Walden

Walden Henry David Thoreau




Resenhas - Walden


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Arsenio Meira 06/10/2015

O POETA DE TODOS OS LAGOS
Foi Henry David Thoreau quem ensinou o homem do século XIX a olhar a natureza, e a
si próprio. É em redor de Concord, Massachusetts, que ele observou minuciosamente a natureza - identificando árvores, flores e gramíneas, anotando o regresso das aves na primavera, medindo e dialogando com o nível das águas dos rios, os anéis das árvores e o tamanho das sementes.

Vivendo embora no século dezenove, ele é um precursor do moderno discurso ambientalista, pois reivindica a necessidade de conservar a natureza como uma espécie clarividente de essencial domínio de vitalidade e de diversidade.

Balizado por um saber científico, Thoreau, no entanto, não descura a vida em seus semblantes menos ornados e deseja alcançar os ritmos e os padrões universais, tendo sempre à mão uma linguagem poética: confessa ter grande fé numa semente; perante uma semente, prepara-se para esperar maravilhas.

Quando no ano de 1845 decide deixar a sua casa e ir viver para uma cabana que ele mesmo construiu junto ao lago Walden, Thoreau sabia o que procurava. Ele foi para os bosques porque pretendia viver deliberadamente, defrontar-se apenas com os fatos essenciais da vida, e ver se podia aprender o que ela tinha a ensinar-lhe, em vez de descobrir à hora da morte que não tinha vivido.

Apostado em registrar a natureza envolvente, Thoreau viaja ao logo dos rios Merrimack e Concord em 1844 .Mas é com Walden, obra de 1854, e o centro de toda a sua produção literária, que Thoreau deixa um imperecível legado à humanidade. Vivendo quase dois anos junto ao lago Walden, o seu quotidiano é constituído pela observação de tudo aquilo que o rodeia: as águas do lago que desaguam no rio Concord, as mutações que se operam de acordo com a estação do ano.

Ao lado das referências às framboesas, às amoras, ao mirtilo,ao carvalho e ao sumagre, a presença constante da água: Um lago é o traço mais belo e expressivo da paisagem, preconizou .

Assinalando a presença de insetos patinadores, enaltece a transparência das águas. O âmago do livro de Thoreau parte da natureza para fazer o homem olhar-se a si mesmo, ou seja,o seu pensamento responde às associações que a paisagem lhe suscita.

Se as águas de Walden são serenas, já as dos rios remetem para a passagem, para a
fluidez: a vida em nós é como a água no rio: repleta do que não sabemos. Exceto Henri Thoreau: ele sabia.
Marta Skoober 06/10/2015minha estante
Bela resenha, Arsenio!


Arsenio Meira 06/10/2015minha estante
Agradeço a vc, Marta, ao Márcio, Carla e demais amigos pela indicação deste livro inesquecível, o integrante mais novo da minha mesa de cabeceira! Um abraço grande


Simone de Cássia 06/10/2015minha estante
Arsenio, desculpe a intromissão na conversa alheia mas, "vão combiná" que essa sua mesa de cabeceira deve ser do tamanho de uma caçamba de trucking, né? rs rs


Márcio_MX 06/10/2015minha estante
Sua resenha ficou perfeita, Arsenio!
Fico imensamente feliz por uma indicação minha ter sido proveitosa para um leitor inveterado como você, um leitor que tem uma experiência grande sempre é mais difícil de agradar e surpreender.
Que bom que tive uma pequena contribuição na sua bibliografia, assim como você já me influenciou várias vezes observando seus comentários e resenhas.


Márcio_MX 06/10/2015minha estante
Sua resenha ficou perfeita, Arsenio!
Fico imensamente feliz por uma indicação minha ter sido proveitosa para um leitor inveterado como você. Um leitor que tem uma experiência grande sempre é mais difícil de agradar e surpreender.
Que bom que tive uma pequena contribuição na sua bibliografia, assim como você já me influenciou várias vezes observando seus comentários e resenhas.


Arsenio Meira 06/10/2015minha estante
kkkkk, Simone, mas isso não é bom? ! Abraços
Márcio, eu é que lhe agradeço a generosidade e o seu olhar arguto e sensível de leitor que tem por excelência o gosto e o amor à literatura. Valeu! Um abraço a todos!


