A guerra não tem rosto de mulher

A guerra não tem rosto de mulher Svetlana Aleksiévitch




Resenhas - A Guerra Não Tem Rosto De Mulher


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Gabriella 22/04/2022

Forte
Quantos relatos fortes e chocantes. É uma leitura que permite muitas reflexões. A guerra não estava preparada para receber as mulheres, mas mesmo assim se fez necessária. Durante a guerra não houve dúvidas do seu papel essencial, mas quando termina a guerra não suficiente não houve reconhecimento, como foram julgadas e discriminaras.

Fascinante ver o patriotismo dos soviéticos e ver a voluntariedade por trás das suas participações nos longos anos de guerra.
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Aline 22/04/2022

Os horrores da guerra e do machismo lado a lado
A guerra contada sem heroísmo ... Contada pelas mulheres que foram retiradas de suas vidas comuns para servir no front como pilotos, francoatiradoras, enfermeiras, lavadeiras etc. Contada pelas mulheres que tiveram suas cidades invadidas e foram obrigadas a fugir para a floresta e compor as milícias de resistência (Partisans). Ou simplesmente as mulheres que permaneceram em suas aldeias de origem, cuidando de seus filhos pequenos ou pais e sogros idosos, trabalhando nas fábricas e nos colcoses, aguardando o regressos dos homens.

A autora, nascida 3 anos após a vitória da URSS na Segunda Guerra, diz que na sua infância a Guerra era contada pelas mulheres. Mas os livros sobre a Guerra que a autora lia nesta época estavam repletos de façanhas e heroísmo que não correspondiam ao que ela ouvia das mulheres de sua aldeia. Era preciso dar voz a essas mulheres!

Nesse livro fantástico, vemos que quando as baixas entre os homens já eram muitas no exército soviético, as meninas entenderam que precisavam fazer algo pela sua pátria! No front, elas eram tratadas como iguais pelos homens, mas ao retornar para suas vidas comuns no pós-guerra, voltaram à condição inferiorizada que as mulheres possuíam naquela época. E pior, estavam estigmatizadas como mulheres da guerra - suas condecorações e menções de heroísmo não as livravam do julgamento implacável da sociedade.
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Lu F. 21/04/2022

?O amor é o único acontecimento pessoal na guerra. Todo o resto é coletivo - até a morte.?

Nossa. Uau. Que livro forte. Tão doloroso, mas tão importante. Esse livro contém apenas partes de histórias de tantas mulheres que foram silenciadas na guerra. Tem um trecho do livro que diz que tomaram a vitória das mulheres e trocaram a vitória pela felicidade feminina comum. E isso é tão triste.

A Svetlana faz um trabalho jornalístico fantástico. Já li muito sobre muitas guerras, mas nada foi tão real para mim do que ler esse livro. Geralmente os autores separam os heróis de pessoas. E aqui nesse livro nós vemos as heroínas como pessoa, com medos, dores, traumas e personalidade. Nossa, um livro tão importante. Acho que todo mundo deveria ler.
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Samira Zorkot 20/11/2021

Uma visão inimaginável
Acho que nunca me senti tão afetada por um livro em toda a minha vida. De ler essas histórias, esses relatos reais e a forma como as mulheres foram tratadas durante e depois da guerra...
Com toda certeza, esse livro virou um favorito. Foi difícil ler e perdi a conta de quantas vezes chorei ao longa dos relatos. Acho que "A Guerra Não Tem Rosto de Mulher" mostra a verdade sem um pingo de glória, deixando claro o real cenário de guerra e como muitas vezes ódio e piedade se tornam emoções inexplicáveis.
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Francine.Ferreira 18/11/2021

Verdades insuportáveis
Svetlana conta a história de diversas mulheres nesse livro, na verdade, ela da voz para essas mulheres contarem suas histórias. O livro é composto de relatos de mulheres que sobreviveram a guerras.

Foram 6 meses para eu conseguir terminar este livro, é extremamente difícil de digerir cada relato, cada experiência dessas mulheres. A guerra é contada de um forma diferente do que estamos acostumados, de que um lado bombardeou o outro, de que um lado foi o vencedor, de que muitos homens lutaram e foram condecorados. Aqui, a história é contada por um olhar feminino, um olhar mais sensível a guerra e não a lados.

