cindyy28 25/06/2024
"Just us. All six of us"
Eu nem acredito que acabei. Ainda tô meio sem palavras para expressar o quanto meu coração tá apertado em dizer adeus.
Foram 3 meses só lendo Addicted World. Li 17 anos de história contada por eles, cada dor, cada nova direção, desafio, superação e crescimento.
Eu não poderia estar mais ORGULHOSA e feliz, mesmo depois de tudo.
Acho que a descrição desses livros é tão detalhista e tão puxado para o mundo real, que em algum momento meu cérebro começou a confundir o que era real do fictícios e eu simplesmente não consigo tirar da cabeça que esses personagens realmente EXISTEM aqui no mundo real. Que a qualquer momento eu posso procurar pelo documentário deles ou achar alguma rede social.
Isso não é louco? Como personagens podem ser tão reais mas ao mesmo tempo tão fictícios?
Eu amo a imersão que essa série trouxe exatamente por isso, essa riqueza em detalhes e essa conexão com o mundo real, essa coisa de paparazzis, vida de famosos, até os problemas que eles enfretam, como os conflitos são tão próximos de uma coisa real, que facilmente poderia acontecer na vida de qualquer famoso que conhecemos por ai, que faz essa história ser tão fascinante, mas ao mesmo tempo tão visceral.
Não é felicidade o tempo todo, sempre bato muito na tecla disso para as pessoas que indico essa série. São 17 anos até esse final, o processo é lento, doloroso e árduo, mas vale a pena. Nada é perfeito como estamos acostumados a ler em romances, mas ao mesmo tempo é lindo e emocionante do mesmo jeito.
Principalmente com Lily e Lo. Eu nunca me canso de falar o quanto eu tô feliz e orgulhosa desses dois, é um orgulho que chega ser surreal porque esses personagens nem EXISTEM de verdade. Mas fico mesmo assim porque eles passaram por tanta coisa, e olhar pro primeiro livro depois de terminar esse é encher o coração de afeto e orgulho pelo quanto eles evoluíram. Agora estão sóbrios, crescendo juntos e sendo sempre a melhor versão deles mesmos. Muito louco pensar que em Addicted After All o Loren tava morrendo de medo de ser pai e não saber como conciliar seus problemas pessoais com a paternidade, mas acabar sendo o melhor pai do mundo. E pai de 4 crianças incríveis.
Sempre vai me chocar e deixar meu coração quentinho como Lily e Loren são pais maravilhosos, mesmo quando tudo e todos estavam contra eles. Como eles se tornaram adultos responsáveis e muito bem conscientes de qual era o objetivo deles.
Foi tão gostoso acompanhar o desfecho deles, eles sendo papais de novo, lidando com o estresse diário, lidando com seus vícios e mostrando que mesmo depois de anos ainda não é fácil, mas eles se esforçam mesmo assim. Eles lidando perfeitamente com a situação de contar pro Moffy do vício da Lily e de toda situação da vida deles. Sendo bem sincera eu jamais imaginei que Lily e Loren fossem ser tão inteligentes emocionalmente, mas eles estão sempre me surpreendendo positivamente.
Eu os amo demais e quero proteger eles pra sempre. Dizer adeus a história deles dói no fundo do meu coração, mas ao mesmo tempo sinto que já vivi o suficiente da vida deles. É aquele adeus com um sentimento de paz e conformação por tudo que aconteceu. Foi um fim agradável e lindo para eles e eu estou satisfeita, apesar de toda merda que rolou.
Digo e repito: um dia quero achar alguém para amar e que me ame tanto quando Lily e Lo se amam.
Agora sobre Rose e Connor...
Esse casal comicamente explosivo e delicioso de acompanhar. Acho incrível que mesmo depois de mais de 15 anos juntos, Rose e Connor ainda tem o mesmo fogo e a mesma paixão de quando se apaixonaram. Eles são companheiros e muito dedicados mesmo depois de tantos anos.
Olha, sinceramente, eu morri de rir porque 70% desse livro a Rose estava grávida DE CRIANÇAS DIFERENTES. Eu sempre soube que eles teriam muitos filhos mas foi absolutamente hilário acompanhar todas as gravidezes e todos os partos dela. Foram momentos tão lindo e emocionantes que eu sou grata por ter acompanhado a narração do nascimento de cada gremlin de Coballoway.
E a família Cobalt é deliciosamente caótica igual seus pais. Achei muito legal acompanhar eles crescendo porque deu pra ter um vislumbre da personalidade de cada um ali e imaginar um pouco do que vem em seguida. Mas eles são uma família tão linda e tão única que me tira sorrisos bobos. Eles tiveram 7 filhos e amam profundamente cada um como se fosse o único e eu acho isso lindo. Connor merecia essa família imensa pra lhe ensinar mais sobre amor e a Rose merecia para se sentir acolhida e querida, e provar pra si mesma que ela poderia ser sua melhor versão como mãe.
