A Civilização Inca

A Civilização Inca Henri Favre




Resenhas - A Civilização Inca


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Hanna.Figueredo 25/10/2021

Livro muito bom para entender a civilização Inca e processo da conquista.
A partir da leitura dos escritos de Favre sobre os incas, consegui compreender que até o século XIV, estes eram apenas mais um grupo indígena encontrado nas proximidades das cordilheiras dos Andes, inclusive eram vistos como intrusos por diversos outros povos vizinhos. Entretanto os Incas se tornaram o maior império da América em extensão territorial, com pouco tempo de existencia, dominando uma grande área do norte do Equador a região central do Chile. Eles se expandiram atacando, mais sobretudo estabelecendo alianças com povos circunvizinhos, os Incas fizeram uma ocupação firmada em laços, e não uma ocupação territorial. Os povos que se encontravam nos perímetros próximos, aceitavam as alianças visando evitar invasões, mas também para participarem dos benefícios imperiais; os soberanos Incas também se esforçavam para convencer as populações periféricas de que o Império era a única configuração política possivel. Apesar da civilização Inca ter existido por pouco mais de um século, eles descendem de outros povos milenares como os Tiwanaku e os Wari; mas a primeira civilização encontrada e associada aos povos andinos são os chavin, que foram dominados pelos Incas.
O império inca foi uma reunião de centenas de grupos variados sob o mesmo signo de unidade e chefiados pelos Quechua, que se encontravam em Cuzco, a capital do Império. Houve outros povos que se relacionavam e constituíam também o império Inca, infelizmente os colonizadores espanhóis, trataram essa multiplicidade de gentes como se fossem apenas um povo, reduzindo todos ao termo inca. Mas assim como os Quechuas, as demais civilizações possuíam suas próprias caracteristicas. No momento em que os espanhóis chegam ao território Inca, ocorreu um choque de dois mundos em expansão, tanto os incas quanto os espanhóis estavam em constante crescimento. Ambos justificam seus imperialismos sobre os mesmo termos, como salienta o Henri Favre sobre os Incas: “Diziam-se investidos de uma missão civilizadora junto as populações dos Andes que ainda estavam mergulhadas na barbárie.” (2004, versão digital, p.19). Discurso muito parecido com os dos europeus nas expansões ultramarinas.
O elemento organizativo do mundo andino, eram as unidades agropastoris denominadas de Ayllu, essas garantiam uma aliança familiar e cultural a cada célula, mas não delimitavam lotes de terra, não estavam ligadas a marcações territoriais. Os Ayllus eram chefiados por um Kuraka, e esse tinha acesso a força de trabalho de uma parte de seus súditos, mas não haviam tributação em especie, foram os espanhóis que estabeleceram a tributação nos Andes. A energia humana era convertida na agricultura ou no pastoreio, e os Kuraka não tinham acesso aos bens de seu povo, ele ainda concedia os seus próprios recursos para redistribuir o fruto do trabalho que obteve. Os Incas são famosos por praticarem o pastoreio de Alpacas e lhamas, animais nativos de sua região, e pelas ruinas do grande templo do deus Sol. Não moldavam o aço, ignoravam o uso do ferro, mas eram ótimos metalúrgicos com o ouro, material que tinham em grande abundância. Infelizmente com a chegada dos europeus, os adversários do império Inca, viram os espanhóis como aliados em potencial e muitas alianças foram estabelecidas. Epidemias levadas pelos conquistadores, e lutas internas pela sucessão imperial, deixaram a civilização enfraquecida, e a soma de diversos aspectos relativos ao processo da conquista, levaram a derrota e ao fim do império Inca.
@stoppajoao 25/10/2021minha estante
Ótima resenha. Parabéns!




Clara.Brogliato 13/03/2022

Não gostei
Não que eu não tenha gostado da civilização, muito pelo contrário, acho eles muito pica, inclusive assistam o desenho da nova onda do Imperador, que é sobre o império inca.
Mas a escrita foi um porre de se ler, esse texto sem imagens, coisa mais chata. O jeito que o Soustelle descreveu a civilização asteca, com imagens e mapas, linguagem acessível, foi muito melhor do que o Favre fez com a inca.
Camila 21/03/2022minha estante
O livro eu não conheço, mas esse filme é fantástico! Já olhei várias vezes!




