The Colour of Magic

The Colour of Magic Terry Pratchett




Resenhas - A Cor da Magia


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Paulo 24/08/2016

Nota: 8.10
Não lembro ao certo quando foi o meu primeiro contato com a obra de Terry Pratchett, mas acredito que foi num texto do site “Omelete”, em que se comparava a obra do autor aos livros de Douglas Adams, o chamando de "o Guia do Mochileiro da fantasia medieval". Fã de Adams como sou, isso foi o suficiente para me chamar a atenção, mas enrolei bastante para adquirir algum material. Isso até o jovem nerd anunciar que a Conrad estava lançando mais livros do autor. Acabei, então, decidindo ir atrás do primeiro livro da série: A Cor da Magia. Esgotado em tudo que é livraria, mais uma vez fui salvo pela Estante Virtual! Uma vez em mãos, engoli o livro em poucos dias: com apenas 231 páginas, esse material é super fácil e gostoso de ler.
O Discworld é um mundo medieval tipico de histórias de high fantasy como Eragon e O Senhor dos Anéis. O personagem principal é o mago Rincewind, um feiticeiro que só sabe um único feitiço. Na trama, Rincewind conhece Duasflor, um turista vindo de um mundo distante que é extremamente rico e inocente. Mais por interesse do que por boa vontade o mago passa a ajudar o forasteiro a voltar ao seu lar. O enredo simples segue bem a narrativa de aventuras fantásticas, onde os heróis passam por uma jornada que leva a vários lugares diferentes, sendo que em cada um desses lugares eles enfrentam um perigo. Mas o diferencial deste material está no absurdo do enrado, que já começa na descrição do mundo onde a história se desenrola – um mundo plano e circular situado em cima de quatro elefantes que, por sua vez, vivem em cima de uma tartaruga gigante – ou então na companheira de viagens de Duas Flor, a Bagagem, um baú cheio de pernas que carrega as riquezas do personagem. Sim, o estilo de Terry Pratchett é muito similar ao de Douglas Adams e o seu Guia do Mochileiro das Galáxias. A diferença é que Terry explora mais a magia e a fantasia, já Douglas explora
mais a ficção científica. E apesar da premissa soar simples, nesse livro você encontrará várias sátiras a obras fantásticas e algumas criticas a nossa sociedade. Além disso, em várias partes a história é interrompida para o autor contar um detalhe do mundo sem muita relevância, mas que faz graça pelo seu absurdo, característica que você também encontra nos livros de Douglas. Acho bem difícil alguém gostar de um desses autores e não gostar do outro.
Os personagens também são muito carismáticos, pra não dizer curiosos.
Dito isto, a obra, talvez por ser o primeiro livro do autor, ainda é sutil se comparado às obras de Adams. Tanto as críticas quanto as sátiras ainda não são tão escancaradas quanto no auge dos livros de seu conterrâneo. Além disso, o livro possui alguns momentos altos e baixos, pois as vezes as descrições e informações não são tão certeiras na pegada proposta pelo livro, o que as torna um pouco desinteressante. Porém, o livro tem momentos de brilhantismo e pura genialidade, o que, somado ao fato de existirem mais quase 40 livros posteriores, me faz crer que essa talvez seja a série que veio pra preencher um pouco do vazio que o Guia do Mochileiro deixou.
"Era muito bom sair falando em coerência, na harmonia dos números e na lógica que governava o universo, mas a questão pura e simples era que o Discworld atravessava o espaço na casca de uma tartaruga gigante e que os deuses tinham o hábito de aparecer na casa dos ateus quebrando as janelas."
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vortexcultural 06/08/2016

Por Flávio Vieira
A originalidade e o bom humor do autor é um colírio para os olhos, logo nas primeiras páginas ele descreve o mundo dos personagens da série mais ou menos assim: “Tente imaginar o mundo plano, no formato de um disco, esse disco é sustentado por quatro elefantes gigantes(!), e esses quatro elefantes são sustentados por uma tartaruga gigantesca(!!!) que fica vagando pelo universo”. Achou muita maluquice? Você não viu nada.

A Cor da Magia foca na ambientalização do leitor ao mundo apresentado pelo escritor, além de contar a história do mago Rincewind, que sabe apenas um feitiço, mas que nunca o utilizou, pois não se lembra, ou quando lembra tem medo das consequências que ele pode causar e DuasFlor, um viajante maluco e ingênuo que só arruma confusão e é acompanhado por sua bagagem que tem vida própria, com direito a dezenas de perninhas para correr e dentes para proteger quem tentar ameaçar seu dono.

