Senhora

Senhora José de Alencar...




Resenhas - Senhora


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Daiane Camila 08/03/2012

Senhora é uma obra que mostra toda a graça e tradição da corte carioca do século XIX e também uma sociedade movida a base de dinheiro e regras desiguais. Com personagens complexos, José de Alencar conseguiu traçar um panorama social e cultural de sua época, além de fazer uma abordagem psicológica que foi muito explorada em obras posteriores, principalmente, no pós-modernismo.
A personagem protagonista, Aurélia Camargo, enfrentando uma sociedade que oprime a mulher, luta para impor suas vontades e se vinga de um homem que até então era vil e sem escrúpulos. Mas como em todo romance romântico, o amor pode mudar tudo, inclusive um caráter corrompido, como o de Fernando Seixas.
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Darlan 23/02/2012

extremamente cansativo
Uma excelente história, muito bem desenvolvida e um desenrolar-se no mínimo inteligente!! Porém muito cansativo!!!mal consigo ler 10 páginas por dia!!
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Eli Dias 20/01/2012

Perfil de mulher: Aurelia
Uma das minhas historias favoritas quando se trata de José de Alencar. Um enredo bem construido e empolgante.
A personagem principal, Aurelia, é uma mulher de personalidade muito forte; totalmente oposto a Seixas. É essa personalidade vibrante de Aurélia que vai impor a Seixas uma mudança completa no seu caráter, um tanto vacilante, quando se tratava da sociedade e dos privilégios que a sociedade burguesa podia proporcionar através de um casamento vantajoso.

Recomendo.
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Lu s2 28/12/2011

Senhora :)
Bem, vou parar de começar com bem, mas ok.

O livro foi um dos melhores que eu ja fui obrigada a ler na categoria clássicos! Ele me prendeu do inicio ao fim, mas principalmente, por conta da linguagem, por ser um clássico da literatura brasileira, ele foi lançado nos tempos onde ainda falávamos uma língua ultradificil e formal. E isso dificultou a minha leitura, mas graças ao meu querido pai que já tinha me obrigado a ler outros clássicos da nossa literatura, eu comecei a me habituar. O livro é realmente interessante, contando que deveria ser chato e monótono como outros clássicos que já li, ele foi esplendido. Mostrando um estilo "romeu e julieta" bem brasileiros e rígidos como a época, não se pode dizer que ele se compara ao clássico original, pois ele tem um fim totalmente diferente, inusitado e confuso. Nao que eu não tenha entendido, é só que não sei, não fui muito com a cara do final, mas ao mesmo tempo, me fez ficar feliz, pois deixou aberta a porta da minha imaginação, me fazendo pensar que final deu-se a historia na cabeça do autor e de seus personagens, como teria acabado?
Eu, realmente, tenho que agradecer ao meu pai pela oportunidade dada a mim de conhecer o brasil a tempos atras, onde arranjar um bom marido e cuidar da casa era a tarefa das mulheres, um tempo rico, cheio de ouro, prata, joias, amores, reis(eu acho que essa era amoeda, não lembro bem!) e jogos de amor...bem o livro é riquíssimo de conhecimento e Brasil. Indico!
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Mandy 15/12/2011

O livro que mais me impressionou...
Não somente pela maravilhosa história, mas também porque fui motivada à lê-lo apenas por obrigação escolar. Resolvi comprar o livro e lê-lo, mas não tinha intenção alguma de fazê-lo por prazer.
Após começar a leitura e conhecer Aurélia, não tive como me encantar com sua vivacidade, sua força e principalmente sua segurança. Ela acabou tornando-se miha heroína, a mulher que todas desejavam ser: ter todos os homens aos seus pés.
Porém desejava apenas um, do qual não abriu mão de esforços para que pudesse tê-lo em suas mãos, mas não apenas por amor e mas também por vingança.

José de Alencar me encantou principalmente por uma característica que incomoda muita gente, mas que eu simplismente admiro: a capacidade de descrever cada detalhe do cenário e de suas personagem.

E o final, cabe apenas ao leitor decidir o que aconteceu.
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BelaBelli 15/11/2011

Romance do séc. XIX que traz aspectos da organização social e moral da época – no ângulo da sociedade “burguesa”. É possível perceber a busca por status e riqueza, mas o elemento norteador do romance é o amor. O amor entre Aurélia Camargo e Fernando Seixas.

