A Filosofia na Alcova

A Filosofia na Alcova Marquês de Sade




Resenhas - A Filosofia na Alcova


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Dr. Gabriel Mata 21/07/2024

Crítica da razão pu*a
Pra uma geração que se chocou com 50 tons de cinzas não é o primeiro livro que eu recomendaria pra quem busca algo erótico, mas sem dúvidas é leitura obrigatória dentro da filosofia.
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elieltoncastr_ 17/05/2024

"Pode o homem dominar seus gostos?"
Leitura difícil. Em um primeiro momento, há o choque, a repulsa de se ver defrontado por uma sexualidade completamente escancarada. Em seguida, há o torpor. De tão escancarado, o tema (assim como execução) torna-se repetitivo, enfadonho até. Somente na reta final que se desperta o choque novamente, ainda que, aparentemente, este não seja o livro mais pesado de Sade. A leitura também e interessante pelo contexto histórico da França do século XVIII e pela paródia (desenfreada) de costumes e valores da época. Em um olhar mais voltado para estudos, torna-se interessante para compreender a perversão segundo a psicanálise, graças ao gozo ilimitado (ilusório) retratado na obra. Esta edição ainda tece alguns comentários a respeito do autor, do qual são proveitosos apenas saber os dados históricos que envolveram a criação do livro.
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Fernando.Lovato 20/02/2024

Livro pornô com filosofia entrelaçada nas pausas dos coitos
É um livro polêmico e ousado hoje. Na época que foi escrito é compreensível que fez o tanto de inimigos que fez. Se você é um iniciante na leitura filosófica ou é puritano nos costumes, não recomendo o livro. É possível aprender o que o autor propõe de uma maneira mais leve e rápida. Já, se você curte putaria, criticas pesadas à instituições tradicionais, esse livro é para você.

-- Pontos positivos:
. Coragem. Escrever e criticar do jeito que o Sade fez não é para qualquer um.
. Historicamente relevante. É legal ver como a questão sexual na França do século 18 funcionava (o que era considerado moral e imoral).
. A proposta de revolução sexual foi revolucionária para época e talvez tenha contribuído para a liberdade sexual atual. Ex: na época a interdição religiosa sobre o tema era pesada, hoje é fraca o que beneficiou uma grande maioria. Sade contribuiu para tal.
. Putaria

-- Pontos negativos:
. Críticas impertinentes. É fato que as religiões cristãs radicalizaram as relações afetivas para seu interesse (radical para o sagrado); a obra radicaliza para o profano com argumentos tão inválidos como os quais o personagem Domance tanto critica. Ex: o noia criticando o doido.
. Fere os direitos humanos. Estupro, violência, pedofilia são valores exaltados na obra (com embasamento frágil... o personagem Domance usa o conceito de natureza de maneira pilantra várias vezes)
. Muita putaria, pouca filosofia. De filosofia mesmo é no máximo 25%. Para leitores que não querem perder tempo com descrições de coitos, basta a carta que Domance lê para os personagens no terço final do livro.
. Para o mundo contemporâneo, nada que o Sade expõe no livro é novidade. Se você viu pornô na sua vida, entrou no twitter e tem noção que instituições tem interesse próprio para o ato do coito (ex: religiões, Brazzers, anime romanticos, etc..), a obra pouco adiciona.
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Marcos606 14/08/2023

A pornografia e a filosofia não se distinguem categoricamente na Era do Iluminismo. A crítica social e política passa pelo desvelamento de seus efeitos obscuros sobre os corpos e sua economia. Portanto, falar e escrever o sexo e suas categorias, é falar de muito mais que sexo. As desordens, as regulações dos corpos individuais envolvem as do corpo político e social.

Compreendemos melhor então que para além da crueza do texto e da sua temática libertina, encontramos um discurso filosófico, quase um chamado às armas, que põe em evidência as ideias do Marquês em relação à liberdade, à religião, à monarquia e aos costumes.

O pensamento de Sade ataca as instituições, prolonga os debates filosóficos sobre o conceito de Natureza e sobre o papel da sociedade em relação a esta Natureza, bem como sobre a influência desta no comportamento humano.

