Walden

Walden Henry David Thoreau




Resenhas - Walden


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Andrade 11/01/2018

"Walden" nada mais é do que o relato de um homem que largou toda a sua vida de conforto para viver em um bosque, no lago Walden. Mas por que esse nome? Uma vez, uma tribo indígena estava fazendo um ritual e aconteceu um acidente e só sobreviveu uma Índia, que se chamava Walden, aí o motivo pelo qual o nome do lago ser esse...

Thoreau nos mostra que é possível viver bem com pouco. O livro é uma verdadeira aula sobre economia. "Por que comprar uma calça se a que tenho ainda me serve?" Essa e outras perguntas é que o escritor faz ao leitor para que ele reflita. Uma casa para ser confortável não precisa ser grande, basta ter o essencial para você se sentir bem.

Thoreau também faz um alerta para as caças e pescas de animais. O ser humano tem que crescer sem esse hábito. Assim ele não terá necessidade de praticar tais atos.
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Major_Tom 21/09/2017

Levei mais de um ano para concluir a leitura Walden - resolvi pegá-lo num dos momentos mais turbulentos da minha vida, numa tentativa de fazer de sua leitura uma válvula de escape. Thoreau não escreveu Walden para ser um best seller, na verdade, Walden nada mais é o relato de homem comum - no caso, o próprio Thoreau - que optou por se manter isolado da sociedade durante dois anos. Em seus relatos, Thoreau se perde constantemente em reflexões e detalhes mínimos do seu ambiente. E ainda assim, ou justamente por isso, Walden se tornou um clássico. É um livro que só pode ser lido com paciência e mente aberta. Num período em que vivemos sufocados pela superinformação e pela ansiedade, sua leitura se torna um enorme desafio. Mas, uma vez superada essa barreira, o livro se mostra riquíssimo e capaz de proporcionar valiosos insights. Recomendo a leitura lenta e descompromissada, de preferência ao longo de até dois anos - tempo exato em que Thoreau optou por seu auto-exílio.
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camila 11/09/2017

Um livro especial
Levei meses lendo. No final me deixou a sensação de que valeu cada linha e de que será um dos livros que me aconpanhará o resto da vida. É um livro descritivo de um cara peculiar que larga tudo e vai morar dois anos a beira do lago Walden.
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mariana 06/08/2017

Minha bíblia, livro de cabeceira.

Me volto ao Walden sempre que preciso espairecer as ideias, conter as feras.

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Juliana 25/06/2017

Minimalismo com ressalvas
Precisamos deixar claro, que o livro foi escrito em uma época em que ser negro, mulher , indígena...era atestado de inferioridade. Embora riquíssimo em referências de vida simples, em como ser grato pelo que se tem...não posso deixar de relatar meu incômodo em algumas passagens, quando existe uma certa superioridade do autor em relação ao que não é o homem branco instruído. É convivendo com a diversidade, que lapidamos a nossa existência. Mas o livro fala de muita coisa importante, de viver uma vida com sentido. É um tapa na cara atrás de outro e veio de encontro ao momento em que estou vivendo, repensando muitas coisas... entre elas: é preciso muito para ser feliz?
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 22/06/2017

Já Li
Henry David Thoreau é conhecido por ser um escritor transcendentalista. Ou seja, Thoreau compartilhava do ponto-de-vista filosófico do transcendentalismo, que acredita que a sociedade e suas instituições afastaram o homem de sua real essência, mais próxima à natureza e à simplicidade, e o homem só pode resgatar sua pureza através de isolamento e contato direto com a natureza. Além de escritor, Thoreau também lutou pelo fim da escravidão nos EUA e era historiador. Ele teve uma vida bastante agitada, marcada por envolvimentos em movimentos de libertação e resistência, portanto, para quem se identifica com os valores de Thoreau, vale a pena conhecê-lo melhor.


Em 1854, Thoreau foi morar em uma cabana em Walden Pond, um lago em Massachusetts cujas terras eram de um amigo seu, Ralph Waldo Emerson. Atualmente, Walden Pond é uma reserva ambiental e os arredores onde Thoreau morou foram transformados em parque. No museu da reserva, há alguns itens de mobiliário do escritor expostos para os visitantes.

Thoreau morou em Walden Pond por dois anos, dois meses e dois dias. O escritor tinha em mente fazer uma espécie de experimento social, que comprovasse que os valores do transcendentalismo estavam corretos. Além disso, Thoreau queria declarar sua independência do Estado, mostrando que é possível retornar às origens do mundo, quando o homem mantinha seu sustento através da natureza e com necessidades mínimas e básicas de consumo. Esta sua experiência foi relatada por ele no livro "Walden ou A Vida nos Bosques".

