A Catedral do Mar

A Catedral do Mar Ildefonso Falcones




Resenhas - A catedral do mar


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Lola444 18/10/2019

Qualidade em queda livre
Eu comecei a ler A Catedral do Mar achando maravilhoso, realmente acreditei que podia vir a ser um dos livros favoritos da minha vida, mas infelizmente, me enganei. O livro começa ótimo, nós logo nos apegamos e torcemos por Bernat, um protagonista digno, bom, mas ainda verossímil, que nos remete a um herói da vida real, um batalhador. e isso cativa e prende o leitor. Posteriormente, Arnal é introduzido, filho de Bernat, e ele é apenas a versão mais jovem do pai em termos de personalidade, o que já começa a denotar a pouca habilidade de Falcones em individualizar seus personagens.

O livro narra a trajetória de vida de Arnal desde seu nascimento, seus primeiros anos, juventude, maturidade até a velhice, período este que coincide com o período de construção da Igreja de Santa Maria do Mar, fato que acaba por permear todas as fases da vida do protagonista, além dele se sentir muito conectado com a catedral, por vários motivos diferentes que são fundamentais para o enredo do livro.

A obra tem uma narrativa que não chama atenção nem positiva e nem negativamente, tecnicamente falando, o que se sobressai mesmo é o nível de pesquisa que o autor demonstra ter alcançado, porque são detalhes históricos muito aprofundados - muitas vezes, até se estende demais nisso, chegando a ficar enfadonho.

Por outro lado, no quesito de desenvolvimento humano (que me interessa bem mais), ao meu ver, o autor falha. A história vai afastando todos os personagens mais interessantes do arco protagonista e cerca Arnal de personalidades tão unilaterais e clichês que dá vontade de dormir - as palavras "leal", "justo", "bondoso" e "corajoso" descrevem os dois personagens mais próximos do protagonismo ao lado de Arnal em toda sua extensão, não há nuances, não há pontos cinzas - inclusive já descrevem também o próprio Arnal. Os poucos personagens que têm um vislumbre de camadas de personalidade - possuem defeitos, cometem erros, vacilam nas escolhas - são sumariamente afastados do convívio do "santo" Arnal ou vilanizados por completo, ou pior, ambos.

Outro aspecto que me incomodou muito foi o romance super forçado do Arnal com sua "protegida", além dela surgir como uma criança que foi criada como filha por ele, ela é introduzida em mais da metade da história e ganha um protagonismo absurdo, causando antipatia no leitor que já leu demais do livro para se apegar tanto com uma completa aleatória. Para mim, ficou muito claro duas coisas: primeiro, o autor é daqueles que sente a necessidade irrefreável de ter um casal principal; segundo, ele não queria que o interesse amoroso do seu protagonista virasse uma senhora ainda dentro do lapso temporal narrado, portanto teve que introduzi-la mais tarde, ainda criança, para que Arnal pudesse ter uma novinha como par romântico - mesmo ele próprio já sendo um senhor. Ridículo.

Por fim, o principal ponto de desgosto é: O QUE DIABOS ACONTECEU COM O JOANET? Eu não vou nem entrar muito em questão para não ter spoilers pesados, mas essa foi uma das piores destruições de personagens que eu já tive o desprazer de ler, porque foi PREGUIÇOSA, ele não se deu ao trabalho de escrever essa mudança abrupta na personalidade/mentalidade/caráter, ele simplesmente afastou o Joanet e quando ele retorna, o destino já tinha feito o trabalho do autor de torná-lo Joan, e isso nunca foi justificado posteriormente. Enfim, péssimo.

Eu daria 1 estrela, mas como o início do livro é realmente tocante e o Bernat é um personagem muito bem construído e querido, eu dou 2 estrelas, mas a impressão que eu tive desse livro foi a total perda da mão do autor de um pouco antes da metade para o final. Uma tristeza.
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Tibúrcio 25/08/2019

A Catedral do Mar
Já tinha visto A Catedral do Mar algumas vezes nas prateleiras das livrarias que entrava e sua capa sempre me chamava atenção, juntamente com sua sinopse e algumas resenhas que lia pela internet, porém nunca levei ele para ler. Acho que não era o momento ainda. Este ano mais uma vez o livro apareceu para mim despretensiosamente e sob alguns comentários de amigos e conhecidos leitores. Daí foi inevitável não se sentir tentado a lê-lo. E que bom ter resolvido mergulhar nessa obra. Que obra!