A reflexão libertina exposta por Sade parte do princípio de que a Natureza rege o universo e seus componentes. Deus existe apenas na mente dos homens. Ele é apenas um ídolo entre muitos. Este retorno à Natureza como único princípio supremo parece ter sua origem na filosofia antiga. Esta hipótese é confirmada em particular pela apologia do ateísmo. A única adoração tolerada seria um retorno ao paganismo romano.
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Paulo 08/06/2023

Os preceptores imorais
Então eu quis começar a ler o infame marquês de Sade, e indicaram esse daqui. E bem, a fama faz jus a ele. Sade é estranho, o leitor nunca sabe ao certo até que ponto ele está falando sério ou propositalmente brincando com o leitor. O resultado disso é que uma hora ele argumenta um ponto ético que nós estamos discutindo no mundo de hoje, e em outra ele fala uns absurdos que você por um momento pensa que pulou alguma página. No fim é uma ótima sátira da ideologia da época, que nos influenciou tanto e faz de Sade ser ainda atual, e eu entendo o fascínio com o marquês.
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Jackson240784 21/05/2023

Em um quarto repleto de divãs, almofadas, lençóis e cetins, a jovem Eugênia é guiada pelo experiente Dolmancé e pela senhora de Saint?Ange nas artes da libertinagem.
Erotismo, ideologias libertárias e submissão se misturam, assim como os corpos nus dos três amantes, na obra máxima do mestre do sadismo.
Um romance denegrindo a moral e os bons costumes onde exalta que o prazer, mesmo que sobre as custas da dor alheia, deve ser aceito e venerado como correto e natural.
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chorumela 20/05/2023

Liberdade. palavra tao doce nos intelectuais de internet. leram sade? foi um teorico dela. quems sabe entre um mises e outro?
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Janaína Martins 01/05/2023

Definitivamente não é para qualquer um!
Poderia ter usado meu tempo pra ler algo melhor.
Me arrependi
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vitu 04/04/2023

Na obra uma jovem passa por uma "educação sexual" em que são ministradas diversas praticas sexuais. Além dos detalhes, o autor fez uma obra que cuida da ideia de aproximação e apreciação do leitor com os fatos.
Por se tratar de Marques de Sade, o explícito toma boa parte da leitura, entretanto, deixa espaço para reflexões sobre a moral e costumes.

#naomorramsemler
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Gabi 20/03/2022

Publicado em 1795 e considerado por muitos a obra mais cruel de Sade. A narrativa se passa em um quarto, onde Eugénie aprende as nuances da libertinagem por meio do veterano Dolmancé e da Sra. Saint-Age. Trata-se da educação sexual da moça, com pinceladas de erotismo, submissões, posições ideológicas e ideias republicanas.
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Steph.Mostav 16/01/2022

Os infortúnios da virtude e as prosperidades do vício
[TW: estupro, pedofilia, tortura]

Com sua obra, Sade combate o idealismo sentimental de boa parte dos romances de seu século através da paródia. Suas críticas atingem em cheio a sociedade da época, principalmente através dos personagens virtuosos, que sempre sofrem nas mãos dos libertinos como suas vítimas. Assim como o prazer desses libertinos se dá através do sofrimento dos virtuosos, valores como virtude, sensibilidade e boa moralidade são sempre atacados em discursos nos quais as vítimas ocupam o lugar do "outro" e o discurso preponderante é sempre dos algozes, os libertinos.

"De modo geral, ocorre o seguinte nos romances de Sade: contam-se duas histórias paralelas (e complementares) que se cruzam, se entremeiam: a dos infortúnios da virtude e a das prosperidades do vício."

Eugénie, a protagonista do livro, é educada segundo os valores de todo bom libertino por seus preceptores e passa por um arco de corrupção ao longo do livro para tornar-se um modelo segundo o que Sade considera uma pessoa fiel à própria natureza, que não distingue as boas das más ações. Para isso, deve eliminar tudo que se interpõe entre ela e sua felicidade, que para Sade é a luxúria e a satisfação carnal.

"Nesse sentido, o que se vê em A filosofia na alcova é uma educação pelo avesso. Uma “deseducação” em que os costumes e a religião são desqualificados de suas funções seculares de tornar os indivíduos felizes. Não conseguiram, pensa Sade. Jamais conseguirão porque seus princípios estão assentados em bases falsas. Deus não existe e a virtude é uma quimera."

Não é para menos que essa educação sexual e filosófica, além de política, ocorre na alcova, localizada entre um ambiente de conversação, o salão, e o de amor, que é o quarto. Isso porque, além das peripécias sexuais do grupo, Eugénie também é ensinada dos valores morais que devem ser empregados pelos republicanos caso queiram que seu sistema político progrida e se mantenha.