[Resenha completa no Vortex Cultural - Link abaixo]

site: http://www.vortexcultural.com.br/literatura/a-cor-da-magia-terry-pratchet/
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Vagner46 05/06/2016

Desbravando A Cor da Magia
Depois de ter lido Guardas! Guardas! e Pequenos Deuses no ano passado, livros #8 e #13 de Discworld, finalmente resolvi ler A Cor da Magia, o famoso livro #1 da série. Pra quem ainda não sabe, Discworld é uma saga com mais de 40 livros, sendo que eles são divididos entre vários "ciclos" diferentes, portanto a ordem de leitura é totalmente misturada, dando ao leitor a opção de escolher o núcleo que mais o agrada e começar por ali a sua interminável aventura pelo Disco.

Tudo está normal na cidade de Ankh-Morpork até a chegada de um estranho turista do Império. É a partir desse momento que todos os fatos começam a se desenrolar e temos uma quantidade infinita de coisas acontecendo ao mesmo tempo. Pessoas querendo se aproveitar do estrangeiro, teorias conspiratórias tomando forma e assassinos sendo contratados. E nesse baile todo nos deparamos com a figura do mago (?) Rincewind, que fora expulso da Universidade Invisível sem nunca ter conseguido realizar um mísero feitiço, mas que ainda assim teve um deles "aprisionado" na sua mente após tentar roubar um livro sagrado. Que feitiço seria esse? Ninguém tem a menor ideia.

Acompanhado da destemida Bagagem, uma mala com vida própria, o turista DuasFlor parece ser um personagem bem ingênuo, como todo viajante de 1ª vez também parece, mas aos poucos vamos percebendo que ele não é tão bobo assim e acaba se tornando uma grata surpresa nesse livro inicial de Discworld, livrando-se de confusões, vendo o mundo como uma grande aventura e trazendo discussões bem pertinentes a respeito das relações entre povos e culturas bem diferentes.

O trio formado pelo "guia" Rincewind, DuasFlor e a Bagagem (sim, ela é definitivamente uma grande personagem dessa história) é o dono das atenções nesse primeiro volume. Fique de olho neles enquanto viajam pela cidade de Ankh-Morpork, por Wyrmberg e pelo perigoso Reino do Krull.

"- NÃO VAI DOER - garantiu Morte. Se palavras tivessem peso, uma única frase de Morte seria capaz de ancorar um navio."

Morte é um personagem à parte e falarei mais sobre Ele numa resenha futura do 4º livro da série.

Também percebemos que os deuses têm um papel importante em Discworld, fazendo um jogo de marionetes com os personagens que acompanhamos e muitas vezes brincando com o Destino (duplo sentido pra quem já leu) ao mexerem as peças do tabuleiro conforme as suas vontades.

Narrado em 3ª pessoa, A Cor da Magia é a obra de Disworld que mais nos insere no mundo em si, trazendo detalhes valiosos no que se refere ao worldbuilding, principalmente se comparar a Pequenos Deuses e Guardas! Guardas!, que são bem focados em regiões específicas do Disco. Confesso até que em algumas horas eu me sentia rapidamente perdido com tanta informação "nova" sendo jogada, mas a escrita leve do Terry Pratchett logo resolve tudo e é hora de seguir o baile.

"Era muito bom sair falando em coerência, na harmonia dos números e na lógica que governava o universo, mas a questão pura e simples era que o Discworld atravessava o espaço na casca de uma tartaruga gigante e que os deuses tinham o hábito de aparecer na casa dos ateus quebrando as janelas."

Se você está à procura de um livro com worldbuilding muito bem estruturado, brigas de taverna, cidades sendo incendiadas, criaturas extremamente poderosas e que habitam covis sombrios, dragões em seu habitat natural (e fora dele também), além de uma viagem até a famosa Borda do Mundo, onde é possível ter vislumbres da Grande A'Tuin, a tartaruga que move o Disco pelo espaço enquanto carrega quatro elefantes gigantes no seu caso, então A Cor da Magia é um bom começo.

