Bruna Moraes 14/10/2023
Eu me chamo Antônio: ilustre poesia – Pedro Gabriel Anhorn
Nessa sequência da coleção “Eu me Chamo Antônio”, os guardanapos ganham vida através da poesia, o personagem Antônio se materializa e consegue expressar seus sentimentos, sensações, desconfortos e ideais por meio das ilustrações e versos, que tocam o coração do leitor, como bem é retratado no tópico “apresentação do personagem”.
Logo em seguida, a percepção que se tem é que o autor está em constante diálogo com o personagem Antônio, o qual despeja suas inseguranças, emoções e pensamentos na espera de conselhos, e o autor tem esse papel, de aconselhar, dar esperança e encorajar Antônio, mas, por consequência, faz o mesmo com o leitor.
Um livro único, com versos que te fazem refletir e questionar sobre amor, tristeza, dor e esperança. Aos poucos é possível visualizar o romance que está sendo construído pelo autor, o qual dará a Antônio a possibilidade de escrever a sua própria história.
A construção do livro é diferente do volume um, as páginas não ficam concentradas apenas nos guardanapos de papel, mas aparecem também em formato de ilustrações e texto em prosa. O autor continua com seu jeito único de encantar o leitor, através da sua percepção do mundo, fazendo analogias e demonstrando que a criatividade vai além da imensidão das galáxias, impossível não se sentir tocada pelas palavras de seu livro.
Apesar de não ter lido o segundo livro e já ter pulado para o terceiro, é visível a evolução do primeiro para este, o autor deixa de lado as frases curtas para de fato escrever o que sente e pensa, como se fosse uma história, com longos textos. Antônio é um personagem tímido, que sente tudo com intensidade, precisa superar um amor se amando primeiro, mas essa é a parte difícil. Quem nunca se sentiu assim né? No fundo somos um pouco Antônio também. As expectativas para o romance do autor Pedro Gabriel, que está sendo construído a cada livro da saga “Eu me Chamo Antônio”, só aumentam.
“Ás vezes, a gente encontra o amor-próprio no próprio amor do outro”.