Carla Porto 06/10/2015minha estante
Sabia, por ousar saber. Assim aprendeu o que a natureza tinha a ensinar, e descobriu à hora da morte que quão tinha vivido. Um GRANDE homem que passeou por aqui e nos honrou com seu aprendizado! Legal, Arsenio!


Arsenio Meira 06/10/2015minha estante
Minha amiga, é isso! Ousou, e disse não à inércia de não ir lá! Você escreveu lindo, e qualquer palavra a mais é desnecessária. Um abraço imenso


Maria Isabel 06/10/2015minha estante
Linda, linda resenha!
bjos
Ps - recebi o Uruguaio e te enviei aquele livro.


Arsenio Meira 06/10/2015minha estante
Recebi hoje! Vc é demais mil vezes. Obrigado, depois eu te mando uma mensagem.
bjos




Horroshow 13/09/2015

Inteligente e reflexivo
Resenha por Mikael Nogueira

Em 1845, cansado com a sociedade americana atual devido ao crescente industrialismo e comercialismo, H. D. Thoreau resolveu tirar dois anos, dois meses e dois dias de sua vida para se isolar completamente em uma cabana à beira do Lago Walden. Durante esses anos de solidão, ele dedicou seu tempo para refletir sobre os mais diversos assuntos que nos cercam, originando uma das maiores obras já escrita.

No decorrer desse livro, somos inseridos nos pensamentos críticos e ácidos de um homem recluso que deseja evitar o mundo que tem se tornado supérfluo. Em sua escrita, se torna evidente de que sua intenção não era tornar a obra um sucesso literário. Beirando a divagação, Walden traz algo que se assemelha a um diário, onde ele depositou toda sua indignação, ideias desenvolvidas durante sua vida e, principalmente, ao tempo dedicado apenas às vozes de sua cabeça em seu período de isolação social.

(... Leia mais no link abaixo)

site: http://bloghorrorshow.blogspot.com.br/2015/09/walden-h-d-thoreau.html
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Valério 29/07/2015

Curioso
Em Walden, o autor relata sua experiência pessoal ao abandonar todo o conforto da vida em sociedade e se isolar em uma pequena cabana no meio do mato, próxima ao lago cujo nome dá título ao livro. Ali o autor fica por aproximadamente dois anos, vivendo à base do que planta, caça e pesca. Há filosofia que poderia ser utilizada ainda nos dias atuais, sobre a importância demasiada que damos ao dinheiro e, em especial, às aparências. O livro, escrito ainda no século 19, já aponta como as pessoas se endividam para ter o que não podem, para mostrar para quem não importa algo que não fará tanta diferença em suas vidas. O autor quis demonstrar que uma vida simples pode ser virtuosa e feliz. E ali viveu sozinho.
Além da filosofia, o autor faz várias análises geográficas do local. O livro é interessante, mas por vezes fica um pouco cansativo, especialmente na parte das análises geográficas, que me lembraram o início do livro "Sertões", de Euclides da Cunha.
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Talita 28/05/2015

As reflexões da vida no bosque
Com certeza não foi escrito com a intenção de ser um grande sucesso literário. Antes, Thoreau somente expõem seus pensamentos, por vezes de maneira que beira a divagação, que são sempre profundos e filhos de de uma extensa reflexão da vida.
Em seu primeiro capítulo, que apesar de ser intitulado "Economia", ele demonstra sua maneira de pensar, claramente rebelde às convenções e às regras da sociedade, e toca mais de um assunto, como o trabalho, as pessoas, o consumismo e o Estado, entre outros.
Os capítulos seguintes vão ficando cada vez mais leves, na medida que ele parece se focar e decide escrever sobre o tema proposto, a vida no bosque. Seguem descrições de sua casa, sua rotina e do ambiente. Mas não deixa de posicionar sua opiniões em momento algum.
Sem dúvida um livro essencial, que com certeza abrirá para o leitor as portas de novas considerações e quebrará com muitos misticismos que ainda se entranham em nossa vida.
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Barrera 14/05/2015

Mais ou menos
algumas frases boas, mas n explora mto essas ideias.

parece mais um imenso guia de botanica e cultivar a propria horta
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Márcio_MX 09/04/2015

O verdadeiro filósofo
31/03/2015 2% (6 de 336)
"Depois de ler sobre os judeus em Auschwitz, será bom ouvir o "profeta" Thoreau, em seu livro que é considerado um guia para uma viagem interior.
Ótima apresentação por Eduardo Bueno."

