Resenhas - Medieval

Ralle 31/01/2024

Contos de uma Era Fantástica é uma fascinante coletânea de contos que nos transporta para um mundo repleto de magia, aventura e mitologia, típico da era medieval. Este livro consegue capturar a essência da fantasia medieval, Cada conto é uma janela para uma história única, onde os personagens enfrentam desafios , revelando temas como heroísmo, coragem e a luta entre o bem e o mal. A magia é um fio condutor que percorre as narrativas, trazendo um toque de mistério e encanto. Os contos também exploram a moralidade e a ética, onde decisões e ações dos personagens são frequentemente colocadas à prova em cenários complexos e desafiantes.

A obra brilha especialmente na sua capacidade de misturar ação e aventura com reflexões profundas sobre a natureza humana. Além disso, não faltam elementos de romance, que adicionam uma camada de profundidade emocional às histórias. Inspirado em lendas medievais e folclores, "Contos de uma Era Fantástica" é um tributo à imaginação e à capacidade de contar histórias, transportando o leitor para um mundo onde o fantástico se torna realidade. É um livro que certamente irá encantar os fãs do gênero e cativar novos leitores com seu universo rico e detalhado.

camille 08/08/2021

nao sou muito chegada em livro assim, a real é que li por conta do colégio. não gostei muito pq não é meu estilo de leitura

Alexandre Bandeira @bandeirabooks 03/08/2019

Excelente!!!
Realmente é um livro fascinante e que te prende a cada conto. Os autores (todos nacionais) são ótimos e não deixam a desejar. A arte da capa é lindíssima e recomendo a leitura a todos que gostem de uma boa história de fantasia medieval!


site: https://bandeirabooks.blogspot.com/2019/08/medieval-contos-de-uma-era-fantastica.html

BeatrizPaes 31/12/2018

Simplesmente Fantástico
Encontrei este livro em uma pesquisa por gratuitos na Amazon, acho que faz uns dois anos. Demorei para ler porque achava que não iria gostar, mas esse ano resolvi dar uma chance e fico me perguntando: como demorei tanto? Os contos são incríveis! Muito bem ambientado e riquíssimos. Fantasia, magia, todas as coisas fantásticas das histórias ambientadas que na Idade Média que eu amo. Meu conto favorito foi "A Flor Vermelha" e "O Grande Livro do Fogo", ambos muito bem escritos e que não deixaram nada a desejar. Claro, teve alguns contos que não foram tão completos e nem prenderam tanto, mas que não tira a beleza desta obra. Dou cindo estrelas com muito gosto e recomendo para todos que amam histórias medievais assim como eu.

Anna Bonniee 15/07/2018

Resenha da página SOBRE CAFÉ E LIVROS BY ANNA
MEDIEVAL - Contos de uma era fantástica. ( Vários autores, organizado por Ana Lúcia Merege e Eduardo Kasse ) Editora Draco.
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RESENHA #ByAnna

Ano: 2016
Edição: 1
Páginas: 232
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A idade média sempre exerceu um grande fascínio sobre as pessoas que viveram em épocas posteriores.
E não poderia ser diferente. Ao longo de aproximadamente mil anos, desde a queda do império Romano em 476 D.C. até o início da idade moderna, uma sucessão de acontecimentos fez girar a roda da história num ritmo vertiginoso: castelo e fortalezas se ergueram, cidades se multiplicaram, guerras sangrentas se alternaram com períodos de paz em que floresceram a ciência, a arte e a literatura. ( Trecho prefácio ).
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Nesta antologia temos nove contos reunidos de vários autores brasileiros que interpelam temas místicos, religiosos e fantásticos que se passam no período medieval.
Todas as histórias tem suas peculiaridades, tornando cada conto original e único, porém nem todos foram bem amarrados em seu desfecho.
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Eu gostei de vários contos, entre eles os que mais me cativaram e prenderam minha atenção foram:
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Erva Daninha ( Melissa de Sá )
Pierre é um soldado que vai lutar nas Cruzadas buscando sua remissão de algo que ele se sente culpado há anos.
Em busca de cumprir seu destino, ele chega em Veneza, onde conhece a misteriosa Agnes.
Ao se apaixonar por ela, ele descobre vários segredos de sua família, guardados há anos.
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A flor vermelha ( Karen Álvares )
Pingyang, filha do Imperador Gaozu de Tang, sempre desejou algo a mais além da sua vida de princesa.
Certo dia é pega tentando usar a arma do seu irmão, e este à denuncia para o pai.
O que todos esperavam era uma repreensão, mas ao invés disso, o imperador lhe deu permissão para treinar com um mestre.
Anos depois, ela conseguiu restabelecer o caos em seu país, e reuniu tantos seguidores, que foram chamados de o ?Exército da Dama?.
Infelizmente essa grande heroína teve um destino trágico.
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O Grande Livro de Fogo (Ana Lúcia Merege)
Khadija, uma jovem muito ambiciosa fica sabendo de uma história que diz que toda fortuna do comerciante Walid foi conquistada através de um gênio que ele guarda dentro de uma garrafa.
Ela então arquiteta um plano e convence o seu pai a ajudá-la.
Mas ele, muito honesto acaba revelando tudo para Walid.
Os dois, tentando dissuadir a jovem de sua ganância, acabam disputando a garrafa com ela, que se parte revelando o gênio que ali vivia.
Agora libertado, o gênio impõe a eles uma missão, onde eles são transportados para o mundo dos gênios, e lá deverão enfrentar grandes desafios para encontrarem o grande Livro de fogo e saírem dessa aventura vivos.
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Além de ter um lindo designer com uma capa linda, as histórias neste livro são muito criativas e diferente de muita coisa que já li.
Recomendado para todos que gostam de histórias medievais e épicas.
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Avaliação: ? ????

