diegopds 04/01/2013
Depois de 15 anos, uma ótima experiência reler este livro!
O Cão dos Baskerville foi a primeira história do detetive Sherlock Holmes que tive o prazer de ler, há cerca 15 anos atrás e que resolvi reler recentemente, em um novo formato. Vamos solucionar juntos o mistério do Cão dos Baskerville? Então prossiga abaixo, caro leitor e cuidado com o pântano traiçoeiro da charneca!
Sherlock Holmes e o Dr. Watson estavam tomando seu café da manhã no seu escritório em Londres, enquanto discutiam e elaboravam hipóteses sobre detalhes da vida de um homem, tudo isso a partir do exame de uma bengala com algumas marcas, esquecida pelo sujeito na noite anterior. A campainha toca, é o Dr. Mortiner, o dono da bengala. Além de vir buscar seu objeto, ele lê um documento antigo, sobre a lenda de um cão demoníaco que teria aterrorizado e matado Hugo Baskerville, antepassado de Charles Baskerville, morto há cerca de 3 meses. A causa de sua morte? Ataque cardíaco causado pelo terror do suposto avistamento da criatura lendária. Sir Henry Baskerville, o único herdeiro restante, irá para o Solar Baskerville em Devonshire para dar continuidade as obras de caridade de seu falecido tio.
Porém, o Dr. Mortimer, que era amigo íntimo de Charles, teme que Sir Henry tenha o mesmo fim trágico de seu tio. Para isso, contrata os serviços de Sherlock Holmes para fazer a investigação. Holmes dá início a uma série de perguntas que, geralmente, causam grande confusão a quem responde. Mas, uma vez que assume uma investigação, o detetive de Baker Street exige que suas ordens sejam seguidas à risca e seus questionamentos respondidos, mesmo que aparentem ser triviais. Outro detalhe é que Holmes nunca diz sobre os planos que tem em mente antes dos mesmos serem executados, o que deixa os outros personagens e nós leitores com a “pulga atrás da orelha”!
Fica decidido que Dr. Watson irá junto com Sir Henry para o Solar Baskerville e lá ficará hospedado. Sua tarefa é ficar sempre junto a Sir Henry, nunca deixá-lo sair sozinho e reportar tudo que acontece para Holmes, que estará em Londres resolvendo outros casos. O detalhe interessante é que a narrativa é feita sempre do ponto de vista do Dr. Watson, sempre temos acesso a seus relatórios, cartas e até seus pensamentos. Por outro lado, nunca sabemos o que se passa pela cabeça de Sherlock Holmes, a não ser quando o próprio revela, depois dos fatos consumados.
Charneca - Eis uma palavra que é repetida centenas de vezes ao longo do livro e é bom termos consciência de seu significado: Terreno árido e inculto, onde há apenas vegetação arbustiva e rasteira.
O Solar Baskerville, a residência que passará a ser moradia de Sir Henry, fica em um lugar bem isolado e um tanto assustador durante a noite: a charneca. Seus vizinhos mais próximos estão a alguns quilômetros de distância. E, mesmo durante o dia, é possível ouvir sons que os camponeses dizem provir do cão demoníaco. Para piorar a situação, recebem a notícia que um perigoso criminoso está a solta e provavelmente se refugiou na charneca para despistar a polícia.
Ao longo da história, vamos conhecendo outros personagens, alguns deles:
Sr. Stapleton, um naturalista que passa boa parte do seu tempo caçando borboletas e catalogando-as.
Frankland, um homem idoso cuja paixão é a lei britânica. Seu maior passatempo é se envolver em disputas judiciais, mesmo que não ganhe (ou até perca) dinheiro com isso. Também tem mania de ficar observando, ao longe, movimentos suspeitos na charneca com auxílio de sua luneta.
Os dias e noites vão se passando, alguns fatos começam a vir à tona. O Dr. Watson, continua a enviar suas cartas e relatórios para Sherlock Holmes, que continua em Londres. Será o caso algo realmente sobrenatural? Ou será que se trata de apenas de alguém querendo afugentar o herdeiro para que possa tomar posse do Solar Baskerville? E como conseguiria fazer isso sem levantar suspeitas? Holmes continuará em Londres ou virá a Devonshire ajudar no caso? Estas e muitas outras perguntas serão respondidas ao fim da leitura de O Cão dos Baskerville!
Gostei muito de reler a obra e, por fazer tanto tempo que tinha lido, já havia me esquecido de boa parte dos acontecimentos, o que me proporcionou algumas surpresas que geralmente se tem na primeira leitura. Um detalhe interessante: reli esta obra através de um formato digital (no Kindle) e achei bem legal.
Veja esta e mais resenhas em:
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