A guerra não tem rosto de mulher

A guerra não tem rosto de mulher Svetlana Aleksiévitch




Resenhas - A Guerra Não Tem Rosto De Mulher


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beta 26/12/2022

A guerra não tem rosto de mulher
Livro espetacular!
Sempre tive curiosidades sobre a guerra, não a guerra que a gente vê por cima mas a guerra nas entranhas, e é exatamente isso que o livro mostra, e mais importante ainda, ele mostra uma guerra que foi invisibilizada, a guerra das mulheres.
O melhor desta obra é que a autora nos deixa claro que não está em busca da verdade crua, ela quer a história dos sentimentos, ela quer nos mostrar até as coisas mais simples (Estava preparada para realizar grandes feitos, mas não para usar coturnos tamanho 42 em vez de 35, pág 97).
Sabemos que a visão masculina geralmente está muito ligada ao orgulho cego, no livro muitas das entrevistadas dizem que os maridos não gostam que elas contem suas vidas na guerra, eles dizem que elas são muito sentimentais, eles acham que elas deveriam vangloriar a vitória, não lamentar o duro caminha que os levou até ela, mas a proposta de Aleksiévitch é exatamente esta, os depoimentos mostram uma complexidade que vai muito além de só matar e morrer, existem muitas outras coisas entre essas duas palavras.
Em muitas partes do livro eu tive ânsia de vômito, é tudo muito cruel, muito triste, inacreditável até.
É um livro indispensável!

"Parecia que na Terra ia ter paz pra sempre, que ninguém nunca mais ia querer entrar em guerra, que todos os projéteis deviam ser destruídos. Para que serviriam? Estávamos cansados de odiar. Cansados de atirar."
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highbythem00n 26/12/2022

necessário
livro necessário, autora necessária. serio, eu nem sei muito o que dizer além de é mt pior do que a gente pode imaginar (a situação das mulheres)
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Lisi 30/12/2022

Eu demorei dois anos pra conseguir finalizar esse livro. Não porque ele seja ruim, pelo contrário, ele é ótimo. Mas difícil de ler, de lidar, de processar.

A leitura te evoca tanta coisa, te faz conhecer histórias e realidades tão distantes da sua, que vc jamais imaginou que pudesse acontecer.

Me vi sem condições de continuar várias vezes, então parei, dei um tempo e continuei quando achei que conseguia.

Vale muito a pena a leitura.
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Grazielle.Franco 02/01/2023

Obra prima
Livro muito interessante que ampliou meu olhar sobre a segunda guerra, ler o depoimento das mulheres e suas experiências tão tocantes em um momento tão conturbado.
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Anna 06/04/2024

Outro lado da guerra
Já tinha escutado sobre mulheres que lutaram na guerra, mas ler um livro que detalha sobre os acontecimentos foi mais esclarecedor. A história traz relatos tanto de francoatiradoras, mulheres da infantaria, pilotos, engenheiras, médicas para até o relato de mulheres que lavavam as roupas dos soldados.
O que mais surpreende é o tanto de relatos femininos que há no livro, e eles são apenas de mulheres da URSS, e como poucas ou nenhumas estão nos livros de história ou são apenas lembradas como um plano de fundo, sendo que sua participação foi crucial para a derrota da Alemanha.
É emocionante ver a força feminina e chocante perceber o quanto é subestimada.
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Camila1856 08/03/2024

Um livro com dezenas de relatos dilaceradores sobre mulheres da antiga União Soviética que lutaram e/ou participaram dos combates contra os alemães na 2 Guerra Mundial. Mulheres francoatiradoras, aviadoras, cirurgiãs, enfermeiras, sapadoras, cozinheiras, entre outras. Um olhar femino sobre a guerra e sobre o pós guerra, na qual muitas, especialmente as que foram para o "front" foram ojerizadas quando voltaram para suas cidades.

Não sou muito " fã" de livros com diversos relatos, por isso, li junto a livro de ficção com uma estória mais linear ( dica do Bookster).