Discworld é muito mais que diversão garantida, é uma mistura de tudo que a fantasia tem a oferecer e tudo que a zuera pode alcançar. Terry Pratchett era mestre demais em fazer isso! haha

site: http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2016/06/resenha-cor-da-magia-terry-pratchett.html
Ari Phanie 05/06/2016minha estante
Olha, n sabia sobre esses ciclos diferentes. *-*


Vagner46 05/06/2016minha estante
Sim, são vários ciclos dentro de Discworld. Tenta achar uma imagem na internet com uma "Reading Order" que dá pra ver qual deles você prefere pra começar. ;)




andra 23/12/2015

estou louca para compra-lo mas não o acho em lugar algum ):
Mandz.Lins 10/04/2016minha estante
Tem no estante virtual


Mandz.Lins 10/04/2016minha estante
Tem no estante virtual




Luciano Luíz 11/08/2014

A série DISCWORLD tem a mistura perfeita de fantasia e ação. De humor e inteligência.
É o livro adequado para quem procura o melhor em uma obra do gênero.

Terry Pratchett abusa de sua incansável imaginação, e dá vida a personagens inacreditavelmente fantásticos.

Em um mundo onde todos são anormalmente loucos, o próprio cenário não foge a regra.
Com uma geografia instigante: o mundo é um disco (plano) permeado de rios, montanhas, cidades, e tudo o mais que todos os mundos devem ter.
Mas o disco repousa sobre as costas de quatro colossais elefantes, e estes por fim, equilibram-se em uma monstruosa tartaruga marinha.

Isso tudo, viajando pelo universo infinito. Com o Sol e a Lua os circundando.
Algo divertidamente tentador em saber como realmente é.
Na mente dos personagens, claro.

A série tem dezenas de livros (lá fora. Pois aqui no Brasil, devem ter sido lançados somente uns 12...) onde o universo dos personagens hilários fica melhor a cada nova aventura.

O humor tem um nível extremamente inteligente. E as vezes, não dá para segurar a risada que sai sem cerimônia.

Ver magos, bárbaros e criaturas diversas em um mundo de magia permeado de loucas piadas, é uma leitura e tanto.

Um livro que tira nosso estresse!

Nota 10!

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/pages/L-L-Santos/254579094626804
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Leonardo Gomes 04/11/2013

Discworld Brasil
Nova fan page criada para todos que gostam da série Discworld e outros trabalhos do genial Terry Pratchett! Visitem, curtam, compartilhem, participem!


site: facebook.com/pages/Discworld-Brasil/654211031285752?fref=ts
Vagner46 05/06/2016minha estante
Curtida e compartilhada! o/




Lidiane 30/06/2012

Uma aventura muito divertida, com personagens únicos.
Nesse livro acompanharemos o mago Rincewind, o turista Duasflor, e sua arca por uma viagem pelo Discword onde muitos perigos e enrascadas apareceram. Durante o trajeto muitos personagens incomuns e divertidíssimos. Essa é uma ótima oportunidade para conhecer esse curioso mundo e seus fantásticos habitantes e deuses.
Nossos protagonistas são maravilhosos, gostei em especial da forma como Duasflor ver o mundo, como uma grande aventura, parece que nem passa pela cabeça dele a ideia de que algo pode não da certo.
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mat_hr 30/09/2011

O divertido Mundo Medieval em 30 minutos ou sua Pizza de volta.
Um dos melhores livros de Fantasia que eu já li. Engraçado, sádico, sarcástico e extremamente inteligente. Prepara-se para conhecer o Discworld, um mundo plano, apoiado nas costas de 4 grandes elefantes, que se equilibram no casco da Grande A'Tuin, uma tartaruga marinha gigante que nada no espaço. Ali neste mundo, você conhecerá Rincewind, o único mago do mundo com poderes realmente poderosos, mas que é mais covarde que um filhote de rato que ainda nem foi fecundado e tem medo de ser capturado por uma ratoeira com um pedaço de gorgonzola estragado. E junto com ele, 2 flor, um ser pequeno, de "4 olhos" que carrega uma caixa mágica que reproduz tudo o que ela aponta. Esqueça Senhor dos Anéis, o Discworld te apresentará muito mais aventuras que dois amigos trocando o anel em uma viagem.
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henriqueiron 10/06/2011

Magia tem cor e muito humor também
Incrivelmente divertido, é um livro fantástico, que faz a mente viajar, imaginar coisas muito diferentes e rir, rir muito. Essa é uma combinação ótima humor inteligênte e literatura fantástica.
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Gabriel 14/07/2011minha estante
PELO AMOR DE DEUS SE ALGUEM QUISER VENDER/TROCAR/DOAR ESSE LIVRO ME AVISE... QUERO MUITO ELE!