Assim, é fácil perceber que o livro, além de ser autobiográfico, é predominantemente introspectivo. Do começo ao fim, o leitor acessa os pensamentos de Thoreau neste período de confinação, pensamentos estes que tem um tom de "estudo filosófico". Thoreau analisa e critica a sociedade e suas estruturas políticas e econômicas, bem como discorre sobre os benefícios de uma vida simples em contato com a natureza. O escritor não poupa críticas à sociedade, então o leitor se depara com frases como esta:

"A massa nunca se eleva ao padrão do seu melhor membro; pelo contrário, degrada-se ao nível do pior." (Walden ou A Vida nos Bosques, de Henry David Thoreau)

Thoreau organizou seu relato no livro em dezoito partes, que englobam economia, reminiscências de seu passado, os sons de Walden Pond, a solidão, os eventuais visitantes, vegetarianismo, primavera, entre outros. Em cada parte, Thoreau foca a narrativa em algum determinado assunto, mas isso não o impede de, eventualmente, sair do foco e discorrer sobre outros temas.

Para mim, a parte mais interessante foi a que trata de solidão. Thoreau vê a solidão como algo extremamente positivo, pois nos afasta do pior que os relacionamentos oferecem (fofocas, cobranças, falsidade, mentiras, e assim por diante), o que permite que ele encontre sua verdadeira essência, sem a interferência de outras pessoas. Ele também desenvolve a idéia de que, quando o homem está em contato com a natureza, não há sentido em sentir-se só, pois ele está em comunhão com a vida. Embora Thoreau seja bastante radical em sua visão negativa dos seres humanos, me identifico com alguns pontos mencionados por ele, pois valorizo muito a solidão e gosto de ficar sozinha e em silêncio. Talvez outras pessoas introspectivas como eu também gostem desta parte.

Na conclusão, Thoreau muda o tom narrativo. Ao longo do livro, ele escreve como um observador externo, relatando sentimentos e pensamentos com um distanciamento filosófico. Já na conclusão, ele adota um estilo mais apaixonado e emotivo, convidando seus leitores a saírem do conformismo.

Acredito que a leitura deste livro é recomendada para quem gosta de Filosofia. Do contrário, a narrativa pode tornar-se bastante cansativa. De qualquer forma, as reflexões que Thoreau faz sobre consumismo desenfreado, progresso a qualquer custo e escravização pelo dinheiro, são extremamente relevantes e merecem ser lidas e discutidas.

site: http://perplexidadesilencio.blogspot.com.br/2017/06/rory-gilmore-book-challenge-walden-ou.html
Lucas 22/06/2017minha estante
Bela resenha. Parabéns!


Josue.Reis 27/12/2018minha estante
Boa resenha. Também concordo com o pensamento sobre a solidão.




Enigma Literário 25/05/2017

Extraordinário!
Será que a felicidade habita nas conquistas materiais? Ou será que a felicidade é encontrada nas coisas mais simples da vida, na contemplação do que é belo? Walden é justamente o relato de um homem que optou por viver uma vida simples, uma vida voltada à arte, às contemplações do que realmente importa ao ser humano.
A busca frenética por conquistar tudo e todos. Parece que a palavra de ordem é: conquistar o mundo... Ah, como é fácil ouvir isso! E como é perceptível o quanto há de solidão e desespero nessas palavras!
A obra faz refletir sobre o seguinte questionamento: “É bem mais fácil navegar-se milhares de milhas enfrentando frio, tormentas e canibais, num navio do governo com quinhentos homens e rapazes a serviço de um só, do que explorar o mar íntimo, o oceano Atlântico e Pacífico de um único ser?”
Sem mais, os loucos nobres são aqueles que se entregam de corpo e alma ao SER e ao SENTIR. Porque "Se a alma não é dona de si mesma, a pessoa olha e não vê, escuta e não ouve, come e não sabe que gosto tem a comida" (Thseng-tseu).
Desejam ardentemente o louvor pelo que possuem, … E, na verdade, “Se alguém quisesse aprender a falar todas as línguas e familiarizar-se com os costumes de todas as nações, se quisesse viajar para mais longe que todos os viajantes, aclimatar-se a todos os lugares e fazer com que a Esfinge partisse a cabeça contra uma pedra, devia obedecer ao preceito de um antigo filósofo: "Conhece-te a ti mesmo".
Engordar a si mesmo. Abarrotar contas bancárias. Viver a alimentar currículos e posicionamentos. E a natureza ensina simplesmente que: “[…] Alguns insetos em perfeito estado, embora dotados de órgãos de alimentação, não os utilizam. “e estabelecem ainda como regra geral que quase todos os insetos nesse estado comem muito menos do que em estado larvar. A lagarta voraz quando se transforma em borboleta. . e o berne glutão quando se transforma em mosca" contentam-se com uma ou duas gotas de mel ou de qualquer outro líquido doce. O abdômen debaixo das asas da borboleta ainda representa a larva. Esse é o petisco que lhe tenta a sina insetívora. O comilão grosseiro é um homem em estado larvar; e há nações inteiras nessa situação, nações sem fantasia ou imaginação, cujos ventres volumosos as denuncia [...].

