spoiler visualizarBrupagfar 11/11/2024
Uma I.A que se sente humana?
?O Homem Bicentenário" é um conto que se passa no futuro, neste caso talvez não tão distante. Mesmo escrito no século passado, mais especificamente em 1976, pode ser abordado para discutir sobre temas mais polêmicos do século XXI: a tecnologia e suas influências. Tudo se passa no período de 200 anos (vem aí o bicentenário do nome) na visão de um robô e suas dificuldades no meio em que vive, desde a ascensão da tecnologia que o ?deu a vida?, até o ápice da mesma.
A questão principal que fica ao ler o livro é: O que faz um Homem ser um Homem? Seria a sua biologia? Sua consciência? Ou talvez o seu papel na sociedade?
Ao decorrer da história podemos perceber uma evolução no personagem principal. Inicialmente tinha poucos traços característicos. Desta maneira, houve a necessidade de estudar e analisar a sociedade. Para no final, ser parecido com um ser humano. E como ele, nós aprendemos a conviver em sociedade, já que o conceito Homem pode ser diferente do conceito Homo Sapiens. Todos os Homens tiveram que aprender a serem Homens; somos moldados em sociedade a agir, pensar, comunicar nos meios em que convivemos.
No livro se discute sobre sobre as leis da robótica (algo criado pelo autor), que sempre coloca o Homem como superior; porém o Andrew crítica a necessidade de criar uma lei para proteger os robôs também. Já que segundo a lei, um humano poderia fazer qualquer mal a um robô, ou até mesmo destruí-lo. Com consciência própria ou não, ele indivíduos merecem direitos? (situando que no presente não há inteligências artificiais com consciência, assim não tem como comparar com um robô atual).
Há uma constante vontade do Andrew de se modificar, fisicamente ou não, para se camuflar entre os Humanos. Algo que nós fazemos, porém esse não é um ponto que gostaria de aprofundar. Ele só se sentiu completo, ou feliz consigo, quando conseguia chegar a seus objetivos. Em todo momento me senti ressentida com essa vontade incessante por ser algo que ele nunca poderia ser por completo. Será que ele estava querendo mudar por si próprio? Ou apenas para se sentir incluído em um grupo?
Com o meu gosto pessoal em ciência naturais, gostaria que houvesse termos mais científicos, como no livro: O admirável mundo novo. Que ao mesmo tempo não parece uma distopia sem pé nem cabeça, consegue trazer termos técnicos e simples de entender. E quando havia a implementação de trechos mais científicos se parecia algo sobre pseudociência, uma mistura de termos complexos com significados errados.
Acredito que a tradução foi mal realizada. Havia diversos trechos com erros ortográficos. E uma escrita simplista demais. Tornando o processo de leitura muito desgastante.
Apesar de todos os aspectos negativos, a mensagem principal foi dada. Fica a reflexão: Será que no futuro teremos androides convivendo conosco? Com o avanço das inteligências artificiais, seria interessante conhecer algo como o Andrew.