Julia 01/01/2018

e ai?
A proposta do livro é justamente que todos os contos sejam “ambientados em lugares do mundo real [na idade média] — no tempo em que o fantástico e o maravilhoso se mesclavam naturalmente aos eventos do cotidiano”. E, com relação a isso, eu lhes deixo a pergunta: o que você esperaria de um livro desses?

Bem, se tratado de contos com contribuição de vários autores, eu esperava encontrar diferentes estilos de escrita, e, quanto a isso, não posso negar, é o que acontece, sim. São todos brasileiros e eu realmente esperei encontrar o melhor de cada um ali, afinal, qualquer texto lido de um autor pode ser “a porta de entrada para mais leituras”, mas não é o que acontece (por isso abro uma dúvida aqui, eu não sei em quais circunstâncias esse livro foi organizado, se os autores já tinham esses textos escritos, se tinham uma agenda cheia a cumprir e pouco tempo para a escrita, enfim, nós sabemos que, no geral, o cenário não é um dos melhores para os escritores).

O mais decepcionante é que o conto que abre o livro é o MELHOR conto que você encontrará ali. A autora Melissa de Sá entrega um texto que se encaixa perfeitamente ao livro. Isso não só te motiva a continuar com as leituras, como a querer saber mais sobre a autora. Mas daí, no meio do livro, a vontade é de deixá-lo no fundo da estante e partir para o próximo.

O conto Erva Daninha, de Melissa de Sá, é bem amarrado. Cada detalhe que é descrito na história não está ali de graça, você sente aquele interesse em saber mais sobre aquele universo. A história se passa na Europa dos tempos das Cruzadas e o personagem principal é um jovem camponês que sai de sua cidade natal para ser um cavaleiro e receber perdão por todos seus pecados ao chegar em Jerusalém. A autora consegue se entender bem com o pensamento da época, o personagem se sente culpado e pecador, bem ao estilo medieval, tudo o que é maravilhoso percorre uma linha tênue entre o divino e o demoníaco.

Ao mesmo tempo, pude perceber o estilo de escrita de Melissa. A repetição de elementos na história farão diferença para a trama, ela brinca com a dúvida e a surpresa. Eu não conheço praticamente nada em termos de literatura, mas o conto da Melissa de Sá tinha uma “coisa” que me lembrou um dos princípios da Gestalt, que é usado muito no design de logomarcas: o “fechamento”. Ele basicamente diz que você não precisa construir todo um objeto, pode deixar espaços vazios e o cérebro humano será capaz de completá-lo (um dos exemplos que sempre se usa para o conceito de fechamento é a logo da WWF, em que você tem manchas pretas que formam o panda, mas o panda não está ali, você é que o completa). Em suma, isso não me parece uma coisa fácil de fazer, textualmente, mas penso que, com as palavras certas, a autora consegue mostrar os sentimentos dos personagens, suas relações.

Bem, agora eu preciso falar dos outros contos. O que eu posso dizer é que eu achei interessante que os autores percorreram outros lugares do mundo: são dois contos ambientados na China, um no Japão e o conto de Ana Lúcia Merege pode enganar os desavisados, por se tratar da cultura árabe, mas ele se passa na região da Península Ibérica (é o periodo da dominação árabe na Europa) falarei dele mais adiante*.

