Thaís 16/06/2011Aurelia Camargo é a filha de uma pobre costureira e órfã de pai, acaba apaixonando-se por Fernando Seixas com quem namorou por um tempo. Fernando entretanto termina o namoro movido pela ambição de se casar com uma moça rica que teria um dote. Aurelia já órfã de mãe recebe herança do avô e ascende socialmente, passando a ser destaque nos eventos sociais.
A moça está bastante ferida por ter sido abandonada por não ter dinheiro e encarrega seu tutor de negociar seu casamento, com ninguém menos que Fernando Seixas. O acordo tem a cláusula de desconhecimento da identidade da noiva até as vésperas do casamento.
Fernando ao saber que Aurélia é sua noiva se sente felizardo, pois nunca deixou de amá-la (um amor desses quem merece?); mas Aurélia deixa claro na noite de núpcias que o comprou como marido…
Para saber o resto da história leiam! Mas vamos ao que penso.
Esse romance critica o casamento por conveniência e por interesse, mostrando seu elo já com a Escola Literária do Realismo; mas seu marco principal é a regeneração de Fernando, ambicioso e interesseiro, resolve mudar em nome do amor.
Já vi muitas pessoas dizerem que Aurélia tem uma atitude contraria a tudo que fez durante todo o livro, mas é essa a característica do Romantismo a idealização de tudo e todos (a mudança de Fernando seria a idealização de que alguém pode por amor deixar o interesse financeiro de lado quando se está diante do amor e do orgulho). Também temos que pensar na idade, criação e época em questão (não podemos colocar atitudes do século XXI na cabeça de uma pessoa do século XIX, é incompatível).
Muitas pessoas não gostam de livros Romanticos pela descrição exagerada, eu por outro lado adoro (não gosto de descrições realistas, por isso Dom Casmurro não é um dos meus livros preferidos).