Fernanda 24/03/2022
Rachel, uma irlandesa de 27 anos, radicada em Nova York, tem o emprego e o namorado dos sonhos, uma melhor amiga maravilhosa e uma vida confortável. Mas nem tudo é perfeito: Rachel está tendo alguns problemas com drogas ilícitas, apesar da negação, de não ver nada anormal no que ela considera uso recreativo de substâncias. Um dia ela acorda no hospital após uma overdose e é levada pela irmã de volta para a Irlanda para passar um tempo numa clínica de reabilitação. Apesar de achar tudo um grande exagero, ela tenta ver as coisas pelo lado positivo: a clínica é bastante badalada, então passar uma temporada nessa espécie de spa não seria tão ruim, estava mais para férias não planejadas, com muito relax, massagem e descanso.
Ao chegar ao local, vê que o "hotel" não tem nada do paraíso imaginado. Na verdade, é um local para tratar de diversos problemas psiquiátricos, um lugar cheio de rotina, disciplina e atividades estabelecidas.
No decorrer da história, podemos acompanhar a evolução do tratamento de Rachel, fatos que aconteceram na vida dela antes do internamento, os problemas de adaptação ao local, as amizades que fez e até o surgimento de uma pessoa especial e enigmática.
A história traz temas bastante sérios, mas quem já leu algo da autora sabe que ela consegue unir drama a uma espécie de humor ácido como poucos escritores. Outra coisa interessante é que Rachel está mais para anti-heroína, mas a personagem foi construída de forma que alternamos raiva e empatia e, à medida em que a história se aprofunda, vamos compreendendo algumas posturas e atitudes dela.
Para quem gosta do estilo da autora, parecido com o do escritor Jonathan Tropper, é um livro para rir, sentir raiva, torcer e se emocionar.
#releituras