(pessoal, inseri alguns links na minha resenha, ela está completa no blog clubedolivrojf.wordpress.com se quiserem conferir :D)

site: https://clubedolivrojf.wordpress.com/2018/01/01/medieval-contos-de-uma-era-fantastica/

Eric Silva - Blog Conhecer Tudo 31/12/2017

Da Escandinávia ao Japão
Cruzados, vikings, chineses, japoneses, mouros, gênios, bruxos e reis, todos eles cabem nessa coletânea de contos que faz um retorno à Idade Média para contar histórias que vão da Escandinávia ao longínquo Oriente de imperadores e samurais, tendo a magia como elemento condutor de cada narrativa. Organizado pelos especialistas em Idade Média e ficção histórica Ana Lúcia Merege e Eduardo Kasse, o livro conta com a participação de nove contos de vários autores brasileiros além de seus organizadores e foi ganhador do Prêmio Argos de 2017.
Medieval foi a primeira obra que eu li que toma a Idade Média como período da história da humanidade e não apenas das civilizações europeias e busca revelar a multiplicidade cultural e étnica da época, extrapolando os limites da Europa Medieval e indo ao Oriente. Desse modo, povoa suas histórias com vikings, mouros, mongóis, chineses, japoneses, imperadores, reis, camponeses, magos, cruzados e cavaleiros, cobrindo mais de mil anos de história.
Mas ir para além da Europa medieval não foi a única surpresa desse livro. Logo no primeiro conto percebi que Medieval divergia enormemente do que eu imaginava a princípio. Pensei inicialmente que os contos dessa coletânea tratavam da Idade Média histórica pura e simplesmente, contando enredos que se assemelhariam a livros como A Catedral do Mar de Ildefonso Falcones, que trata da servidão camponesa, o poder da nobreza, e das perseguições religiosas, ou Os Pilares da Terra, de Ken Follett, que aborda também a questão religiosa somada às disputas pelo poder.
Qual foi então a minha surpresa ao perceber elementos mágicos e sobrenaturais nas narrativas. Foi então que lendo o prefácio que compreendi que era esse o grande diferencial da obra e que o termo “fantástica” do subtítulo não se tratava apenas de um adjetivo para exaltar a era medieval. Isso não significa, porém, que os autores sacrificaram a História oficial para contar as suas narrativas, pelo contrário, todos os contos são povoados de muitos elementos da história real de cada povo que é retratado e o elemento mágico vem, por assim dizer, complementar e enriquecer cada conto ao lançar uma aura diferente sobre eles.
A ideia de juntar o fantástico com a Idade Média me fez lembrar das lendas de Arthur e do mago Merlim e também dos contos de fadas europeus, que são quase todos ambientados na era medieval e possuem um componente mágico muito forte. Porém, Medieval se distancia enormemente desses últimos pois não é uma obra ingênua. A maioria de seus contos busca o mágico atrelado ao realismo e não o mágico pelo mágico. Além disso, a ferocidade das relações humanas não é suavizada ou omitida e nem há uma tentativa de retomar o romantismo das histórias de cavalaria, que é próprio dos Contos da Távola Redonda e distante da realidade cruel da época a que faz referência.
Os contos em sua maioria não são arrebatadores ou magnéticos, algo que, na mainha opinião, é raro no gênero, sendo mais comuns os desfechos surpreendentes e acho que por isso mesmo que Antonio Skármeta dizia que "[...] o que opera no conto desde o começo é a noção de fim. Tudo chama, tudo convoca a um "final".
Contudo, os contos de Medieval são cheios de peculiaridades que os tornam únicos e especiais. Alguns são carregados de referências, mas todos buscam ser originais. Há aqueles que deixam seus desfechos em aberto deixando-nos em suspenso, outros que são imprevisíveis em seu enredo e nos pegam desprevenidos, mas todos são de uma qualidade narrativa que se sobressai. Muito bem escritos são frutos de pesquisas aprofundadas e cuidadosas sobre a época e os povos ali descritos, nos fazendo mergulhar na História, nos costumes e nos cenários de cada lugar.
O que senti falta na coletânea foi um glossário ou um conjunto de notas maior e que desse conta dos vários termos e expressões estrangeiras desconhecidas. Alguns são explicados dentro do próprio contexto, mas outros carentes de notas ou dos organizadores ou dos próprios autores.
Mas, em conclusão, com seus pontos positivos e negativos, não importa, Medieval é uma obra brasileira sem precedentes no formato em que se apresenta e realmente digno do prêmio que recebeu. A edição é linda, uma das capas mais inspiradas do catálogo da Draco. Os contos são diversificados e não repetem temáticas, além de serem muito bem escritos. Muitos deles originalíssimos e todos carregam as marcas pessoais de seus autores.
Confira a resenha do último livro da Campanha Anual de Literatura do Conhecer Tudo que neste ano homenageou a literatura do Brasil.
http://conhecertudoemais.blogspot.com/2017/12/medieval-contos-de-uma-era-fantastica.html

site: http://conhecertudoemais.blogspot.com/2017/12/medieval-contos-de-uma-era-fantastica.html

