@livrosdecabeceira 08/06/2020
A cidade do sol - resenha
Há algum tempo meu objetivo era ler mais sobre culturas distantes da minha e ampliar meus conhecimentos históricos e geográficos. A cidade do sol me apareceu de maneira totalmente aleatória e, no entanto, atendeu a todos os requisitos e ainda trouxe muito mais do que eu esperava.
O livro se passa no Afeganistão desde a década de 60 até o início dos anos 2mil. Na primeira parte, somos introduzidos à vida de Marian, uma menina que mora com sua mãe em uma casa humilde e isolada da cidade, e que recebe toda semana visitas do seu querido pai. Por ser jovem, inexperiente e inocente, Marian não entende porque deve viver tão afastada do povoado, nem porque sua mãe trata seu pai e inclusive Marian de maneira tão rude. Ela ama seu pai e sonha em poder viver com ele. No entanto, uma sucessão de acontecimentos ruins faz com que sua vida seja resumida a casar, ter filhos e cuidar da casa, tão isolada quanto antes.
A segunda parte fala de Laila, uma jovem ambiciosa, cujo pai é professor e a incentiva a estudar e pensar grande. As guerras no Afeganistão, no entanto, tornarão sua jornada muito mais longa e cheia de obstáculos e, em certo momento, seu caminho e o de Marian se cruzarão. Uma mudará o destino da outra.
Essa história é cativante, comovente, triste mas esperançosa, e fala principalmente sobre os desastres da guerra, a opressão das mulheres no oriente médio, a violência e o preconceito. Fala também sobre amor, perdão, família e sonhos. Foi um dos livros mais emocionantes que eu já li e, por isso recomendo muito, pois agrega demais a bagagem do leitor.