Extraordinário! Essa é a palavra que define Walden.

Quanta gratidão ao Sr. Thoreau!
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Henrique_ 04/04/2017

"A vida que os homens louvam e consideram bem sucedida é apenas um tipo de vida" Thoreau
Vou ser do contra em relação a muitos leitores deste livro, que a tantos encantou. Inegavelmente é um clássico por ser atemporal. Mas para um mero leitor curioso, que sempre ouviu falar do livro, a leitura é chata, porque o relato é demasiado detalhista em relação à agrimensura, a profissão do Thoreau. Mas fora esse ponto, que toma praticamente todo o livro, as sacadas do autor são brilhantes e muito à frente de seu tempo, tanto é que inspiraram Gandhi e Martin Luther King. O que mais me chamou a atenção foi a atitude de desapego em relação às instituições, aos bens materiais, aos aspectos da vida que não somam à alma humana. Viver com pouco, com o necessário é algo, sem dúvida, a se pensar e repensar neste mundo de excessos.
"Não só a maioria dos luxos e muitos dos ditos confortos da vida não são indispensáveis, como são francos obstáculos à elevação da humanidade."
Thoreau, Henry David. Walden (Locais do Kindle 305-308). L&PM Editores.
"A vida que os homens louvam e consideram bem-sucedida é apenas um tipo de vida. Por que havemos de exaltar só um tipo de vida em detrimento dos demais?"
Thoreau, Henry David. Walden (Locais do Kindle 379-380). L&PM Editores.
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André Coletti 04/09/2016

Inspirador
"I went to the woods because I wished to live deliberately, to front only the essential facts of life, and see if I could not learn what it had to teach, and not, when I came to die, discover that I had not lived." Com essa frase, Thoreau descreve sua principal motivação durante sua experiência de largar a caótica vida urbana, que tanto inspirou homens e mulheres a reformular suas visões de mundo. Uma das frases mais marcantes da literatura norte-americana, sendo citada em diversos livros e filmes, como pelo professor John Keating, interpretado por Robin Williams no longa Sociedade dos Poetas Mortos (1989). Um daqueles livros que nos motiva a largar tudo em busca de novos significados para a nossa existência, semelhante à sensação que se tem ao ver o filme Na Natureza Selvagem (2007).
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Billy 29/08/2016

A bíblia da transcendência
O ano é 1845 (apesar de ser lançado somente nove anos depois), e o cenário é um país altamente industrializado, cuja essência perdeu-se entre a fumaça das fábricas e as vitrines de lojas. O autor, Henry David Thoreau tece amargas críticas à esse estilo de vida supérfluo e reflete sua própria existência, encaixado nesse plano onde habita. A ferramenta de sua reflexão é nada mais do que um retiro para um bosque nas redondezas da cidade de Concord, onde constrói uma cabana e sua própria horta, mostrando ao leitor como fugir do nascente capitalismo da forma mais autossuficiente possível.
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leitora pernambucana 15/07/2016

walden - ou a vida nos bosques.
Esse livro é autobiografico. Nele Thoreau relata o período que viveu afastado de toda sociedade. Mas recebia em sua cabana,poucos amigos mais íntimos dele. O livro tem vários paragráfos reflexivos,muitos pensamentos sobre alguns assuntos que Thoreau pensava e escrevia sobre os mesmos. Um verdadeiro transcendentalista,considerado rebelde,misógino e outras tantas coisas. Nos deixa nestas páginas relatos esplêndidos de sua vida na natureza!
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Neyrian 04/07/2016

Só amanhece o dia para o qual estamos despertos
Walden não é um livro tão fácil de ler, pois é tecido em detalhes minuciosos, desde a lista de materias utilizados para construir a cabana até o processo de congelamento do lago. Mas mesmo sendo prolixo em algumas passagens porque o autor não priorizava a clareza de estilo, trata-se de uma obra grandiosa. Vale a pena acompanhar Thoreau dia após dia na sua estadia no bosque, divagar nas suas observações sobre a natureza, nas viagens e no estímulo à exploração do interior da alma humana.

Trata-se de uma obra sobre ecologia, natureza, vida simples e o interior da alma humana. Uma obra que deveria ser indispensável para qualquer indivíduo que está passando pelo bosque da vida, desejando sentar-se tranquilo e pensativamente diante de toda agitação, ansiedade e frenesi impostas ao Homem desde o século XIX.

O meu desejo é gravar diversas passagens do livro na minha alma para nunca serem esquecidas, não é a toa que foi uma obra que influênciou grandes personalidades como Gandhi e Martin Luther King. Mas a lição final do livro deixará marcas profundas na minha vida: "Só amanhece o dia para o qual estamos despertos. O dia não cessa de amanhecer. O sol é apenas uma estrela da manhã".


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