Literatura Presente 03/03/2017

Resenha: Medieval- Contos de uma Era Fantástica
A Idade Média é um período da história da Europa que se estende do século V até o século XV e tem servido de inspiração para autores do mundo todo. No Brasil, a Editora Draco lançou uma coletânea de contos escritos por autores nacionais, em sua maioria ambientados na Europa do período medieval, dois na China e um no Japão Feudal.

A Antologia é organizada por Ana Lúcia Merege e Eduardo Kasse, os quais também tem seus contos publicados nessa coletânea. Ao todo são nove contos que abordam o elemento fantástico, o misticismo, a religiosidade e todo esse mundo de fantasia e mistério que permeia o período medieval.

Eu gostei de todos os contos, porém os que conseguiram realmente me cativar foram três e eu vou falar um pouquinho sobre cada um deles.

Erva Daninha – Melissa de Sá: Nesse conto, vamos conhecer a história de Pierre, um soldado que vai lutar nas Cruzadas buscando se redimir do que julga ser um enorme pecado que ele cometeu. Em Veneza, Pierre conhece a jovem Agnes que o envolverá em um mundo de mistérios e fantasias.

Foi a primeira vez que li algo escrito pela Melissa de Sá e posso afirmar que adorei a forma como ela escreve e apresenta os seus personagens. O conto é narrado em primeira pessoa, com uma linguagem simples e de fácil compreensão. A autora possui uma escrita envolvente que cativa o leitor do início ao fim da narrativa.

A Clareira Mágica – Roberto de Sousa Causo: Narra a história de Diogo Sardo, um guerreiro ferido em batalha que durante um banquete conhece uma mulher misteriosa que o leva até uma clareira. Alguns fatos evidenciam tratar-se de um ser místico. Logo depois, essa mesma mulher é acusada de bruxaria e Diogo irá fazer de tudo para salvá-la da condenação.

“Também ele estendeu seu manto sobre a grama, ao lado do manto de Anabel, e os dois se deitaram quietos, fitando-se como verem -se pela primeira vez – ou da unica maneira que em verdade importava.”

A narrativa desse conto é em terceira pessoa, com um ritmo agradável, uma linguagem direta, personagens bem construídos e um belo enredo.

O Grande Livro de Fogo – Ana Lúcia Merege: Nesse conto, somos apresentados a três importantes personagens: Khadija, uma jovem ambiciosa, Mustafá um fabricante de tapetes e Walid, um rico comerciante.

Quando Khadija ouve uma história afirmando que toda a fortuna do comerciante Walid foi conquistada por através do jinn que ele possui dento de uma garrafa, a jovem logo desenvolve um plano para colocar as mãos nesse ser mágico e conseguir realizar o sonho de possuir muita riqueza. Porém, o plano não sai como o esperado e os três são transportados para o mundo dos jinns, onde deverão enfrentar grandes desafios para preservarem suas vidas e encontrar o Grande Livro de Fogo.

Este conto é narrado em terceira pessoa. A autora conseguiu construir uma história inovadora a partir de uma temática já bastante usual.

A obra resenhada é um ebook que foi baixado no site da Amazon, porém ainda pretendo adquirir o livro físico, pois ele possui uma capa linda, além de um lindo trabalho gráfico.

site: https://literaturapresente.com/resenha-medieval-contos-de-uma-era-fantastica/

Marcos Pinto 19/12/2016

Incrível
Medieval: contos de uma era fantástica é um livro que traz o melhor da Idade Média sob a tutela de diversos autores nacionais. Ou seja, proporciona a possibilidade de se encantar e ainda conhecer alguns autores que estão despontando no cenário brasileiro. Nada melhor do que juntar o útil ao agradável, não é mesmo?! Quando o resultado é surpreendente, tudo fica ainda melhor.

O primeiro conto que chama a atenção na obra é exatamente o que abre o livro: Erva Daninha, escrito por Melissa Sá. O enredo é desenvolvido em Veneza, onde conhecemos um rapaz que está em busca de realizar uma promessa que fez à mãe e uma jovem que possui um grande segredo. Do encontro de ambos, o amor nasce. Contudo, alguns segredos serão desvendados e o inimaginável acontece. Serão eles capazes de enfrentar isso juntos?