Tudo na história deles é tão bonito e enérgico, vou sentir muita saudade da dinâmica bombástica desse casal. Eles são tão gostosos e jamais vou encontrar esse tipo de química em outro casal.
Agora algo que eu queria comentar e já puxando um link pra Ryke e Daisy, toda aquela história da barriga de aluguel da Rose para a Daisy foi tão bonita e emocionante.
Assim, até comentei durante a leitura que foi um período um pouco tenso para os 4. Eu pude perceber enquanto lia que o Connor, principalmente, ficou meio incomodado de ver a Rose grávida de um filho que não era dele e ele lutava muito contra esse sentimento. Também foi um período tenso para o Ryke e para a Daisy que só podiam acompanhar o crescimento do bebê deles de fora, e não sentir aquilo na "pele", entendem?! Mas ainda sim, foi uma atitude linda demais que uniu ainda mais os 4 e Winona veio cheia de saúde e esperteza. Ela é uma fofa.
Mas confesso que queria ter tido alguma cena de interação dela com a Rose, porque desde que a Rose deu a luz, não me lembro de nenhuma interação delas nem alguma cena delas no mesmo lugar. Tudo bem que a mãe é a Daisy, mas eu estava esperando que a Rose fosse ser mais chegada a Winona por ter gerado ela. Mas enfim né.
Não demorou nem 3 meses e a Rose já estava grávida da Audrey. Connor mal podia esperar pra ter o seu bebê dentro da Rose e foi lá e conseguiu kkkkkkkk achei incrível.
Agora falando de Ryke e Daisy...
Apesar de ser o casal que eu menos gosto e tenho menos apego, foi legal ver eles criando a família deles. A Daisy como sempre sendo esse raio de sol ambulante que se tornou minha xodó. Aprendi a amar profundamente a Daisy e seu jeitinho, ela também amadureceu DEMAIS e se tornou uma personagem incrível. Ela é uma mãe perfeita, uma esposa perfeita, toda perfeita. E eu fico feliz demais vendo que ela conseguiu a família que ela sempre quis e melhorou muito quanto ao seu TEPT e a depressão. Minha menina merece o melhor SEMPRE.
Entretanto, Ryke foi um personagem que eu definitivamente não consegui gostar de jeito nenhum. Tentei muito tirar minha cabeça dos acontecimentos e julgamentos que fiz em Hothouse Flower mas não consegui. Ainda acho ele totalmente INSUPORTÁVEL e chato. O cara não consegue falar 2 palavras sem um palavrão, é tanto que os outros tiveram que educar seus filhos que o tio Ryke fala muito palavrão mas que eles não podem, isso tudo porque um marmanjo de quase 40 anos ainda age como se fosse um moleque com um linguajar de moleque.
Patético, insosso e chato.
E como eu falei, esse casal não me enche os olhos em nada. Acho as filhas deles uma gracinha, mas só isso também. Prefiro mil vezes a Daisy e é isso.
Enfim, estou me prolongando demais nessa resenha, mas acho que falei tudo que queria falar.
Demorei 15 dias pra finalizar essa leitura porque além de ter lido o mais devagar possível para postergar esse inevitável fim, eu tive provas e ainda fiquei doente 2 vezes no meio disso tudo e não consigo ler enquanto sinto dor.
Mas hoje chegou ao fim e eu não poderia estar mais em paz. Como falei, sinto que já vivi tudo que havia para viver com eles e suas histórias. Hoje olho pra trás em nostalgia e sinto o coração pesado com o tanto de coisa que acompanhei da história deles.
Tinha esses livros na minha TBR já havia 2 anos e nunca achava o momento certo pra ler, mas to aliviada que foi agora porque não tinha momento mais perfeito do que esse de agora. Não me arrependo de nada.
E não, não pretendo continuar a ler o Addicted World só que com as histórias dos filhos. Primeiro que não me interesso pelo futuro deles a ponto de ler histórias sobre eles e também porque acredito em finais de ciclos.
Tudo precisa de um fim se não acaba estragando o que já tinha sido feito e eu particularmente acho que esse livro foi o encerramento perfeito. Não precisaria de nada além disso. Mas existe e para não estragar tudo entrando em um limbo de tédio, prefiro parar por aqui.
Foram 3 meses de leitura muito angustiantes mas ao mesmo tempo incríveis. Sofri com eles, amei com eles e cresci com eles. Foi uma longa caminhada até aqui e eu só sinto felicidade e nostalgia agora que acabou.
Uma série cruel, mas real. Dolorosa, mas linda.
E com isso digo oficialmente adeus ao Addicted World.
"E tudo irá acabar - acabar onde tudo começou.
Só nós.
Todos nós seis."