01/04/2015 11% (38 de 336)
"Um livro publicado em 1854, mas totalmente atemporal, tudo o que ele discorreu até agora serve para 2015. Thoreau começa criticando a sociedade na parte econômica em seus mínimos detalhes como as roupas:
"...pois as roupas são apenas nossa película mais externa e nosso invólucro mortal."

E sobre as moradias próprias e de aluguel, sendo muito bacana observar os valores da época para salário, casa própria e vestuário. Somos livres de fato ou um rebanho guiado por nossa civilidade?" Nota: 4

02/04/2015 22% (75 de 336)
"Visualizar a imagem de Thoreau fazendo sua casa no lago, interagindo com a natureza, não como protagonista, mas como parte integrante de todo o sistema, realmente dá vontade de largar tudo e partir para viver.
Finalmente encontrei alguém que compartilha minha opinião sobre as cortinas: “... Aliás, eu comentaria que não gasto nada com cortinas, pois não tenho quem me espreite de fora a não ser o sol e a lua, e estes muito me agrada que espreitem dentro de casa.”. Rsrsrs.

Chama-me a atenção também a erudição do autor, ora fala de tribos indígenas e africanas com seus costumes, ora cita os filósofos gregos e lendas escandinavas e algumas vezes fala dos consagrados, Shakespeare, Darwin e Isaac Newton." Nota: 4

03/04/2015 31% (103 de 336)
"Nesse capitulo Thoreau fala sobre a leitura. Coincidentemente ele diz com outras palavras o que li no ultimo livro "A terra inteira e o céu infinito", que o passado nos fala através dos livros e a nossa voz se torna a do escritor:
"... O símbolo do pensamento de um antigo se torna a fala de um moderno."" Nota: 4

04/04/2015 45% (150 de 336)
"Me deu uma vontade de ir à Floresta da Tijuca!" Nota: 4

05/04/2015 59% (198 de 336)
""Entendi o que os orientais querem dizer com contemplação e renuncia a atividade. De modo geral, eu não me importava como transcorriam as horas.
"...passava os meados da noite pescando num barco ao luar, ao som da serenata das corujas e raposas, e de tempos em tempos ouvindo ali por perto o chiado de algum pássaro desconhecido." Nota: 4

07/04/2015 73% (244 de 336)
"E chegou o inverno... Naquela região de Boston é muito, mas muito frio, fico imaginando como foi ficar sozinho na floresta a beira do lago nessas condições!"Nota: 4

09/04/2015 100% (336 de 336)
"Lindo o pensamento de Thoreau fazendo analogia da Natureza com o corpo humano!
“mas isso pelo menos sugere que a Natureza tem entranhas, e nisso também ela é mãe da humanidade.”

Ele foi um raro filosofo que viveu coerentemente com seus ideais, no sentido mais extremo, crítico ferrenho da sociedade como um todo, viveu conforme pensou e pensou o que viveu:
“andar junto com o Construtor do universo, se puder -; não viver neste século XIX agitado, nervoso, alvoroçado, trivial, mas me postar ou me sentar pensativamente enquanto ele passa.”

Algumas pessoas lamento não ter conhecido pessoalmente e ter tido aquela meia hora de prosa, Thoreau com certeza foi uma delas! Fico imaginando o que ele diria do nosso século, com suas facilidades maravilhosas (Internet, celular, rede sociais, aviões, etc.) que deveriam nos dar mais tempo para a contemplação e meditação, mas que nos fazem escravos do mesmo!

Agradeço a Ana Paula Sinueh pela dica de leitura desse livro."Nota: 5
Ana Paula Sinueh 09/04/2015minha estante
Agora é partir para "Na natureza selvagem". Heheheh. A menos que tu queira ler Tolstói antes, outro inspirador de Chris Mcandless.


Márcio_MX 09/04/2015minha estante
Vou partir para "Na natureza selvagem" em breve, mas antes tenho umas pendências na meta de leitura. Acho que daqui a uns três livros eu chego lá ;)


Marta Skoober 06/02/2021minha estante
Favorito, ainda que goste de cortinas!




