Letícia 26/04/2023
Sentei-me para ler este livrinho e li-o de uma vez. Quando terminei, comecei-o outra vez. Pois como pode um homem escrever assim da beleza das coisas de Deus? E de que forma! Até me envergonho de, com minha rudeza, escrever uma resenha sobre tal poesia.
Assim, serei muito breve: em cada missa renovamos os mistérios infindáveis do Calvário, onde Cristo era o Sacerdote oferecendo-se como Vítima, e deixava para nós a herança da Redenção. No dia anterior, como prenúncio, havia partido o pão dizendo "este é o Meu Corpo" e erguido o cálice dizendo "este é o Meu Sangue". Depois, disse aos apóstolos, os primeiros sacerdotes da Igreja, "fazei isto em memória de mim". Porque não queria desamparar-nos, inaugurou conosco uma nova Aliança sacramental. Ali, pregado na Cruz, carregando toda a dor da humanidade, pronunciou as sete sentenças de Sua Missa, e entregou-se por amor a nós.
Agora, tornai vivo em vossas mentes o que dizem as próprias palavras do venerável Fulton Sheen (e se isso não os fizer ler, bem, nada fará): "o Sumo Sacerdote, Cristo, saindo da sacristia do Céu para o altar do Calvário. Ele já se revestiu da nossa natureza humana, colocou no braço o manípulo do nosso sofrimento, a estola do sacerdote, a casula da Cruz. O Calvário é a Sua catedral; a rocha do Calvário é a pedra do altar; o rubor do sol poente, a lâmpada do santuário; Maria e João são as imagens vivas dos altares laterais; a Hóstia é o Corpo de Jesus; o vinho, o Seu Sangue. Ele está de pé, como Sacerdote, e prostrado, como Vítima. A Sua Missa vai começar."