Aurélia era uma órfã e pobre de dezoito anos considerada deusa dos poetas e noivos em disponibilidade.

Sobre a guarda de seu tio e tutor Sr. Lemos, Aurélia pede que ele a ajude a se casar. Mas ela queria casar-se com Seixas, que tinha compromisso com Adelaide. Isso não faz a moça desistir dele, ela pede a seu tio que acabe com o compromisso de Seixas e Adelaide.

Seixas não aceita os 50 contos de réis oferecidos pela troca de noiva. Mas depois pensa que precisa de dinheiro para ajudar uma irmã e resolve aceitar. E a sociedade fica atônita ao saber que Aurélia iria se casar com um marido sem fortuna.

Após o casamento Aurélia começa a desprezar seu marido e na história como um flashback, mostra que na adolescência os dois haviam sido namorados e Seixas não aceitava se sua namorada fosse pobre, por isso ele troca Aurélia por Adelaide. E Aurélia sabe que foi trocada por Adelaide através de uma carta anônima. Aurélia confessa a Fernando que casou-se porque guardava muita mágoa e rancor. Fernando percebe que havia reencontrado e perdido Aurélia, e os dois passaram a viver como casados apenas para a sociedade. Ele sente-se humilhado e resolver devolver o dinheiro para Sr. Lemos e assim poder ficar livre. Com isso, Aurélia fica transtornada e declara seu amor por Fernando.
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Andreia Santana 15/10/2011

Aurélia, uma feminista ao estilo José de Alencar
Senhora, na minha opinião, é uma das obras mais audaciosas de José de Alencar e talvez uma das pioneiras da literatura brasileira nos idos de 1800. Para os padrões da época, Aurélia, a protagonista, era um escândalo. Acho-a genial! Embora discorde da vingança como método para curar feridas, não dá para fingir que fico indiferente ao fato de uma mulher, em pleno século XIX, tomar as rédeas da própria vida. Ainda mais numa sociedade onde as mulheres mal existiam como indivíduos e mal eram consideradas cidadãs.

Aurélia encara as adversidades do destino e muda o mundo ao seu redor, ao seu bel prazer. Ela não se rende, faz com que se rendam a ela. É uma das protagonistas mais bem resolvidas da nossa literatura. Ficar chorando pelos cantos? Que nada, ela vai à luta. Duvidam? Pois Aurélia, assim como a Capitu, de Machado de Assis, já originou tese de doutorado só pelo seu comportamento libertário. E como não!?

O romance de Alencar começa mostrando a vida simples de uma moça que é órfã de pai e cuja mãe costura para fora para garantir-lhes o sustento. Essa moça, Aurélia, é apaixonada por Fernando, um bon vivant que a namora e depois a abandona, porque está a cata de uma noiva rica em quem possa dar o golpe do baú. A mãe de Aurélia morre e ela se vê sozinha no mundo e com o coração aos pedaços por uma desilusão amorosa das brabas. Só que, o destino sorri e, algum tempo depois, ela descobre que seu avô era milionário e lhe deixou uma grande fortuna. É aí que Aurélia mostra que tem sangue nas veias.

A ex costureirinha pobre toma posse da fortuna, aprende etiqueta, piano e tudo mais que uma dama precisava saber naqueles tempos aristocráticos e, alguns anos depois, quando Fernando está sem eira nem beira, dá o golpe fatal. Manda o tutor acertar seu casamento com o ex-desafeto por cem contos de réis. Ele se casa sem saber quem é a sua senhora, ou seja, a mulher que o comprou. Só depois, descobre que é Aurélia, a pobre moça que ele abandonara.

A partir daí, José de Alencar se supera descrevendo cada uma das humilhações que Aurélia faz Fernando passar. Sempre jogando na cara dele que o comprou e que ele, portanto, não tem dignidade. Apesar de ainda amar o rapaz, ela toma para si a missão de dar-lhe uma lição, de fazer-lhe provar do próprio veneno.