Michel 04/02/2015

Prefira a tradução de Astrid Cabral
Me parece ainda a melhor tradução desta obra para o português.
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Lucas 02/02/2015

Viver deliberadamente para quando morrer não descobrir que de nada vivi
Poderia escrever uma dissertação maçante sobre como esse livro foi substancial à minha formação como indivíduo, mas estreitarei em poucas palavras minha mensagem. Descobri Walden no Ensino Médio por intermédio de um professor de Sociologia, desde então reli esse cânone de Henry D. Thoreau três vezes.

Nesse livro, autobiográfico, descobrimos e nos encantamos com os relatos de Thoreau que, cansado com os males da civilização e das maçantes práticas sociais impostas e consideradas como indissociáveis da vida moderna, decide isolar-se da urbanização e viver por alguns anos deliberadamente em um lago denominado Walden.

Lá ele descobre o real sentido de viver e como que a vida moderna é um mal a ser combatido, de forma que nós, seres humanos, ao regressar de certa forma às origens, podemos encontrar paz e liberdade, essa que pode ser considerada o ponto chave de todo o livro.

Thoreau era um anarquista verde, para ele o Estado oprimia os seus cidadãos e por isso não poderíamos desfrutar de uma plena liberdade se não nos distanciássemos desse inferno. Esse livro inspirou milhares de pessoas e Walden, junto com A Desobediência Civil, foi livro de cabeceira de Gandhi, como também da geração Beat americana dos anos 1950/1960.
Sem esquecer que foi um dos livros, junto com a obra de Tolstói, que motivou Christopher McCandless a largar tudo que tinha e seguir sua jornada nômade pelos Estados Unidos em busca da liberdade e felicidade plena.

Apesar de ter dito que seria sem delongas, termino essas breves linhas indicando a leitura desse livro. Talvez não lhe signifique nada, porém há um grande potencial de mudar drasticamente a sua vida, para melhor.
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Ana 26/01/2015

Simplicidade! Simplicidade! Simplicidade!
Creio que todo livro que escolho ler até o fim, é capaz de mudar consideravelmente minha maneira de pensar sobre as coisas. No caso de Walden, essa noção foi ainda mais enaltecida. Faz tempo que li, e reli também, mas ainda assim confesso que sempre dou uma olhada nas marcações e anotações que fiz. É como sentir uma bolha de sabão estourar no rosto a cada frase. A forma como tudo aquilo foi real, me deixa mais encantada ainda. Penso que ninguém precise de literalmente "sair pra viver na mata", para aplicar de maneira prática e indiscutivelmente simples (palavra essa que, é capaz de tanta grandiosidade) o que é relatado por Henry. Uma das partes que mais representam isso que quero dizer é esta:

"Eu não gostaria que ninguém adotasse meu modo de vida em hipótese alguma; pois, além de poder encontrar algum outro antes que ele tivesse aprendido direito este de agora, desejo que possa existir o maior número possível de pessoas diferentes no mundo; mas gostaria que cada uma delas se dedicasse a *seguir seu próprio caminho*, e não o do pai, o da mãe, ou do vizinho." (p.77)

Creio que a questão seria pensar *com* o autor, e não *como* ele. É bastante óbvio o quanto a busca por inovações através de relatos passados é mais eficaz do que somente reproduzir o que foi dito alguma vez, como uma verdade absoluta e imutável.

"Tenho a convicção de que se todos os homens vivessem *com* a simplicidade que eu vivia na época, roubos e furtos seriam desconhecidos. Estes acontecem apenas em comunidades onde alguns têm mais do que o suficiente, enquanto outros não têm o necessário." (p.168)

Enfim, não consigo expressar bem sentimentos em palavras. Walden É, e sempre será, não só um livro, mas sim, uma das melhores experiências que já tive na vida. Finalizando (...)

"Toda mudança é um milagre a contemplar; mas esse milagre está ocorrendo a cada instante." (p.24)
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Rodrigo Santos 22/08/2014

Um grande reflexão acerca dos valores humanos
Fiz a leitura desse livro descompromissadamente, e não tenho conhecimento de alguma influência deste para o pensamento humano. Dessa forma, os comentários abaixo refletem tão somente a opinião de um leitor de primeira viagem.