Elas dizem o quanto queriam ir para a guerra, o quanto tinham vontade de defender seu país e foram de cabeça erguida, para todas a funções, pois é, elas não eram só as que cuidavam dos feriados, elas também eram as que matavam os adversários. E além disso, elas eram usadas, seu corpo era usado, seu coração era usado e, depois da guera, eram esquecidas, afinal, que homem quer uma mulher "acabada" que vivem na guerra, que atirou, que se feriu, que se apaixonou? Que família quer uma filha que voltou da guerra? Muitas delas acabam sozinhas, apenas com as lembranças, com os traumas.

É difícil definir em palavras a obra, é difícil ler a obra, é triste demais! é angustiante demais! é torturante demais! Mas é bonito ver o espaço que essas mulheres alcançaram ao lutar e ao conseguir falar, ao conseguirem ultrapassar traumas e falarem sobre os piores ou melhores dias das suas vidas...

Enfim, obrigada Svetlana por ir atrás dessas mulheres, por ser sensível e obrigada a todas, pelos relatos, pela força! As pessoas podem não dizer, mas vocês fazem parte da história, vocês também são responsáveis pelo mundo ser o que ele é hoje.
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Pagliuca 19/03/2022

Minha nota é muito mais do que 5 estrelas
Meus amigos? que obra linda. Os relatos são escritos com tamanha sensibilidade que penso estar as ouvindo. As histórias são de cortar o coração e muitas me fizeram chorar.
Impossível não se envolver e não se emocionar.
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Danilo Parente 22/03/2022

Uma das melhores leituras do ano. Esse foi meu segundo contato com uma obra de Svetlana e posso afirmar que os livros dela mudam sua visão de mundo. Nesse livro, Svetlana dá voz às mulheres que serviram no Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial. Os relatos são fortes, reais e impactantes. Trata-se de um lado oculto da guerra que nenhum outro livro jamais mostrou. Uma verdadeira aula de história.
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Sergio330 25/03/2022

Impactante
Terminei. Nunca tinha lido nada de Svetlana mas agora virei fã. A maneira como escreve , como conseguiu depoimentos tão pesados , tristes e alguns alegres ( sim houve sorrisos numa guerra ) ...tudo me chamou a atenção.
Falando de guerra , só quem esteve numa pode avaliar. Fico incomodado quando ouço a imprensa dizer por exemplo " guerra contra o crime " nas nossas cidades. Desculpe mas vocês não tem noção do que é uma guerra pra usar essa comparação. E mais interessante é saber que as mulheres soviéticas foram pra linha de frente, infantaria, artilharia, tanquistas, pilotos de avião e até snipers.
Foram por seu país , por um ideal nacionalista quase cego por Stalin ; algumas o criticavam , não concordavam com sua política mas " meu país precisa de mim ; o inimigo não vai ocupar meu país ." Eram as frases ditas por elas e eles também. Muitas voltaram com sequelas ..mentais , físicas ( meninas de 18/19 anos ficavam totalmente grisalhas com apenas meses de guerra, tamanho o estresse) . Muitas condecoradas, heroínas e depois esquecidas..ou não querem falar.
Bem , recomendo o livro demais pra que a história dessas mulheres continue sendo difundida.
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Stefânea 27/03/2022

Tiro, pancadaria, bomba e flores
Esse livro é simplesmente sensacional, o que tenho para falar de negativo dele realmente é que é uma leitura bastante densa e cansativa, fator motivador para eu enjoar um pouco.

Porém, o restante, não tem nem como não enaltecer 100% o trabalho incrível que a Svetlana vem fazendo. Nossa, ler esses relatos no momento em que estamos vivendo torna tudo mais real e cruel.

Ver, sem eira nem beira, até onde o ser humano é capaz de chegar por poder é sempre assustador. Mas necessário.

Essa é a palavra que eu usaria caso precisasse descrevê-lo em uma única.

Precisamos ler essas coisas, entender, não esquecer, buscar fazer diferente e ir atrás de vivências melhores.