Ao mesmo tempo, Aurélia ensina Fernando a ser homem. Apesar de considerá-lo indigno por ter se vendido, ela o ensina o caminho para reconquistar a honra perdida, e claro, para que descubra o que é o amor de verdade. Fernando, graças à força de caráter de Aurélia, revê os próprios atos e pouco a pouco, tenta reescrever sua trajetória.
Ana Ferreira 03/11/2010minha estante
Adorei sua resenha. Descreveu bem essa concepção de livro que eu mesma tive :)


Phrt 19/04/2012minha estante
Realmente uma feminista de mão cheia...
Adorei sua resenha....


Sara 23/05/2012minha estante
não posso deixar de concordar com sua resenha em gênero, número e grau. =)


Jessy Ferele 05/05/2013minha estante
Adorei sua resenha!! Eu li esse livro várias vezes! Me identificava com Aurélia, e a admirava também. Ela não é a mocinha indefesa e submissa como outro romances. Ela é a mulher forte, determinada e sem medo de enfrentar a sociedade! José de Alencar me conquistou por esse livro!! E pra mim Senhora é muito mais Realista/ Naturalista que Romântico!


Lucas 26/05/2013minha estante
Eu achei a leitura um pouco cansativa,mas é porque é o primeiro livro nacional que leio.Qual musica você acha que combina mais com a 2º parte? Tipo,uma trilha sonora...


Cleide 14/06/2013minha estante
É bom lembrar que na época o "golpe do baú" era prática comum entre os cavalheiros. E que Seixas além disso tinha um motivo familiar. Não desculpa, mas explica.


Daniela 06/10/2013minha estante
Livro maravilhoso! Já li e reli outra vez!Considero o melhor dos clássicos do Romantismo. A Record exibiu, não lembro em que ano, uma novela baseada na obra. Eu assisti, relembrando fielmente algumas falas do livro.


Rosi 31/10/2017minha estante
Amei a sua resenha, parabéns, pois você descreveu a mesma opinião que eu tive ao ler o livro, melhor personagem que eu que José de Alencar poderia escrever, Aurélia, me identifiquei e sempre que releio o livro, sinto aquele gosto de vingança que ela faz com o Fernando...


Ingrid249 13/02/2020minha estante
Vou te contar que eu acho é pouco o que ela fez, apesar de torcer para eles se resolverem. Com certeza uma das melhores personagens femininas da nossa literatura!


Pereira 15/11/2020minha estante
Estou pensando em tentar ler novamente,pois mais nova tentei e não entendia bulhufas (não do tema,mas da escrita antiga)


_San_ 11/02/2021minha estante
Resenha perfeita!! Parabéns!!


Marcia 06/05/2021minha estante
Parabéns pela resenha! Li o romance no primeiro ano ginasial, em 1966. E desde então reli-o diversas vezes. Trata-se de uma heroína diferente de todas as outras do autor e também das principais heroínas românticas.


Andreia Santana 06/05/2021minha estante
Aurélia é magnífica!


Quéfren 27/06/2021minha estante
Sua resenha está maravilhosaaa (você escreve muito bem)


Andreia Santana 27/06/2021minha estante
Obrigada, Leitorinha!


Lu 22/08/2021minha estante
Qual idade vocês recomendariam para ler?


Andreia Santana 22/08/2021minha estante
A partir de 15/16 anos, a depender da maturidade da leitora/leitor. O livro é do século 19, a linguagem requer um vocabulário mais desenvolvido. Precisa de mais maturidade também pra entender a história, o contexto social e cultural da época.


Gabi.Martins 03/06/2022minha estante
A melhor resenha!


Thais645 30/04/2023minha estante
Apreciei em ler a sua resenha e concordo essa foi uma das obras de José de Alencar mais audaciosas. Ele já havia colocado personagens femininas como protagonistas, exemplo disso foi Iracema, porém neste exemplar a protoganista tem autonomia critica e grande empatia do público feminion atual. Obrigada por compartilhar sua resenha!




Marina516 12/10/2011

Senhora x Orgulho e Preconceito
O que uma obra de José de Alencar e outra de Jane Austen podem ter em comum? Para mim, Senhora e Orgulho e Preconceito têm tudo. Ambas são ambientadas no final do século XIX, descrevem a sociedade da época — burguesa, esnobe —, ainda que de locais bem diferentes: Rio de Janeiro e Inglaterra.