Bruno Leandro 10/04/2011

Como alguém pode se considerar um mago se não sabe fazer magias?
Discworld é um mundo em formato de disco que repousa nas costas de quatro elefantes que, por fim, se equilibram no casco de Grande A’tuin, a tartaruga cósmica. É neste mundo de geografia impossível, onde o sol nasce e se põe girando ao redor do planeta, que um mago picareta irá encontrar dois seres que mudarão sua vida... pra pior.
Rincewind é um mago que foi expulso da Universidade Invisível e é incapaz de fazer magias. Se virando com pode, ele acaba sendo contratado por Duasflor,um homem com literalmente quatro olhos que é o primeiro turista do disco. O ingênuo Duasflor é acompanhado para onde vai por sua Bagagem, que é uma mistura de mala com cão de guarda. A Bagagem não vai muito com a cara de Rincewind a princípio, mas, até aí, ninguém vai.
Passeando pelo globo, quer dizer, disco, Rincewind luta a todo momento para se manter vivo e sair das situações perigosas em que seu assustadoramente ingênuo empregador os coloca por achar que todas as pessoas são boas e que tudo dará certo no final. E, não bastasse isso tudo, ainda tem o Morte (sim, “o”) pra se preocupar...
O primeiro de uma série de livros com mais de trinta títulos, “A Cor da Magia” nos apresenta à genialidade e irreverência de Terry Pratchett. Poucos dos livros são interligados, mas alguns de seus personagens têm direito a aparecer em vários deles, dos quais Rincewind se destaca por, na minha opinião, ser o melhor de todos.
Terry Pratchett é de uma genialidade só comparável ao escritor da série “O Mochileiro das Galáxias”, de Douglas Adams. Se este último estivesse vivo, seria um forte concorrente de Pratchett na preferência do público, ou ele já teriam feito ótimas colaborações juntos, pois ambos são gênios em suas respectivas áreas.
Gilvan L. 27/06/2018minha estante
Não ficou claro se Duasflor realmente tem 4 olhos ou se ele estava de óculos que, por ser incomum naquele mundo, pensaram ser um par extra de olhos. Ou estou enganado?


Bruno Leandro 27/07/2018minha estante
Então, Gilvan. Depois de ter visto o filme da BBC, também me parece que os "quatro-olhos" são óculos.




Coruja 30/03/2011

O ano deve ter sido 2002 ou 2003. Eu estava no segundo ou terceiro ano e tinha aula à tarde - e, por conseqüência, tinha de almoçar no colégio, pois não havia tempo de ir para casa. Invariavelmente, eu acabava passando pela delicatessen para providenciar a sobremesa (as bombas de chocolate deles eram fantásticas!) e, um belo dia, quando estava a cumprir meu ritual chocólatra, notei que tinham aberto uma livraria no final do quarteirão.

Não é preciso ser um gênio para descobrir o que aconteceu depois, não é mesmo?

Foi no exíguo tempo que eu tinha de sobra do almoço (para ser sincera, exíguo era o tempo dedicado ao almoço, que eu praticamente aspirava para poder correr para a livraria...) que dei de cara com Pratchett pela primeira vez. Lembro de olhar para as capas dos livros e me perguntar o que havia por trás delas. De colocá-los na pilha já crescente de volumes nos meus braços. De me sentar numa das mesinhas da livraria e começar a folheá-los. De perder completamente a hora da aula enquanto mergulhava cada vez mais fundo no mundo criado pelo cara de chapéu.

Sim, eu acredito que tenha perdido aula de biologia naquela dia. Ou talvez de redação, se era segundo e não terceiro ano do colegial. Não tenho bem certeza. Mas, vamos encarar, logo eu, que era uma aluna exemplar, nunca faltava aula nem chegava atrasada, era a queridinha dos professores... Vejam no que ler Pratchett me transformou!

Bem, alguns sacrifícios são sempre necessário, não é mesmo? Fora que se foi biologia que perdi, não posso dizer que realmente lamento a perda. E ganhei algo realmente incrível em troca: a oportunidade de conhecer o mundo absolutamente fascinante de Discworld.

A Cor da Magia e A Luz Fantástica são os dois primeiros volumes da série, e os únicos que realmente precisam ser lidos em seqüência, já que um começa exatamente de onde o outro termina. Neles, somos pela primeira vez apresentados a mundo do Disco - com seu formato de pizza, ele repousa sobre o lombo de quatro gigantescos elefantes que, por sua vez, se apóiam na carapaça da Grande A'Tuin, um quelônio de proporções astronômicas que viaja pelo universo seguindo um caminho e objetivo que a nós só cabe tentar adivinhar.

