LT 15/06/2016
Cansei de dizer inúmeras vezes que eu leio vários tipos de livros, de gêneros diferenciados e tudo mais. Porém, tenho uma ressalva muito grande quando se envolve zumbis. Sério, eu não sei o que acontece comigo, mas não gosto de nada do gênero. Nem a famosa série The Walking Dead eu assisto, para evitar a fadiga. haha
Porém, a Editora Galera Record resolveu me enviar esse livro e eu com muito, mais muito receio mesmo, quebrei o meu protocolo, resolvi encarar o desafio e o li.
Para ser honesta com vocês, o meu receio com esse livro não era unicamente por causa dos zumbis. Mas, um outro problema que eu tenho com a literatura, é referente as biografias. Então pensa no meu terror, os meus dois problemas literários unidos em um único livro!
Mas vamos seguir que lá na frente eu conto tudo certinho sobre a minha opinião e tudo mais.
O que importa é que Eu Li! Aeeeee
Zumbeatles inicia-se com o nascimento do John Lenon onde ele sofreu um ataque do Processo Liverpool, que nada mais é do que uma forma diferente de tornar as pessoas zumbis. Se você ler esse livro buscando encontrar aqueles zumbis mais mortos do que vivos como em The Walking Dead, você pode tirar o seu cavalinho da chuva. Pois aqui os zumbis são mais vivos do que mortos. Isso mesmo, os zumbis liverpudianos são sociáveis, podem até ser charmosos o que eu duvido muito, são inteligentes, rápidos e até possuem poderes, chocada com a viagem do autor, mas vamos seguir. Esses zumbis, eles comem cérebros, mas vivem normalmente em sociedade.
Então, certo, temos o John zumbi.
Mas John, com medo de viver eternamente a sua vida e acabar sozinho pelo mundo, com medo de que as pessoas não gostassem dele, resolveu transformar aquelas pessoas de quem ele realmente gostava para que pudessem entrar na dança e viver com ele pela eternidade inteira.
Com isso, Paul e George, que eram humanos, foram chamados para dançar e viraram zumbis também. Entretanto, temos um problema ai. Os Beatles eram um quarteto, porque o John não transformou o Ringo também?
Por que, pasmem... o Ringo é um ninja de alto nível que além de viver para sempre também defende a banda.
A banda tem que lidar com duas ameças iminentes: o caçador de zumbis que está louco para exterminar os Beatles, Mick Jaegger. Sim, ele mesmo, o vocalista dos Rolling Stones e pasmem, ri demais com isso, a sua principal arma nada mais é do que o seu incrível rebolado e o seu principal golpe, o seu "Fatallity", é nada mais do que um beijo com aquela boca carnuda no coração dos zumbis risadas monstras. E o outro perigo, é a ninja loucona, Yoko Ono! Essa que deseja enfeitiçar o John Lenon com o poder do seu amor.
Tiveram a noção do que vocês vão encontrar nesse livro? hahahaha
Nossa, espera... Já ia me esquecendo! Sabe por que a banda foi criada?
Porque John Lenon queria dominar o mundo através da música e o lema da banda é: Todos pelos zumbis e os zumbis por todos! Tirando os momentos quando as coisas ficam um pouco complicadas e sai a pancadaria e membros voam por todos os lados.
Zumbibleatles é uma viagem!
Não tem como eu conseguir descrever essa história de outra forma que não essa.
O autor é o próprio narrador do livro, de um jeito muito louco e anormal ele conseguiu passar ao leitor fatos de toda a história de uma das maiores bandas do mundo misturada com uma ficção totalmente louca, divertida e nojenta.
Digo nojenta, porque o Alan não teve dó do leitor, ainda mais comigo que não sou acostumada com esse tipo de livro. Sendo assim, tenho que dizer que ele não nos polpou de nada. Está tudo ali, relatado na integra e sem cortes, desde a transformação dos zumbis, até as mortes, os membros arrancados, a degustação nada deliciosa de cérebros e por ai vai. Complicadinho.
Outro grande problema que tive na leitura desse livro, foi a forma de narrativa que o autor escolheu. Não que sua escrita seja ruim, pelo contrário, é fluída e divertida. Porém, esse livro não é narrado de uma forma romantizada, por assim dizer e para falar a verdade, acho que se o autor tivesse optado por esse método narrativo, o livro seria bem mais divertido e menos cansativo.
Contudo, o autor optou por escrever em forma de documentário. Sim, os acontecimentos são narrados através de entrevistas com as mais diversas pessoas, como: a banda, fãs, amigos e para choque total, até a Rainha Elizabeth II foi entrevistada. Mas, as duas entrevistas mais chocantes foram com Deus e com o Diabo. hahahaha
Quanto a edição, tenho que tirar o chapéu para a Galera Record. A capa está linda e condiz totalmente com a história. O título está em alto relevo, o que dá um destaque maior para ele. As páginas são amareladas e as letras de um tamanho adequado para a leitura. A sua diagramação está bem simples, mas conseguiu separar bem os entrevistados nos impedindo assim de confundir. E quanto a revisão, simplesmente perfeita.
Não sou uma fã assídua dos Beatles, por essa razão, acredito que esse livro não funcionou direito para mim e a história não conseguiu me prender. Para ser bem sincera, estava empolgada no início do livro, pois eu ria demais tirando as partes nojentas, mas lá pela metade do mesmo tudo começou a ficar cansativo pra mim, ai entra o problema da narrativa que disse acima.
Mas para você que é fã da banda ou você que quer ler um livro divertido, cheio de um humor ácido e sarcástico e quer dar umas boas risadas, esse livro é para você.
QUOTES
"No fim das contas, não importa mesmo. A palavra de Paul é a palavra de Paul, e não temos escolha a não ser tomá-la como o evangelho"
"Nós todos sabíamos o que acontecia quando John realmente perdia a cabeça: farra de assassinatos no almoço, arrancar a própria perna esquerda e atirá-la pela janela do hotel, comer todos os pombos em que pudesse botar as mãos, esse tipo de coisa."
"John então, sem nenhuma cerimônia, deixou Rowe cair no chão, correu até o outro lado do escritório e abriu a janela. Antes que Rowe ao menos soubesse que era um zumbi, John o agarrou pela cintura, tenso como um jogador de críquete, e o arremessou pela janela até a calçada, 30 metros abaixo."
"John Lennon: Logo antes de tocarmos nossa última música, olhei para a plateia com o que achei que era minha expressão mais assustadora e falei: - Aqueles nos assentos mais baratos, arranquem todos os membros de seu vizinho. E aqueles de vocês nos assentos mais caro... façam a mesma merda."
Resenhista Mayara Milesi.
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