O núcleo das tramas gira em torno de um casal que passa boa parte da história trocando farpas e se odiando mutuamente. E o dinheiro — o excesso e a falta — acaba sendo o fio que, ao mesmo tempo, separa e une os personagens.


Jane Austen, por ser uma mulher à frente do seu tempo, emprestou à Lizzy Bennet um temperamento atípico para as moças daquele século. Ela é uma heroína ao avesso das mocinhas de outras histórias românticas, pois não vive a suspirar pelo príncipe encantado, não se preocupa com as aparências, é extremamente altruísta, sem falar da língua ferina, que não poupa ninguém, nem mesmo a insuportável, mas megarrespeitada, Lady Catherine.


Já José de Alencar, apesar de ser homem, conseguiu criar uma Aurélia Camargo muito particular em suas características e deu voz a um personagem feminino de uma maneira não muito comum para 1875. Aurélia é teimosa — como Lizzy, independente — idem, voluntariosa — idem, idem (rs), e até inconsequente às vezes (mais idens).


Duas mulheres separadas por um oceano e duas culturas distintas, mas próximas nas atitudes e temperamentos.


Para mim, não existe cena melhor do que o choque de Fernando Seixas ao lhe ser revelada a verdade sobre o seu casamento com Aurélia. Assim como acontece com o irresistível Mr. Darcy, quando Lizzy recusa, na lata, o seu apaixonado pedido de casamento (corajosa ela, não?).

Aliás, muito da qualidade das duas obras se deve aos protagonistas masculinos de ambas: Fernando, charmoso, culto, mas um tanto sem personalidade (embora haja uma boa justificativa para isso — vou defendê-lo - rs); Mr. Darcy. Ah, Mr. Darcy! Prefiro nem comentar. Só digo que ainda está para nascer um "mocinho" como ele na literatura.

Bom, é isso. Dá para gostar de livros clássicos. É só se desarmar e deixar a história fluir. Brasileiros ou não, os clássicos não deixam nada a desejar se comparados com os livros atuais. É claro que tem a questão do vocabulário mais erudito, mas isso um bom persistente tira de letra.


Recomendo a leitura dos dois. E dou cinco estrelinhas para cada!
Gabriela 22/11/2014minha estante
Ótima resenha! Assim que acabei a leitura de "Senhora", lembrei imediatamente da querida Lizzy. Realmente, as histórias dialogam nessa questão do dinheiro, do casamento arranjado e até mesmo da situação das mulheres no século XIX. Entretanto, confesso que gostei mais de "Orgulho e Preconceito" por ser menos descritivo. As personagens deste também me agradaram mais, apesar do romantismo de Aurélia e seus dilemas amorosos e morais serem-me caros até certo ponto. Creio que o que mais diferencie as duas obras seja o foco no psicológico e nos sentimentos exacerbados, presentes na obra de José de Alencar e no Romantismo como um todo. :D




Stefanny 06/10/2011

Senhora ;*
Aurélia Camargo,moça jovem , bonita e decidida aos dezoitos anos recebe de herança de seu faleçido avô , uma quantia de um mil conto de réis.
Aurélia mudou sua vida. Antes morava na lapa, agora em uma belissima casa, frequentando aos melhores bailes e eventos da cidade.Como orfã ganhou dois tutores , D. Firminda e seu tio Sr.Lemos.
Já completado seus dezenove anos Aurélia ja arrecadava olhares , tanto dos homens pela beleza, quanto pelas mulheres de inveja. Decidida a se casar , Aurélia quer reencontrar seu antigo amor Seixas , mas que Adelaide Tavares estava interessada , mas nem tanto,pressionada por seu pai Manoel Tavares do Amaral.
Aurélia então manda Lemosem busca de Seixas.Ele encontrou o endereço e então bateu na porta ,Seixas mandou-o entrar.
Começaram a conversar , e Lemos apresentou o nome de Ramos apenas trocando o R pelo L .Lemos começou a enrolar e finalmente chegou ao assunto . Lhe ofereçeu mil réis pelo dote, Lemos estava certo certio que a resposta seria positiva, mas Seixas não aceitou . Lemos lhe ofereçeu um tempo para pensar , mas saiu atordoado. Depois de tres dias passados da oferta Seixas decide ir no escritorio de Lemos Seixas enfim aceita a proposta mas pediu adiantado vinte contos para fazer um negocio , Lemos diz que era ira falar com a noiva.
Aurélia manda Lemos entregar o dinheiro a Seixas imediatamente . Dali então foi marcado a data do casamento .Ela então fez um baile para se encontrar pela primeira vez com Seixas. Ele ficou muito serpreso em saber que sua noiva seria justamente Aurélia. Enfim entre esse baile houveram muitos outros até o casamento.
Chegou então a data , não foi uma cerimonia muito romantica, mas com muito luxo.Os padrinhos foram um ministro e uma senhora da sociedade .
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Marcella 29/09/2011

