A guerra não tem rosto de mulher

A guerra não tem rosto de mulher Svetlana Aleksiévitch




Resenhas - A Guerra Não Tem Rosto De Mulher


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almeidacacau 11/11/2024

Logo quando eu vi a promessa do livro, me interessei. O fato dele contar a história da segunda guerra mundial do ponto de vista das mulheres, vulgo nós, que fomos apagadas dessa história e de quebra, os homens foram botados num pedestal como sinônimo de bravura e coragem.
A leitura desse livro não é uma leitura fácil, aborda assuntos pesados, mas cada palavra vale a pena, até mesmo para nós conhecermos nosso próprio passado como mulher.
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Bru 31/10/2024

Livro sensacional?
Acredito que se fosse destrinchar cada parte desse livro que achei interessante essa resenha ficaria gigante.

Sobre o livro:
O livro irá trazer relatos sobre mulheres que lutaram na segunda guerra mundial, mas que nunca tiveram suas histórias contadas.
A autora logo no começo deixa evidente para nós leitoras que várias guerras em que mulheres fizeram parte.
Ao longo dos relatos Svetlana conta um pouco sobre seu processo de escrita para reunir todos esses relatos, o processo de seleção de quais seriam colocados em seu livro e o processo de escrita.
Ao longo das páginas a autora deixa claro que nunca irá conseguir passar os reais sentimentos daquelas mulheres suas dores, seus anceios, seus desabafos, mas que tenta respeitar e transparecer ao máximo para os leitoras as dores que essas mulheres tiveram que passar.
Além disso fica evidente como mesmo os homens em um momento delicado de guerra ainda assim se mostravam com falas machistas por mulheres estarem lutando.
Com isso os relatos dessas mulheres demonstram todas as dificuldades que essas mulheres tiveram que enfrentar ao longo da guerra e no pós guerra, como os preconceitos por terem sido mulheres que lutaram, mulheres que pegaram em armas, que viram muito sangue ou mulheres que só foram para a guerra para atrair homens casados, pra serem motivo de distração.


Minha opinião sobre:
Amei o livro, não é um livro para sentar e ler em um dia, este é um livro para você ler um pouco todos os dias.
Não é um livro rápido e algumas vezes pode se tornar repetitivo, então recomendo ler ele e outro livro juntos, assim intercala um pouco histórias.
No geral, me apaixonei por esse livro, amo histórias assim que revelam mais da nossa história.
É um livro doloroso também, em que em alguns momentos a gente tem raiva do próprio ser humano por ser tão ambicioso (no mal sentindo) que chegam a matar o outro por pura maldade.
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Carolins_f 20/10/2024

Relatos que nos fazem parar de ler para refletir e nos recompor. Um livro repleto de vidas que foram transformadas devido a guerra, ressaltando a vivência que nunca foi exposta em filmes ou séries. Já li muitos livros e assistir a filmes sobre a segunda guerra mundial, mas nenhum mostrou a verdade tão crua como aparece nesse livro. Deveria ser material didático nas escolas.
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Jeremi 13/10/2024

Esta incrível obra me tocou profundamente. Svetlana Aleksiévitch dá vida às histórias esquecidas de mulheres que enfrentaram a guerra de maneiras inimagináveis. É um livro que transforma a forma como enxergamos o conflito, mostrando que por trás de cada batalha há silêncios, medos e uma força que muitas vezes ignoramos. Fiquei marcado pela sensibilidade dessas vozes, que nos fazem repensar o que significa resistir.
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Wiulayne.Souza 05/10/2024

Forte e sensível.
Neste livro conseguimos ver as batalhas nas quais as mulheres na época da segunda Guerra Mundial tiveram que sofrer.
É uma leitura tocante e dolorosa, mas vale a pena cada palavra.
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nalua.m 24/09/2024

Na guerra todo acontecimento é coletivo, até a morte.
Qualquer resenha que tente explicar a grandiosidade e impacto desse livro não se equipará em nada do que ele realmente é.
Doloroso. Cruel. Real. Sensível. Triste.
Por diversas vezes tive que relembrar a mim mesma que o que eu lia não era ficção, eram acontecimentos reais, dores verdadeiras de mulheres que realmente estiveram diante de tamanho sofrimento. Como uma das próprias entrevistadas diz: "Não sou que falo isso, é a minha dor que está falando".
Svetlana fez um trabalho único e incrível.

"Sem ser mulher não dá para sobreviver na guerra. Nunca tive inveja dos homens. Nem na infância, nem na juventude, nem na guerra"

"Será que alguém que não esteve lá consegue entender? E como contar? Com que rosto? Bom, me responda você: com que rosto isso deve ser recordado?"

"Nosso amor não se dividia entre hoje e amanhã, era só hoje (...). Na guerra, tudo acontecia mais rápido: tanto a vida quanto a morte"

"Sabe como é bonita a manhã na guerra? Antes da batalha...você olha e pensa: pode ser sua última".

