Lucas.Sousa 02/08/2020
Imperialismo, estágio monopolista do capitalismo.
Lênin descreve neste livro, exaustivamente, o processo de formação dos monopólios, a fusão dos capitais industriais com os bancários, criando o capital financeiro, que centraliza dos maiores ao pequenos capitais, e passando do outrora mero papel de mediador, para o papel de um ativo organizador dos investimentos de capital e dos lucros em vários países; descreve também a repartição do mundo entre um punhado de grandes empresas, criando conflitos entre os Estados nacionais dessas empresas monopolistas e levando ao imperialismo.
Se os monopólios surgem da concorrência, o imperialismo, por sua vez, eleva a concorrência capitalista a um novo patamar, que é internacional, criando, assim, a competição entre os Estados por territórios coloniais, mercados, "áreas de influência". Estes repartem o mundo conforme a força bélica e o poder econômico. Essa força e poder variam constantemente, levando a novos conflitos entre os Estados capitalistas por novas repartições.
As guerras imperialistas tornam-se iminentes (tal como foi a guerra de 1914).
Os monopólios não podem se furtar de obrigar seus Estados (meros balcões de negócios da burguesia) de dominarem outros povos, tendo em vista que o desenvolvimento capitalista na Europa e nos países centrais já chegou ao seu limite, isto é, já explorou todas as atividades lucrativas possíveis. Assim, há um excedente de capital, mas uma escassez de negócios lucrativos. Por isso, os grandes monopólios são obrigados a exportar seus capitais para a Ásia, África, América do Sul, etc. sob diferentes formas.
O mundo inteiro torna-se subordinado a grandes monopólios de dois ou três países capitalistas superpoderosos (em 1916: Inglaterra, França, em 2020, EUA, China, Alemanha?), estes, tendo alcançado este patamar, criam acordos entre si e impedem o progresso técnico científico. É o parasitismo e decadência do capitalismo.
Mas a dominação imperialista, seja por meio de soldados que ocupam as terras, sejam pelos empréstimos dos bancos internacionais que estrangulam a economia de pequenos e pobres países, forma uma ampla classe trabalhadora nas margens do capitalismo, criando miséria e pobreza, que gera revolta e indignação. Nesta aventura imperialista, os povos dominados, subjugados e explorados, não têm outra escolha senão resistir e lutar por um novo futuro. O imperialismo cria todas as condições para o desenvolvimento da luta de classes em âmbito internacional.
O imperialismo se torna a antesala da revolução socialista mundial.