirar um pouco nele, e admito certa influência sua no meu estilo. E o sarcasmo fino e o senso de humor? Rio muito lendo suas obras.

E não pense que o livro é vazio. Ele usa o sexo e a depravação moral para criticar as instituições, a sociedade e os costumes franceses de seu tempo.

Respire fundo e leia.

P.S.: Escrevo contos e poemas eróticos. Caso se interesse, acesse o link abaixo.

site: http://apenaobscena.blogspot.com.br/
Dennis.Lurm 30/08/2016minha estante
Assisti no último fim de semana o espetáculo " Os 120 Dias de Sodoma" dogrupo Satyros e fiquei perplexo com o texto, não conheço a obra de Sade e com certeza irei ler ! você já viu esse espetáculo? recomendo !




Fabi 10/08/2013

É o que passa na mente do ser humano
Antes de ler o livro, eu vi um filme chamado Quills (acho que em Português era Os Contos Proibidos do Marquês de Sade) que contava um pouco sobre a história deste personagem histórico tão controverso. Tendo achado o filme interessante, resolvi procurar pela literatura do mesmo e, láaaaaaaaaaaa nos meus tempos de faculdade, achei este livro na biblioteca e reservei.
Acho que não conseguiria descrever em uma palavra o que li, mas uma coisa é certa o que eu li ficou gravado em minha memória. As cenas descritas tinham tamanho detalhe e perfeição que muitas vezes fiquei com vergonha de mim mesma. É preciso estômago forte e muita disciplina literária (eu diria) para encerar o que o Marquês escreveu. O livro é terrivelmente bom, recheado das piores sacanagens (no sentido literal) que uma pessoa pode fazer com outro ser humano. E isso tudo carregado de um lirismo que só.
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