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Tiagofas 09/07/2020

Introdutório
Interessante, mas bastante introdutório. De leitura fluido, gostoso de se ler.
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Talvanes.Faustino 25/08/2021

Um dos grandes exemplo da grandeza humana. O paroxismo da nossa espécie, a destruição promovida pelos cristãos, acabaram com a última chance que tivemos de ter um futuro melhor.

Especificamente sobre o livro, é um bom trabalho de introdução, tão curto, mas garante muita boa informação.
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William90 19/01/2022

Livro bem detalhado sobre a história dos incas.
Recomendo para quem gosta de história e civilizações antigas...
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Hyra 27/03/2022

assim não achei o livro assim extraordinário mas muito bom ainda bem informativo e perfeito pra quem gosta da história dos incas
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Tellys 10/10/2022

Introdução a história Inca
Esse livro é uma excelente porta de entrada para quem tiver interesse em aprender sobre a civilização Inca. Ela traz um panorama geral dessa cultura andina que é muito significativa para a historia da humanidade e instiga o leitor a procurar outras literaturas mais aprofundadas que lhe permitam dar prosseguimento à imersão nos vários aspectos da complexidade cultural, religiosa, social e política incaica. Recomendo muito a leitura.
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Jeff_Rodrigo 14/06/2024

Em "A civilização Inca", Henri Favre nos apresenta como surgiu, floresceu e ruiu o Império Inca, um dos maiores já existentes. Para isso, o autor apresenta estudos, documentos científicos e históricos que vão relatando os principais episódios da existência dessa antiga civilização andina.

No capítulo I, o livro começa relatando como os povos tribais Chavin, Tiahuanaco, Huari e Chimu viviam e se comportavam, descrevendo os seus modos de vida, conflitos internos e externos e, principalmente, como se uniram para fundar a confederação cuzquenha, com o intuito de formar alianças de defesa e ataque para guerras.

No capítulo II, são descritos os efeitos da criação dessa confederação: a rápida expansão territorial, com centralização de poder, constituição da monarquia e guerras de conquista contra as tribos vizinhas - relutantes a integrarem o império.

No capítulo III, baseando-se nos documentos deixados pelos conquistadores espanhóis, é apresentado o funcionamento da sociedade Inca. As suas práticas econômicas, produtivas, arquitetura e organização social são detalhadas, de modo a dar uma ideia de como funcionava a unidade básica de organização imperial, a aldeia (ayllu). São descritas a figura e função do homem, da mulher e dos jovens dentro do ayllu, e qual era o principal papel do chefe tribal (kuraka) dentro do equílibrio e manutenção dessa organização. Cita-se também as formas comunitárias de ajuda entre essas aldeias, como por exemplo, o ayni e a mita, garantindo a segurança alimentar e social à população de todo o Império, através de serviços voluntários em plantações e construções de infraestrutura. Essa organização propiciou, rapidamente, uma sociedade estratificada, organizada em diferentes níveis de poder, aproximando-se muito à constituição de um Estado Monárquico.

No capítulo IV o livro foca na organização centralizada do império. Os diferentes cargos e suas funções nessa sociedade estratificada são detalhados. Há, é claro, o destaque para o papel do soberano, descrevendo os seus limites e como este personificava as ambições do império - descrição feita através das evidências históricas levantadas (contos, documentos e levantamentos arqueológicos).

No capítulo V são descritas as principais características culturais dessa civilização. A literatura, música, danças, cerâmica, técnicas de tecelagem e metalurgia são descritas com uma riqueza de detalhes interessantes. A astronomia e a matemática, entretanto, merecem um destaque singular: eram extremamente avançadas e utilizadas em quase todos os níveis de organização social.

E por fim, no capítulo VI, a derrocada do Império diante da invasão europeia. Favre detalha como foi o processo de dissolução do império, com a desestruturação da organização imperial, o incentivo às revoltas separatistas contra o império e aniquilamento sumário da população Inca. Também nos conta como se deu os diferentes processos de resistência às investidas dos espanhóis, relatando as alianças criadas (até mesmo entre povos inimigos) contra os colonizadores. São descritas também, as principais batalhas de tentativas de reconquista de territórios, e quem foram os seus principais líderes. Aqui, aparece a heroica figura de Tupac Amaru e o seu trágico fim.

Esse livro é um apanhado interessante sobre a história dessa incrível civilização. Não é muito extenso, mas fornece informações interessantes, básicas, sobre a cultura e surgimento das nações da maioria de nossos países vizinhos.
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