"Era terrível pensar que você nunca mais vai ser mulher".

Incrível do início ao fim.
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lorena 16/09/2024

Dei 5 estrelas porque acho que livroes como esse você não consegue dar uma nota.
São histórias e pessoas reais, como você avalia a vida de uma pessoa?
Não entendo muito bem a parte técnica da guerra e os termos russos mas muitas vezes eu tinha que me relembrar que o que eu estava lendo não era uma distopia e que aquilo aconteceu de verdade.
Por se tratar de uma versão do olhar feminino sobre a guerra fiquei impressionada de não ter tantos relatos sobre abusos, não sei se isso ainda é algo velado pelas russas.
Enfim, como um todo um ótimo livro para se ter uma nova percepção e se sensibilizar sobre o cenário da época
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Manu 13/09/2024

Além da Batalha Externa
A Guerra Não Tem Rosto de Mulher é uma das obras mais impactantes que já li e um dos meus livros favoritos. Svetlana fez um trabalho incrível ao dar voz às mulheres que participaram da segunda guerra mundial, cujas histórias foram silenciadas por décadas. Enquanto a maioria dos livros sobre a guerra coloca os homens como protagonistas, a autora nos apresenta um ponto de vista diferente: o das mulheres que estiveram na linha de frente, não apenas como enfermeiras ou operárias, mas também como combatentes e agentes diretas do conflito. Essa mudança de perspectiva foi transformadora.

Desde o início da leitura, me vi profundamente emocionada com os relatos. É difícil colocar em palavras o quanto cada história me tocou. O medo, as incertezas, e os traumas que essas mulheres vivenciaram são descritos de forma crua e poderosa. Lembro-me de chorar em várias passagens, devido as experiências narradas. A autora consegue transmitir com intensidade o horror da guerra, mas o que realmente me impactou foi a forma como as mulheres lidaram com as cicatrizes que a guerra deixou. Mais difícil do que narrar os horrores vividos no campo de batalha, foi, para muitas dessas mulheres, conviver com as consequências internas da guerra, os traumas que continuam a assombrá-las mesmo após o fim do conflito.

O livro revela que o verdadeiro conflito não termina quando as armas se silenciam, mas continua dentro de cada uma dessas mulheres, que carregam consigo as feridas invisíveis da guerra. Em vários momentos, confesso que precisei parar a leitura. A angústia e a perturbação causadas pelos relatos eram tão intensas que se tornava difícil prosseguir. Mas isso só reforça a habilidade das autora em transmitir a realidade de forma tão vívida.

Outro ponto que me marcou foram os relatos de violência física e psicológica. A guerra é apresentada em toda a sua crueldade, e isso torna a leitura um verdadeiro soco no estômago. Contudo, é justamente essa abordagem sincera e corajosa que fez dele um dos melhores livros que li. Não há romantização, apenas a verdade nua e crua.

A leitura desta obra mudou completamente minha percepção sobre como é uma guerra. Ela é, principalmente, uma batalha interna, que deixa marcas profundas nas pessoas que a vivenciam. A Guerra Não Tem Rosto de Mulher não é uma leitura fácil, mas é indispensável para quem deseja entender os horrores da guerra sob um ângulo mais humano e íntimo. Recomendo imensamente!
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rayning 11/09/2024

"Vou dizer o seguinte: sem ser mulher não dá para sobreviver na guerra. Nunca tive inveja dos homens. Nem na Infância, nem na juventude. Nem na guerra."

"Será que encontro as palavras? Sobre como eu atirava eu posso contar. Sobre como chorava, não. Isso continuará não dito."

"Será que alguém que não esteve lá consegue entender? E como contar? Com que rosto? Bom, me responda você, com que rosto isso deve ser recordado? Outros conseguem, de algum jeito... São capazes. Mas eu não. Eu choro. Porém, é necessário para que isso fique. Precisamos transmitir. Em algum lugar do mundo, nosso grito deve ser guardado."
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Lucas.Castelo 02/09/2024

A face cruel da humanidade
A guerra não tem rosto de mulher foi uma leitura que me surpreendeu muito, pois além de ser muito pesado e nos lembrar de como o ser humano pode see ruim, e como ao mesmo tempo ele pode ser benevolente. A autora consegue mostrar as diversas faces do ser humano na guerra e o papel importante das mulheres nela. Houveramvários momentos emocionantes para mim, principalmente trechos que mostram que a beleza encontrada nas coisas mais simples é o que muitas vezes nos salva.
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Julia-Marcelino 30/08/2024