Henry Thoreau decide se mudar para um bosque e levar uma vida simples, longe dos excessos da vida burguesa, sobrevivendo daquilo que ele próprio cultivava.
Vemos os relatos dos dias em que passara construíndo sua morada, da forma como conseguia seu alimento (cultivando seus vegetais e consumindo aquilo que a natureza oferecia) e de como se distraía na companhia da vida em volta de sua casa.
Há intrigantes reflexões acerca da maneira como o homem moderno levava sua vida (a saber, o homem do século XIX). É defendido que não se precisa de muito para sobreviver, e que todo o luxo e riqueza não passam de banalidades. Há de ser possível levar uma vida tranquila apenas com aquilo que é necessário para tal: alimento; uma casa que cumpra com sua função de refúgio, com a mobília básica, dispensando tudo que tem utilidade unicamente estética; roupas que cumpram com sua função de proteção contra o frio; entre outras coisas necessárias à sobrevivência.
Após essas reflexões, o autor se propõe a expor sua experiência vivendo longe da cidade, sem companhia humana, em uma casa no meio de um bosque.
Tem-se relatos a respeito das leituras que fez e de como elas às vezes se tornavam dispensáveis, visto que a própria vida em alguns momentos era o bastante; de sua solidão, que ele nega ter sentido (ele ainda oferece sua visão a respeito disso que chamam de solidão); das visitas que recebia, e de como por vezes eram interessantes, pois quase nunca eram superficiais; de sua plantação de feijões, que ele gostava de cultivar por conta de sua curiosidade em observar a terra produzindo leguminosas ("fazer a terra se afirmar em feijões e não em capim — eis o meu trabalho de cada dia"); do lago Walden e dos outros lagos dos arredores; da sua experiência como homem caçador; entre outros tantas ricas divagações.

Walden não é um livro para entreter ou distrair. Por ser bastante poético, é rico em detalhes, e apesar disso ser importante para se ter uma noção de como eram seus dias vivendo daquela forma, a leitura se torna por demais cansativa em alguns momentos. Entretanto, vale muito a pena lê-lo e refletir sobre os valores do homem e sua relação com a natureza que o abriga.

Da conclusão oferecida por Thoreau - pra mim, a melhor parte do livro -, temos grandes ensinamentos e conselhos dignos de nota. Termino com um trecho dessa conclusão:

"Com a minha experiência aprendi pelo menos isso: que se uma pessoa avançar confiantemente na direção de seus sonhos, e se esforçar por viver a vida que imaginou, há de se encontrar com um sucesso inesperado nas horas rotineiras. Há de deixar para trás uma porção de coisas e atravessar uma fronteira invisível; leis novas, universais e mais abertas começarão por se estabelecer ao redor e dentro dela; ou as leis velhas hão de ser expandidas e interpretadas a seu favor num sentido mais liberal, e ela há de viver com a aquiescência de uma ordem superior de seres. A medida que ela simplificar a sua vida, as leis do universo hão de lhe parecer menos complexas, e a solidão não será mais solidão, nem a pobreza será pobreza, nem a fraqueza, fraqueza. Se construístes castelos no ar, não terá sido em vão vosso trabalho; eles estão onde deviam estar. Agora colocai os alicerces por baixo."

site: http://etudoqueeusei.blogspot.com.br/
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Iago 17/05/2014

Meu estranho caso de amor com Walden
Estabeleci com Walden uma relação complicada. Antes de ter um exemplar, tinha muita vontade de ler, escutava comentários empolgados e pensava ser um livro incrível.

Quando iniciei a leitura houve certa decepção. Confesso, achei o um saco! Ele tinha alguns aspectos bem interessantes, mas fazia umas afirmações meio lunáticas, sem falar no enorme tédio que me dava quando o autor começava a descrever minuciosamente uma pedra, um peixe ou qualquer coisa assim...

Quando acabei a leitura dei a ele duas estrelas no Skoob e o disponibilizei para troca.

Mas o tempo foi passando e Walden continuava comigo. Volta e meia me lembrava de algum dos comentários incisivos de Thoreau, e ria de mim mesmo, me sentido um "alienado pela sociedade industrial"; cheguei até a mudar algumas coisas na minha vida pensando em Walden.

Tive que mudar de casa há alguns meses, e, enquanto embalava meus livros me dei de conta de que, sem dúvida, Walden é um ótimo livro, daqueles que continuam com você, não na estante, mas na mente e no coração.
Em um capítulo (não me recordo ao certo qual) Thoreau afirma que os melhores livros são aqueles enfadonhos e complicados que precisam ser lidos nas horas mais despertas do dia. Bom, muita gente pode não concordar, mas parece que o carrancudo naturalista não está nem aí para "muita gente". Ele quis escrever à sua maneira, segundo o seu conceito de qualidade, e, pelo visto, me cativou aos poucos.

