@fabio_entre.livros 19/07/2024
Profecia
Três anos se passaram desde que Guts entrou para o Bando do Falcão, e as coisas estão correndo bem (tão bem quanto se possa desejar a vida com um bando de mercenários). Guts não só acabou sendo aceito, mas agora é até respeitado por aquelas pessoas, tendo sido, inclusive, eleito comandante. Sim, Corkus e Caska continuam enchendo o saco, mas eles são minoria. Para o próprio bando, um novo status está se definindo: o grupo está se tornando famoso e ganhando privilégios desde que se pôs a serviço de Midland (um dos dois reinos rivais no mundo de "Berserk"), despertando a inveja da nobreza local. Griffith tem demonstrado ser um estrategista nato, vencendo todas as batalhas em que luta e ganhando cada vez mais a admiração de Guts (embora ele não queira reconhecer isso).
Há três personagens do Bando de que gosto muito: Judeau, Pippin e Rickert, e eles têm seus momentos de destaque neste volume, trazendo até um pouco do humor que se perdeu desde que Puck foi excluído da história (por questão cronológica: Guts só vai conhecê-lo depois da Era de Ouro).
No entanto, o momento mais importante desta edição está no confronto contra Zodd, um monstro sanguinário que dá um bocado de trabalho ao Bando do Falcão, quase matando Griffith e Guts. Mas, o que é relevante de fato, mais do que o embate em si, é a profecia dita por Zodd ao ver o Behelit que Griffith carrega. Não é segredo para ninguém, a essa altura, que Griffith e Guts se tornarão inimigos em breve (os eventos do terceiro volume deixaram isso explícito), mas a profecia de Zodd é o primeiro indício da tragédia por vir e da intervenção dos God Hand no futuro próximo.
Sobre a arte de Miura aqui, é desnecessário falar: continua espetacular; ele adora sequências de batalhas, e as desta edição são de tirar o fôlego.