“Ao final dos treze dias percebi, para meu horror,, que não era a guerra que mudava os homens, mas os próprios homens que se tornavam a guerra” (p. 32).

A partir dessa premissa, Melissa cria um conto envolvente e com um toque sobrenatural. No início parece ser apenas mais um texto apelando para o clichê. Contudo, a autora soube, no momento certo, mudar o rumo da história, tornando o conto surpreendente. A escrita simples e direta também ajuda demais no desenvolvimento, fazendo com que possamos desbravar o enredo rapidamente. Ou seja, tem todos os elementos para agradar ao leitor.

O segundo texto que chama a atenção, cujo título é Sacrifício, é de um autor que já conheço muito bem: Eduardo Kasse. Ele é conhecido por trabalhar com o universo vampiresco. Contudo, esqueça os dentes pontudos e a sede por sangue; dessa vez, o autor traz para a cena um grupo de vikings. Eles, apesar de uma certa profecia, resolvem ir ao mar. O objetivo era simples: roubar, matar e destruir. Contudo, dessa vez, as coisas não seriam tão simples.

“Vejo um mar em tormenta. Vejo areias manchadas de vermelho. Vejo fogo e um dragão em chamas. Vejo quem não devia morrer ser trespassado pela cruz enquanto o Sol se põe, enquanto um novo grito de guerra é ouvido” (p. 100).

Kasse cria um enredo rápido, mas muito bem trabalhado. Assim como em todos os seus livros, é possível perceber uma boa pesquisa anterior, fazendo com que o conto se encaixe perfeitamente com a parte histórica. Ademais, ainda temos a pegada mais verdadeira nas cenas, tanto nas ações quanto na linguagem, algo já típico do autor. Kasse ainda brinda o leitor com um fim impressionante. Sem dúvidas, é um trabalho que precisa ser conferido.

O terceiro conto que receberá destaque, apesar de todos os demais também merecerem, é O Grande Livro do Fogo, escrito por Ana Lúcia Merege. Nesse texto, teremos um maior aprofundamento sobre a cultura e mitologia árabe, o que é simplesmente maravilhoso. Merege consegue encantar com suas belas descrições, envolver com o enredo rico e ainda deixar ensinamentos maravilhosos.

“Saudações, ó viajantes! Estás perto do fim da maior jornada de nossas vidas. A última etapa será afortunada – ou será terrível. Deveis olhar para o que realmente importa. Só assim terei êxito nesse momento derradeiro” (p. 158).

Apesar de conhecer a autora por nome, ainda não havia desbravado a sua escrita. Nesse momento, só posso dizer o seguinte: se a arrependimento matasse, eu já estaria nos Campos Elíseos. Merege mostra-se, através dessa obra, o porquê de ser uma das grandes contadoras de histórias dessa nova literatura que está se solidificando. Seu texto é precioso e delicado. Ela sabe a hora te fazer o leitor pensar e a hora de aluciná-lo. Tudo é sob medida. A certeza que fica é que precisarei conferir outros trabalhos dela.

Além dos bons contos, ainda somos brindados com uma maravilhosa parte física. A obra, além de uma bela capa, contém uma diagramação primorosa e um trabalho gráfico excelente. A diagramação está muito confortável; aliada à boa revisão, torna a leitura ainda mais agradável.

Em suma, Medieval é uma obra que ganha o leitor pela qualidade e pela beleza e ainda permite com que conheçamos autores sensacionais. Sem dúvidas, um trabalho essencial para figurar na estante de quem gosta de bons textos que se passam na idade média.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/12/resenha-medieval-contos-de-uma-era.html#more

Allana 31/10/2016

Livro bem escrito e bem cuidado, mas poucos textos chamam a atenção
A coletânea, como outros livros da Editora Draco, tem um trabalho gráfico impecável, que remete às iluminuras com o bônus de ser uma coisa pessoal. Todos os textos são bem escritos, denotando maturidade dos autores envolvidos, o que se pode afirmar pelas publicações anteriores de todos os envolvidos. Achei, porém, que poucos são os contos realmente inspirados.

GVertamatti 23/10/2016

Espadas, magias e lendas de leste a oeste.
Essa obra é uma compilação admirável de contos, escritos por brasileiros, que nos transportam de volta à era medieval, onde a magia podia ir de sutil ou nula até capaz de alterar a realidade.
Lendas de vários países tornam rica a combinação dessa antologia.

Para ler minha review completa, basta acessar o link:


site: http://meialua.gamehall.uol.com.br/medieval-editora-draco-review/