Felizmente, ninguém solicitou Walden para troca e ele continua olhando para mim da estante do meu quarto, me encarando com aquele olhar sarcástico. Talvez eu nme desfaça dele um dia, mas provavelmente o lerei mais uma vez, só para matar a saudade...
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Phoenix 07/01/2014

Para ler e reler
Walden é o nome do lago às margens de onde Thoureau constrói uma cabana e vive durante mais de dois anos. Ali ele observa e escreve sobre árvores, folhas, água, gelo, as estações do ano... é um livro sobre a vida, escrito de uma maneira tão simples e tão profunda que muitas vezes eu precisava reler e refletir sobre uma frase ou trecho até entender... confesso que algumas vezes eu percebi que o autor falava de coisas que simplesmente estavam além da minha capacidade de compreensão e da minha experiência de vida. Walden mudou minha perspectiva sobre a vida, de forma tangível. É um livro que vai ficar na minha estante para ser relido daqui a uns anos, quando eu estiver mais madura e mais experiente. Acredito que ele ainda tem tesouros pra eu descobrir em suas páginas.
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Gabriel 14/01/2014minha estante
Aconteceu o mesmo comigo , muitos trechos não conseguia compreender direito,guardei ele e vou ler daqui alguns anos.




mari 02/02/2013

levanta-te antes da aurora liberto de qualquer preocupação e vai em busca de aventuras. deixa que o meio-dia te surpreenda à beira de outros lagos, e que a noite sobrevenha em qualquer lugar em que te sintas em casa. não há campos mais vastos que estes, nem partidas melhores que as que aqui se podem jogar. cresce selvagem de acordo com tua própria natureza, como os juncos e as samambaias que nunca se tornarão feno inglês. que o trovão estronde; o que é que tem se ameaça arruinar as colheitas dos fazendeiros? essa mensagem não é pra ti. refugia-te debaixo da nuvem, enquanto os outros fogem para os carros e abrigos. ganhar a vida não seja teu ofício, mas o teu esporte. desfruta a terra, porém sem possuí-la. por falta se fé e de iniciativa, os homens estão onde estão, comprando e vendendo, desperdiçando a vida como escravos.
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Andresa Vieira 30/10/2012

Um transformador de opiniões
Me interessei por esse livro depois de ler Na Natureza Selvagem, um livro que conta a história real de Chris McCandless, um jovem americano extremamente sensível, que sai em uma viagem pelo interior dos Estados Unidos e de si mesmo.
Enquanto estava lendo o livro, confesso que tinha partes em que queria largar. Thoreau é extremamente detalhista, o que, vez ou outra, torna o livro um pouco maçante.Para se ter uma ideia há capítulos inteiros em que o autor fala do processo de congelamento do lago Walden!Mas o livro não foi escrito para ser nenhum Best-Seller; a intenção era apenas registrar seus sentimentos e sensações durante o período de "exílio" de Thoreau.Por isso tantos detalhes.
Para quem não sabe, o livro é uma espécie de registro do período de dois anos em que Thoreau foi viver às margens do lago Walden, longe da civilização e vivendo apenas de recursos encontrados no lago (ou às margens dele) e o que plantava.
O livro, em si, é maravilhoso.É uma lição para quase todos os aspectos da vida. Confesso que depois que terminei a leitura, sempre que penso em tomar uma atitude ou formar uma opinião sobre algum assunto, me pergunto: O que Thoreau faria? E, sinceramente, gostei muito dos resultados.
É um livro para se ler com calma, apreciando e marcando (sim, pq não?)cada passagem. Definitivamente, é um livro que pode mudar opiniões e fazer qualquer um, no mínimo, rever seus conceitos.

Marcia 13/10/2014minha estante
Gostei da sua resenha, vou ler, mas o que me conquistou foi a primeira linha da apresentação do livro que estou lendo, de Eduardo Bueno: "Henry David Thoreau foi uma nuvem de calças", era mesmo o que eu esperava, o relato de uma nuvem, ja estou de livro na mão, vou mergulhar.


Andresa Vieira 26/01/2015minha estante
Ahhh, com certeza! Quando terminei de ler o livro fiquei com essa mesma sensação... Na época não soube expor em palavras como o fez o Eduardo Bueno, mas que admito ser bastante adequada.




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