Dessa adivinha, contudo, depende o destino do mundo... ao menos nesses dois específicos volumes.

Antes, porém, que possamos passar às importantes questões fisico-filosóficas-religiosas de para onde vamos, quem somos, essa tartaruga é macho ou fêmea e o que é aquela estrela vermelha de aspecto apocalíptico aproximando-se no horizonte, temos de fazer algumas apresentações.

Conheça Rincewind - e marque bem esse nome, por que ainda vai ouvi-lo muitas vezes ao cuidar da história do Disco. Rincewind é um mago, numa acepção bastante ampla e generosa da palavra. Ele foi estudante da Universidade Invisível - lugar onde os magos estudam para serem... bem, magos - de onde foi expulso por sua total e completa incompetência no campo da magia.

Claro que existe uma explicação bastante lógica para isso; Rincewind não é assim tão inútil quanto se possa pensar ao dar de cara com a criatura pela primeira vez. Ocorre que quando ainda era um jovem e inesperiente aprendiz, aceitando um desafio proposto amigavelmente por seus colegas, ele entrou em uma certa sala proibida e folheou um certo livro proibido: o Oitavo, onde estão escritos os oito mais poderosos feitiços de Discworld.

Quando Rincewind começou a mexer no livro, um dos oito decidiu simplesmente fugir para a cabeça do pobre rapaz. Todos os feitiços que Rincewind pudesse já saber simplesmente fugiram apavorados de sua cabeça e nenhum outro quis ser aprendido desde então. Dessa forma, Rincewind é um mago capaz de recitar um único feitiço... mas esse único feitiço é um dos Oito e ninguém sabe exatamente o que ele pode fazer.

Curiosamente, toda vez que Rincewind encontra-se em perigo mortal - e isso acontece com uma razoável freqüência a despeito da covardia do cara - o feitiço tenta se dizer. Felizmente, por ser um grande covarde, Rincewind é um perito em escapadas, fugas e, de uma forma geral, sair correndo com a maior velocidade possível na direção oposta ao do monstro faminto.

É quase um milagre que ele consiga escapar de todas as enrascadas em que acaba caindo. Ou, bem, para dizer a verdade, é um milagre, já que Rincewind é um favorito da Dama, uma das deusas do panteão do Disco, associada à sorte. Ser um favorito da Dama significa assim ser uma peça do complicado jogo de tabuleiro que ela tem com outros deuses e é por isso que sempre que Rincewind escapa por um triz de ser comido/esmagado/incinerado/afogado/flechado/cair no abismo universal e passar o resto da existência flutuando no nada, você escuta o som de dados rolando ao fundo.

Claro que sendo o covarde que é, não é Rincewind quem dá início à cadeia de eventos que o fará encontrar com Morte (de forma também bastante literal) inúmeras vezes e culminará com evento da estrela vermelha que um belo dia surge no horizonte do Disco e lança o mundo numa onda de pânico enquanto se aproxima cada vez mais.

É aí que entra Duasflor.

Duasflor é um turista - o primeiro turista do Disco. Originalmente um contador no Continente Contrapeso, um belo dia Duasflor decidiu que queria sair e conhecer o mundo. Comprou então a Bagagem - um baú de madeira cheio de personalidade - encheu-a de moedas de ouro e partiu para Ankh-Morpork, um lugar onde pessoas como ele têm uma expectativa de vida muito, muito baixa.

Por sorte Duasflor conheceu Rincewind quase que à sua chegada. Todo aquele espaço vazio na cabeça do mago serviu para que ele fosse muito bom em aprender novas línguas, de forma tal que ele parece ser o único cidadão da boa cidade de Ankh-Morpork capaz de se comunicar sem problemas com o turista.

Assim, Duasflor contrata Rincewind como seu guia, que, tão logo recebe suas primeiras moedas de ouro, tenta fugir - para então ser capturado e levado à presença do patrício, a pessoa que governa a cidade.

É bastante óbvio de um ponto de vista econômico-político que o bem-estar e satisfação de um turista - especialmente um que tem um baú de moedas macicças de ouro - devem ser preservados. Assim, o patrício lembra a Rincewind que é seu dever, como cidadão consciente e responsável de Ankh-Morpork velar por Duasflor pois, do contrário, ele pode não viver o suficiente para ver o sol nascer no próximo dia.