Essa é uma história de lutas, não só as do front, mas também das mulheres por reconhecimento. Acho que isso, mais do que tudo, é o que importa de verdade.

Não é sobre quem ganhou, não é sobre a vitória, mas sobre o que foi perdido no meio do caminho.

Um livro pesado, nojento, lindo e que precisa ser lido.
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liaramoss 28/03/2022

uma guerra que durou muito mais que o combate físico
centenas de relatos de mulheres que serviram na segunda guerra mundial nos mais diversos postos contra a alemanha. relatos duros de serem lidos, sobre lutar por seu país e ao voltar perceber que não há nada em troca além da dor.

relatos principalmente sobre a sensação de abandonar a família para ir para o front, abandonar o amor, ou até encontrá-lo durante a guerra, mas perdê-lo no caminho. mulheres que muitas vezes se acharam heroínas, mas ao voltar pra casa foram tratadas com o maior dos desprezos. leitura difícil, mas necessária.
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hermes.willyan 13/11/2021

Um livro sensível. Um olhar diferente.
É um livro sensível, que retrata a guerra sobre o olhar de mulheres. A riqueza de detalhes, e as emoções que emanam de seus espíritos... Assim se percebe o quão forte é o espírito da mulher. Mesmo diante de tanta desgraça (morte, estupro, destruição) elas sobrevivem. Mas com cicatrizes, claro. Afinal, são seres de carne. Em alguns momentos, você consegue sentir o que a dor. Não é uma história sobre a guerra (vitórias, confrontos, política), mas o que se passou nela, os sentimentos que se passaram nela (medo, amor, ódio, tristeza,..)
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Mari 15/11/2021

que experiência magnífica ler esse livro ? tem horas que quase não suportei e outras agradeci por essa obra existir ? por fim sofri e chorei com diversos relatos da guerra pela visão e vivência feminina, todos deveriam ler esse livro ??
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@li.varal 07/04/2022

Relatos profundos e o poder da literatura
13/2022 ? A guerra não tem rosto de mulher
#SvetlanaAleksievitch
?06.03.2022 a 06.04.2022
?08h56min, 392 p.
@companhiadasletras

O livro reúne depoimentos de mulheres soviéticas que participaram da II Guerra Mundial. Mulheres que trabalharam como enfermeiras, telefonistas, cozinheiras, na retaguarda, mas também na linha de frente, cavando trincheiras, pilotando e atirando. Na parte final da guerra, com a morte de muitos combatentes, os jovens e mulheres passaram a ser admitidos. Achei esse livro totalmente por acaso, numa estante de um posto de gasolina (lá no Posto Ipiranga, vou dar os créditos!). Não conhecia a autora Svetlana Aleksiévitch, mas me chamaram atenção o selinho de Prêmio Nobel na capa e o fato de ela ter nascido na Ucrânia (depois descobri que ela é bielorrussa). Resolvi ler o livro por causa da guerra Rússia-Ucrânia. Em alguns momentos, a leitura foi muito pesada pela crueldade dos fatos. Mas o trabalho da autora foi excepcional: além de reunir os depoimentos por temas, ela também faz comentários muito profundos sobre a condição humana e a arte da narrativa. Logo no prefácio ela avisa: "Ao contar, as pessoas criam, ?escrevem? sua vida. Acontece inclusive de ?acrescentarem? e ?reescreverem? passagens (...) Logo depois da guerra, a pessoa contaria uma guerra; passadas dezenas de anos, claro, algo muda, porque ela deposita nas lembranças toda a sua vida." Então, a experiência da leitura foi rica para mim não só pelo dia a dia da guerra, mas pelo impacto e o poder da narrativa/literatura.
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laur 13/04/2022

necessário!!
Mais um livro pra minha lista de: por que demorei tanto para começar? Depois de mofar na minha tbr, resolvi ler e meu deus! É intenso, forte e doloroso.

Demorei muito para terminar porque a estrutura de relatos acabava com meu ritmo de leitura, precisava sempre tirar um tempo para absorver o que aquelas mulheres estavam falando. E principalmente quando me dava conta que a realidade delas mudou tão de repente na Segunda Guerra e agora estão passando por tudo isso novamente.

É um olhar sobre a guerra que todos deveriam conhecer.
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