TioBriel 12/01/2024Não consigo dar outro título pra resenha que não: ?????Um comentário inicial: demorou muito, mas valeu a pena.
Este livro é um dos clássicos daqueles difíceis de ler. Porém este não foi só difícil, foi demasiadamente difícil lê-lo. Não só por conta das grandes exposições de Victor Hugo (que podem parecer prolixas mas não são nem de longe) mas também pela miséria, melancolia, desgraça e tristeza narrada em cada uma de suas páginas.
Este livro é sobre história de Jean Valjean. Absolutamente ele é o personagem principal. Não é Cossete, não é Marius, quem dirá Fantine, ah pobre Fantine! Muitos críticos e estudiosos poderiam escrever artigos provando que se trata de uma história sobre a França, ou talvez não, o fato é que eu prefiro acreditar que se trata sobre um martírio de humildade.
Depois do Bispo e do Jean, não conheço outra persona que não tenha propagado tanto bem e tenha sido tão injustiçado a não ser Jesus.
Estou dizendo que Jean é semelhante a Jesus? Não. Tem uma grande diferença entre os dois e essa diferença é importante: Jesus nunca errou. Já Jean sim. Mas o que Jean Valjean fez? Roubou um pão porque sua família estava com fome. Ele nem sequer pensou em si.
A narrativa de Victor Hugo apesar de longiva conseguiu exprimir muito bem questões da moral e da lei que perpetuam nos dias atuais: a que ponto um homem deve ser punido em razão dos seus atos? Porque deve-se levar em conta os motivos e as singularidades de cada caso concreto?
Há tantas coisas que eu gostaria de dizer sobre esse livro, mas não acho que uma resenha deva ter o tamanho de um artigo. Sendo assim resumo minhas palavras em: Foi muito difícil ler esse livro, mas foi mais difícil ter postergado tanto essa leitura, pois eu precisava lê-lo.