Senhora
Aurélia Camargo, moça jovem , bonita e decidida , aos dezoitos anos recebe ed herança de seu faleçido avó , uma quantia de cerca de mil contos de reis
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ThaisTuresso 19/09/2011


O que podemos dizer desse livro, senão um livro brilhante, onde José de Alencar, um dos principais nomes da Literatura Brasileira marcou o período do Romantismo no Brasil?

Em “senhora” José de Alencar retrata com maestria como era o estilo de vida da alta sociedade fluminense, que frequentavam os salões, onde se realizavam grandes bailes compostos por pessoas da alta sociedade carioca, dente eles: Aurélia Camargo e Fernando Rodrigues de Seixas, ou simplesmente “Seixas” como é mais conhecido na narrativa, nossos principais personagens desse livro fascinante e indubitavelmente marcante.

Aurélia sofreu vários golpes do destino em sua vida, ainda pequena perdera seu pai que a tivera em um casamento às escondidas, juntamente com seu irmão Emílio, que também cedo partira. A leitura inicia-se com Aurélia senhora de si, além de formosa, agora muito rica, onde nós leitores lendo minuciosamente as descrições do autor acerca desta personagem jamais poderíamos supor que um dia esta pequena rapariga fora desencantada do amor, onde reinava a pobreza e situações extremas, onde nem mesmo pudera arcar com o enterro da mãe. Esta parte da narrativa saberemos mais tarde, após os arranjos da moça para comprar um marido, leia-se umaépoca onde casar era fechar um grande negócio, onde sempre envolveria dotes e contratos matrimoniais. Digna de formosura e mente brilhante, Aurélia é aquela moça que assustava a sociedade fluminense com seus modos inesperados para uma moça da época, mas que com a riqueza herdada do avô alcançara patamares altos na sociedade, mas mantendo sua convicção intacta e soberana a respeito da caridade e do amor. Não posso aprofundar-me no relacionamento dela e de Seixas para não estar contando spoilers para os que ainda não leram esta obra espetacular, mas posso elogiar enfaticamente esse clássico sem pudor ou reprimendas, sou apaixonada por este clássico desde que o li há alguns anos atrás.

Quando recebi um convite para nos tornar parceiros da Editora FTD, escolhi este livro pela lembrança da leitura que tive o prazer de apreciar anos atrás e também pelo novo formato que a editora deu aos livros, além da história tradicional, nele foram acrescentados dados relevantes e verossímeis da época em que foi escrito, como também citando a época e os costumes dos cariocas do Rio de Janeiro da Senhóra ou Senhôra, como queria apreciar. José de Alencar brilha no papel, ilustrando retratos falados da sociedade que influenciou pessoas, ou ainda influencia? Fala com altivez, seus personagens são reais e contundentes, me peguei mais uma vez admirando a eloqüência do autor, este que usa um vocabulário extenso e belíssimo, como havia terminado de ler uma obra contemporânea tive o erro de comparar as obras, esse detalhe me passou despercebido outrora, nossos autores de hoje, que serão nosso amanhã, devem investir o tempo apreciando obras assim, que nos moldam e transmite costumes da época com sabedoria e que serão alicerces para os leitores da nossa frente. Recomendadíssimo e de imprescindível leitura!
Aline 17/10/2013minha estante
Um dos meus romances preferidos da Literatura Brasileira.




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