Um livro para ler lentamente!
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11/03/2024

Muito bom!
Este livro me fez pensar bastante sobre a posição da mulher em tempos de guerra. Sempre achei mulheres perfeitamente capazes de lutar em guerras, e esse livro prova isso com diversos detalhes, mas o que surpreende é que existe mais do que só isso.
Ele traz relatos das atiradoras, enfermeiras, cavadoras de minas, pilotas e muito mais. Porém também fala das lavadeiras, cozinheiras, das esposas, mães e irmãs que estiveram no front, na retaguarda, defendendo suas casas.

É muita coisa para absorver e uma leitura necessária demais!
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BarbaraDSB 12/03/2024

A guerra não tem rosto de mulher, é um poderoso testemunho das experiências das mulheres soviéticas durante a segunda guerra mundial, revelando a crueldade, a coragem e a resiliência que enfrentaram nos campos de batalha.
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oslivrosdagiu 14/03/2024

Sem palavras, mas tentarei ...
Sabe aquele livro q você termina e fica olhando pra frente sem reação? Que estrondo! Dilacerante, tristíssimo e necessário. Relatos sensíveis de mulheres que lutaram na segunda guerra mundial. Vozes que não costumamos ouvir porque foram (e ainda são) silenciadas. Emocionante...sem palavras...saio desse leitura diferente...mexeu demais, talvez eu seja muito sensivel, talvez esse livro, apesar de tudo, seja bonito demais...
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Rafa569 16/03/2024

#07: A guerra não tem rosto de mulher - Svetlana Aleksiévitch

Um livro escrito por uma mulher, composto por inúmeros relatos de mulheres soviéticas que de alguma forma combateram na Grande Guerra Patriótica (como a Segunda Guerra Mundial era chamada na URSS). A ideia do livro de Svetlana foi rechaçada por homens que julgavam desnecessários os relatos femininos ou que tais relatos não enalteciam a Vitória e trouxesse à tona os meandros menos gloriosos, os detalhes que todos querem esconder sobre a guerra. Até mesmo os maridos não encorajavam ou procuravam calar suas esposas, por serem relatos "emocionados" demais.

São quase 400 páginas com relatos de mulheres soldados, franco-atiradoras, tenentes, enfermeiras, médicas, lavadeiras, cozinheiras, sapadoras, partisans, membras da resistência soviética à invasão alemã, entre outras. Eu não sou um estudioso da Segunda Guerra, muito menos dos relatos soviéticos, apesar de saber que os EUA dominam a narrativa de serem os grandes vitoriosos que derrotaram o nazifascismo, deixando de lado a grande contribuição da URSS, por serem comunistas, como ficaria explícito na posterior Guerra Fria.

Fica expresso em cada relato a dor da perda, o desespero das torturas e as contradições, como por exemplo um soldado soviético ser condenado à morte após ter conseguido escapar vivo da prisão alemã, pois havia um entendimento de que "não há prisioneiros, há traidores", e quem fosse feito prisioneiro deveria se matar, além do julgamento moral das mulheres que foram para o front, lutar pela pátria, e a controversa figura de Stálin.

"Na guerra cada um sonhava com uma coisa: um com voltar para casa, outro com chegar a Berlim, e eu só pensava em viver até o dia do meu aniversário, em completar dezoito anos." p. 248

"Passaram seis meses... E, por causa da sobrecarga, deixamos de ser mulheres... Se transformou, a nossa... Perdemos nosso ciclo biológico... Dá pra entender? Foi terrível. Era terrível pensar que você nunca mais vai ser mulher..." p.251
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Remmormino 17/03/2024

Finalmente fui ler algo que me contasse o outro lado das mulheres durante a guerra.

O foco da escritora foi evidenciar a participação das mulheres na segunda guerra mundial como protagonistas e não coadjuvantes que esperam seus maridos e filhos voltarem do front.

É um compilado de depoimentos de mulheres que estiveram no front e que lutaram por sua pátria com as condições que tinham.