Leitura obrigatória
O que falar dessa obra da Svetlana?!
Consigo definir em impressionante e necessário! Como uma pessoa que sempre admirou a história e entendeu a sua importância, estudei no colégio muito sobre as guerras, períodos críticos e eventos marcantes, mas nunca tinha lido relatos tão únicos.
O que para mim foi mais impressionante de início foi saber que mais de 1 milhão de mulheres tiveram que lutar na guerra no exército russo, os livros e os filmes não nos contam isso, como algumas mulheres bem relataram, o que parece é que apenas os homens possuem licença para contar sobre a guerra, e que se caso uma mulher deseje o fazer, deverá falar como se fosse um homem.
Li cada relato de cada uma dessas mulheres com pesar, sentindo cada uma das suas palavras, não me leve a mal, não acho que os homens não sofreram na guerra, pois sei que eles carregam marcas profundas que não estão visíveis. Entretanto, ao ler que meninas de 14, 17 e 20 foram pra guerra, vestiram coturnos e carregaram armas, enquanto os vestidos foram queimados, as tranças cortadas, e até deixaram de menstruar eu penso no peso que essa mulheres sentiram dia após dia, depois de fazerem barbaridades, não se reconhecerem e terem que esconder isso no fundo de suas almas.
?A guerra não tem rosto de mulher? venceu o prêmio Nobel de literatura de 2015. Por fim, deixo um dos relatos que me marcou ?Depois da guerra, a vontade era de esquecer o mais rápido possível. Eu e minha irmã tivemos ajuda do nosso pai. Meu pai era um homem sábio. Pegou nossas medalhas, ordens, agradecimentos do comandante, escondeu e disse: 'A guerra aconteceu, vocês combateram. Agora esqueçam. A guerra já foi, agora começa outra vida. Calcem sapatos. Vocês são moças bonitas. Precisam estudar, precisam se casar?
Ólia de alguma maneira não conseguiu se acostumar logo com essa outra vida, ela era orgulhosa. Não queria tirar o capote de soldado. Lembro de como meu pai falava com minha mãe: E por culpa minha que as meninas foram para a guerra tão novas. Espero que ela não as tenha quebrado... Senão, vão passar a vida toda combatendo.?
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Cartola de Bigode 23/08/2024

A Guerra é tons de cinza em um quadro preto.
Esse livro é essencial pra se ter uma noção mais humana de como os soldados se comportam,vivem e morrem na guerra, as pessoas ainda amam, soltam risadas, choram, sofre e muito. Esse livro não só me mostrou uma injustiça com as veteranas russas(como outras ao redor do mundo que devem ter passado por situações de desmerecimento e apagamento parecidos como aqui relatados) mas também me mostrou como uma guerra consegue impactar profundamente a vida das pessoas que tem a infelicidade de estar nela... acho que esse é o tipo de livro que todo mundo deveria ler em algum momento da vida.
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Mc Brendinha Carvalhão 18/08/2024

É difícil dizer "gostei" sobre um livro que trata de um assunto desses, são relatos duros, pesados e tristes demais, parece bobo falar mas guerra é algo que nunca vai entrar na minha cabeça, como o ser humano pode ser capaz de algo assim... Também acho surreal alguém não só se dispor mas brigar pra poder ir pra guerra, pro combate, tendo que matar outro, enfim
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Lorena.Arantes 23/06/2024

Precisa ser lindo por todos
Esse livro é uma retratação nua e crua da guerra. Nada romantizado ou distante e frio demais.

A verdade do que aconteceu lá é devastadoramente triste, são tantas histórias, inúmeros acontecimentos que foram silenciados. Somente porque esses combatentes eram mulheres, destrói qualquer pessoa.

E tentaram apagar até a feminilidade das mulheres na guerra, mas essas guerreiras se recusaram. Elas lutaram, mataram, sangraram e perderam muito . E, a única coisa que elas queriam era falar.

Esse livro é completamente devastador, você se sente angustiado por saber que aquilo realmente se passou na guerra, quelas atrocidades, aqueles apagamentos, aquelas mortes, aquelas torturas, aquelas angústias.

A guerra sempre é retratada como uma coisa necessária, como um ato de coragem e como uma coisa que realmente precisa acontecer para que o BEM seja trago ao mundo. E quando você descobre o que aconteceu naquele período. É perceptível que nada foi realizado pelo BEM, pela paz. Tudo era uma luta desesperada pela sobrevivência e não interessa o que acontece o que você faz que importa era que você tenha que sair vivo.

Quem lê esse livro nunca defenderá uma guerra, nunca conseguirá entender o porquê isso acontece e porque muitas pessoas pedem para que aconteça.
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Larissa Tavares 19/06/2024

?Me interessa não apenas a realidade que nos circunda, mas também aquela que está dentro de nós. Não me interessa o próprio acontecimento, mas o acontecimento dos sentimentos. Digamos assim: a alma do acontecimento. Para mim, os sentimentos são a realidade.?

Uma das melhores leituras desse ano.
Chorei demais com tantos relatos tristes. Mas a Svetlana conseguiu eternizar todas essas memórias com esse livro incrível.
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