E assim começa a jornada de Rincewind, Duasflor e a Bagagem pelo Disco, que inclui, entre outros cenários e eventos:

1. uma legítima e bastante ruidosa briga de bar;

2. uma cidade inteira pegando fogo;

3. uma deliciosa incursão pelo templo de uma criatura no melhor estilo lovecraftiano que não se alimenta, provavelmente, há alguns séculos;

4. uma visita a um covil de dragões;

5. quedas livres de alturas mortais, incluindo da borda do mundo;

6. resgate de virgens donzelas ao lado de Cohen, o Bárbaro, o maior herói vivo (relativamente) do Disco e, é claro que não podemos esquecer...

7. o fim do mundo.

No caminho você pode se deparar com uma conspiração para tomada do Poder Total, incluindo diversas e dolorosas formas de tentativa de assassinato, e um bibliotecário que tem uma predileção especial por se pendurar nas estantes da biblioteca e comer bananas.

E isso tudo é apenas nos dois primeiros volumes da série. Vocês conseguem imaginar o que pode vir a seguir?

Em tempo: esses livros foram adaptados para a televisão em dois episódios. Recomendado, claro... e prestem atenção no ator que faz nosso inocente Duasflor. Ele não é familiar?
Rafael 12/03/2014minha estante
Alguem tem esse livro para troca ou venda..se tiver o segundo volume também é só entrar em contato..obrigado...


Morgana 04/12/2014minha estante
Haaa e o Duasflor é o Sam dos Sr. dos Anéis, se alguém quiser saber.


Bruno.Gebara 07/06/2017minha estante
@Morgana, é fato que o Duasflor é baseado no Samwise?




Botticellis 03/01/2011

Retrato fiel do mundo moderno em pintura surrealista
Caí de gaiato em A Cor da Magia. Egresso de literaturas fantásticas, achei curiosa a capa e foi me indicado como um livro de ficção que me faria rir. As primeiras páginas não entregam o jogo, assim como a descrição do mundo do Disco. Sinceramente, demorei um tempo para me acostumar e perceber que, ignorando as metáforas e os aforismos bem humorados de Pratchett, Discworld é uma série falando do nosso mundo.
Está lá o cinismo moderno, as múltiplas religiões, a esperteza sobre a inocência. E a piada, que somos nós, só fica cada vez mais divertida quando acompanhamos as desventuras de Rincewind. A epopéia iniciada em A Cor da Magia só terminaria em A Luz Fantástica, tornando este um livro incompleto. Mas nem por isso temos uma história falha. Durante todo o tempo em que Rincewind segue como guia do amalucado Duasflor, as páginas são recheadas de referências e tiradas impressionantemente rápidas. Se Rincewind é fraco e medroso, ele também é inteligente e teimoso o suficiente pra fazer com que o feitiço em sua cabeça cumpra sue destino. Deve ser ingerido com cuidado e acompanhado da continuação.
Gilvan L. 27/06/2018minha estante
Eu diria que é uma pintura dadaísta. Hahaha




Geovanni C. 15/12/2010

Duas Flor é um turista que chega a Ankh-Morpork acompanhado de um baú mágico que tem vida própria, além de várias perninhas que seguem seu amo aonde ele for. Rincewind, um proto-mágico, vê a oportunidade de ganhar muito dinheiro na ingenuidade de Duas Flor. Aí a aventura começa. Para quem gosta de comédia sutil, aquelas que passam por você e depois de meia-hora você se dá conta disso e ainda por cima ri de toda a situação, a série Disc-World é recomendada. Mas se você procura uma grande aventura com uma filosofia profunda por trás de tudo, Terry Pratchett não lhe agradará muito. "A cor da magia" pode ser comparado a uma colcha de retalhos que um único fio vai custurando, nesse caso Duas Flor e Rincewind. É, sem sombra de dúvida, uma grande comédia. Por vezes a leitura parece um tanto cofusa. A fluidez está na forma como Pratchett escreve, promotor de inveja em muitos escritores iniciantes.
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Gláucia 31/08/2010

O início
Os personagens são cômicos: Rincewind é um mago atrapalhado que conhece Duasflor, uma espécie de turista no diferente planeta do Disco. Acabamos por nos identificar com Duasflor, já que a ele está sendo apresentado o estranho mundo em que passaremos a viver as malucas histórias de T.Prachett.
Não gostei tanto assim desse livro, mas do segundo em diante fiquei fã do cara e comprei todos seus livros (os poucos editados aqui).
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