O professor de letras

O professor de letras Anton Tchekhov




Resenhas - O professor de letras


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astrphysics2 20/07/2021

interessante
?Desejou que alguma coisa o arrebatasse e o levasse ao esquecimento de si mesmo, à indiferença quanto à felicidade pessoal, tão monótona.?

Nesse conto temos a história de um professor de letras(e literatura russa) de 27 anos com aparência juvenil que coloca suas expectativas de felicidade no casamento com sua amada. Temos a primeira parte na qual gira em torno da agonia que o protagonista vive enquanto não encontra o momento ou as palavras certas para se declarar a sua amada, e a parte dois, na qual se tem o casamento e a narração dos meses posteriores até o momento em que as convicções do personagem principal são postas em dúvida.

Não sei dizer se por razão das poucas páginas ou da escrita, mas a leitura foi fluida e bem interessante, estava ansiosa para saber qual seria o abalo de sua felicidade. Foi uma experiência bem envolvente.

?(...) Não há nada mais medonho, mais ultrajante, mais deprimente do que a vulgaridade.?
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Michele Soares 20/07/2021

Uma felicidade gratuita
Lindo conto! Também um bocado inquietante. Nele acompanhamos Serguei Vassílitch ou Nikítin um jovem ? e bastante sonhador ? professor de língua e literatura russa rumo ao que aparenta ser a concretização perfeita e vitoriosa da sua
felicidade.

Uma notinha para as descrições cênicas do amigo Tchekhov:

"Eram quase sete horas da noite ? hora em que a acácia branca e o lilás exalam um aroma tão forte que o ar é mesmo as árvores parecem se retrair diante dessse perfume. No jardim público, a música já havia começado. Os cavalos batiam os cascos na calçada com estrépito; de todo lado, ouviam-se risos, vozes, o estalar dos portões. [...] Que calor ameno, que aspecto suave tinham as nuvens disseminadas em desordem pelo céu, assim como as dóceis e acolhedoras sombras e choupos de acácias ? sombras que se estendiam sobre toda a larga rua e arremataram as casas do outro lado, até as sacadas do segundo andar!
Deixaram a cidade para trás e seguiram a trote pela estrada principal. Ali já não sentia o cheiro das acácias e dos lilases, não se ouvia música, mas o aroma da terra se fazia sentir, vicejavam o centeio e o trigo novos, os ratos do campo guinchar, as gralhas soltavam grunhidos. Para onde quer que se olhasse, tudo verdejava, apenas aqui e ali despontava a cor negra de um meloal e ao longe, à esquerda, em um cemitério, se via a faixa branca de macieiras sem flores."
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