Fiquei muito impactada pela leitura e indico de olhos fechados. Já muito ansiosa para ler os outros títulos da escritora.
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_restreliaev 26/03/2024

A guerra não tem rosto de mulher
é incrível e ao mesmo tempo amedrontador esse choque de realidade que temos quando nos é exposto a vida de uma mulher que viveu em tempos de guerra; que não ao menos viveu, mas que se tornou ativa nela. não é algo novo, esse conhecimento de que as mulheres participavam das guerras, mas somente eram expostos certos trabalhos, como cozinheiras, lavadeiras e prostitutas para "aliviar a tensão" nos militares. realmente, a guerra não tem rosto de mulher, porque a natureza de uma mulher é passar feminilidade, carinho, amor, compaixão, coisa que não era nada "necessária" durante a guerra, mas que confortava os corações dos ativos. é muito triste a maneira que as mulheres acabaram por serem silenciadas no pós-guerra, por terem perdido essa natureza feminina: no lugar de saltos, se tinha botas sete ou oito números maior que seus pés; no lugar de cachos volumosos, um simples cabelo rapado com um mínimo topete; e no lugar de sombrinhas de sol, estiveram carregando fuzis em seus braços. lugar de mulher não é na guerra, mas ESSAS mulheres fizeram história pelo mundo, e sem o seu auxílio, talvez o resultado das segunda guerra mundial fosse diferente.

como me causa angústia e arrependimento por minhas ações, pelos meus pensamentos egoístas, aonde eu moro num país liberto das guerras, moro numa casa limpa e tenho todos da minha família vivos, e MESMO assim eu consigo ser ingrata. elas ficaram felizes por verem uma pequena flor em uma janela, e dançaram sobre a presença dela; se vestiram com vestidos (ou melhor, os trapos deles) e dançavam em rodas, cantando, alegres por terem alguns minutos de sua feminilidade, de volta. mulheres que perderam seus pais, seus filhos e irmãos mas estavam genuinamente alegres por encontrar uma mísera batata que sobrou em um campo, alegres por conseguirem matar um pouco de sua fome.

a guerra é desumana, e a guerra não tem rosto de mulher.
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julya 12/05/2024

?quem conta a guerra são as mulheres.?
?todas ficarão felizes em falar com você. estão esperando. vou explicar: é terrível lembrar, mas é mais terrível não lembrar.?

mais uma pancada da svetlana. como é triste ter uma visão tão ocidentalista que mal nos passa na cabeça sobre a realidade de uma guerra na europa oriental e o papel das mulheres. mulheres que lutam, que cozinham, que lavam, que cuidam, que ficam. mulheres que sofreram caladas, sem a chance de gritar. que tristeza o ser mulher, mas que bonito o coração dentro de nós. que bonito o cuidado, o carinho. que bonito ter a chance de contar, que triste precisar dizer. svetlana traz uma guerra crua, doída, contada no cheiro de sangue, na cor das blusas lavadas, nas flores que nascem onde não deveriam, nos vestidos de bandagens, nos ?irmãzinhas? sussurrados, nos amores, nos choros. chorei bem mais que uma vez durante o livro. a empatia aperta o coração. mais uma leitura extraordinária.

?mas não precisa ter pena de nós. temos orgulho. que reescrevam a história dez vezes. com stálin ou sem stálin. mas isso vai ficar: nós vencemos!?
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Marcela414 25/04/2024

Livro favoritado!!!
Não sou fã de história mas esse livro com certeza foi um dos melhores da vida. O fato de o livro ser composto por relatos faz ficar fluido e não cansativo. A leitura se torna um pouco pesada pelos fatos narrados, não pelo tipo de escrita.

Ele me fez ter uma visão completamente diferente da guerra, acho que pouquíssimas pessoas tem conhecimento desse lado. Vale muito a pena a leitura, não sei descrever o misto de sentimentos que tive.

Pela primeira vez na vida eu chorei por causa de um livro, é inacreditável que sejam relatos reais.
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