"Para Sade, a consagração definitiva de um Estado revolucionário não é possível sem que a sociedade sofra uma radical transformação na qual a libertinagem dos costumes representa o principal motor. A moral, aqui, só faz sentido se orientar as ações humanas para uma felicidade que só se traduz pela prática das mais variadas formas de prazer e de crueldade, e pela realização de todas as fantasias do indivíduo."

O sistema sadiano depende do outro, o virtuoso, para que o libertino alcance a satisfação sexual e, portanto, a felicidade de acordo com sua noção de natureza. Quem visa o bem só alcança a alegria de maneira indireta, através do deleite do outro. Só quem manifesta seus relacionamentos através da crueldade egoísta pode alcançar o verdadeiro contentamento e é assim que se constrói a bipolaridade libertino/vítima.

"Tese central do pensamento materialista sadiano. Destruição em nome da transmutação ou do movimento perpétuo. O que autoriza a violência do libertino é, pois, um saber: uma filosofia da natureza. Assim, o assassino ajuda a natureza porque lhe fornece efetivamente a matéria-prima para as suas reconstruções. Prestando este “serviço” à natureza, ele participa ativamente da circulação geral das espécies no sentido de sua renovação energética. Nada se perde. Transmutação não é destruição."
Anne L. 17/01/2022minha estante
que resenha, amiga! Já quero ler


Steph.Mostav 17/01/2022minha estante
Achei o livro muito bom, só não funciona para quem é muito sensível porque as crueldades são muito explícitas e gráficas




leonardo.capis 24/06/2021

Ao ouvirmos o nome de Marquês de Sade, o sadismo, o sadomasoquismo, a libertinagem e a imoralidade são maquinalmente associados à figura do autor. Em "A filosofia na alcova", livro que encontrei quando procurava por "Os 120 dias de Sodoma" (o qual não pretendo mais ler), Sade, utilizando-se dos diálogos de seus personagens, busca expor sua filosofia moral (ou imoral), argumentando que os costumes convencionados são antinaturais e devem ser totalmente modificados, atropelando qualquer coisa que se oponha às forças que ele chama de “naturais”.

A história gira em torno de Madame de Saint-Ange e Dolmancé, ambos libertinos pervertidos que tem em suas mãos a oportunidade de passar seus “ensinamentos” à Eugênia, uma adolescente que vai ao encontro de Madame de Saint-Ange sem saber o que a espera. Em meio a teoria, Eugênia assiste e participa de atos libidinosos comandados pelo sodomita Dolmancé com o auxílio de Mme de Saint-Ange. Apesar de um pequeno susto inicial, Eugênia assimila e encontra um grande prazer nas falas de seus preceptores e nos atos a que é submetida.

Sade infestou o romance com elementos que fizeram sua fama: sodomia, incesto e sadismo, para citar alguns, estão fortemente presentes nas cenas entre os personagens. Os atos são descritos de forma detalhada, e apesar de inicialmente serem um pouco chocantes, mais tarde se tornam enfadonhos. À certa altura eu estava odiando aquela Eugênia! Algumas falas dentro daquele bacanal, confesso, me fizeram rir. O livro é quase inteiro em diálogos, com poucos capítulos.

"A filosofia na alcova" muito provavelmente será o único livro do Marquês de Sade que eu terei lido. E digo isso gostando do livro, apesar de tudo. Explico: ao fim, o romance me passou a ideia de que fora escrito por alguém com alguma desordem mental, e não pelos depravados comportamentos sexuais, mas por sua filosofia absolutamente egocêntrica (o prazer próprio acima de tudo) e o desejo genuíno de que seu país a adotasse para se transformar em algo melhor, algo que não dá, em sã consciência, para levar a sério. Ainda assim, merece ser lido – uma vez.

site: https://trincheirasdoocio.wordpress.com/2021/01/19/a-filosofia-na-alcova-os-preceptores-imorais/
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MaAra.Kirovsky 03/05/2021

Li 70% do livro
Desisti do livro perto do final. Apesar de ter uma boa construção de personagem e diálogos, o conceito não me apeteceu como novidade interessante, visto que estamos no seculo 21 em que a libertinagem já é menos escandalosa e a igreja nao assassina mais tantas pessoas
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Danielle 07/04/2021

Histórico
Livro com um palavreado bem difícil de ler, mas é legal saber a origem das coisas, esse livro é bem explícito na forma que demonstra, mas indico a leitura!
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