Essa história épica se passa na Barcelona do século XIV, uma cidade próspera para onde se dirigiam muitos camponeses fugidos de seus senhores, acreditados na promessa de liberdade oferecida pela grande cidade do condal. E é nela, no bairro da Ribeira, os humildes cidadãos de tal cidade constroem a imponente Catedral de Santa Maria del Mar, conhecida como a igreja do povo. É em meio a essa gigantesca construção que se desenrola, paralelamente, a forte e conturbada história de Arnau Estanyol.

Filho de um camponês, Arnau chega a Barcelona, ainda bebê, com seu pai em busca de liberdade e fugindo dos abusos de seu senhor feudal. É em Barcelona que Bernat vê a esperança de um cidadão livre. Ainda menino, Arnau conhece a maldade dos nobres, a pobreza e a fome, entretanto busca na sua força e fé sobreviver às injustiças da época e passa por vários trabalhos desde estivador, carregando as pedras para erguer a igreja até tornar-se cambista. Tem uma vida tediosa, sempre regida pela sua fé, porém marcada de aventuras que lhe trazem um destino grandioso e épico.

A Catedral do Mar é um livro forte e arrebatador desde o primeiro capítulo. E para quem gosta de histórias no período Medieval, vai se encantar com a história. A narrativa do Idelfonso Falcones nos coloca dentro da obra de tal forma que respiramos ela a todo momento.

Bernat Estanyol era um camponês que vivia com seu velho e louco pai que lhe contava as grandes histórias de seus antepassados quando ainda eram livres das maldades e exploração dos seus senhores. Assim como Bernat, seu velho pai também nascera preso à terra dos nobres e submetido às violações. Após sua morte, Bernat herda essa condição de servir e tirar da terra seu sustento, mas pagando impostos altíssimos.

Na festa de casamento entre Bernart e Francesca, eles são surpreendidos com a chegada do senhor das terras onde viviam, Llorenç de Bellera, e este toma parte da festa exigindo o direito de se deitar com Francesca. Francesca sofre a pior das humilhações que uma mulher pode passar e dessa violação nasce Arnau, porém todo o amor que esta criança poderia receber da mãe parece ter sido esvaído junto a humilhação pela qual ela sofrera. Entretanto, a perseguição de Llorenç continua e Bernat se ver obrigado a fugir para salvar a vida de Arnau. Em Barcelona, o lugar que prometia liberdade, torna-se o refúgio de Bernat e Arnau. Lá recorre a sua única irmã, Guiamona, que vivia com seu marido e poderia abriga-lo até que ele conseguisse sua liberdade.

A história de Arnau começa a ganhar forma neste momento. Ele cresce junto a cidade, ainda criança conhece de perto a maldade sendo vítima de injustiças e atrocidades dos nobres movidos pela lei da tradição, exploração e jogos de interesse. Enxerga o ódio e a indiferença que a nobreza tem sobre o resto da população que vive na miséria.

A Catedral do Mar não é só um romance, mas também um retrato de uma época e que não está limitado a falar sobre ela, mas ir a fundo e fazer de nós, leitores, refletir sobre o quanto a natureza humana poder ser podre quando se esta no poder ou aspirando a ele.

Nesta obra vamos encontrar intriga, inveja, injustiça, soberba, preconceito, ambição e fanatismo ao longo de suas páginas. Porém, seu tema principal é a luta pela liberdade e contra a injustiça cometida pelos homens em busca de interesses. Em vários momentos do livro experimentamos sensações diferentes que nos faz refletir sobre até aonde o homem é capaz de ir para está acima dos outros ou se beneficiar de algo.

No livro a construção da Catedral e a santa são de grande importância na determinação da história dos personagens, parece-me que ela está presente em todos os momentos, menos não estando. Ela não deixa de ser um personagem na história, já que está tem grande significação na obra. A começar do próprio título que se deve a catedral gótica de Santa Maria del Mar, construída entre os anos de 1329 a 1383. Obviamente que ela não é o único tema tratado na obra, Falcones enveredou sua narrativa também pelas relações de servidão e de poder da nobreza e da Igreja, o que faz do livro uma obra histórica porque mostra sobre as leis severas impostas aos camponeses, como também a perseguição religiosa aos judeus e, consequentemente, a intolerância religiosa dos católicos e inclemência dos Tribunais do Santo Ofício.

O autor, nesta obra, dá importância às regras sociais, as leis injustas que privilegiam a alta sociedade e faz disso um pano de fundo para determinar o destino dos personagens. A exemplo disso temos a passagem do estupro de Francesca que foi legitimado pelo jus primae noctis (direito de primeira noite), uma lei medieval que permitia ao senhor feudal o direito de desvirginar as noivas dos camponeses na primeira noite. São essas passagens que despertam no leitor sensações horríveis, mas ao mesmo tempo reflexíveis sobre o pouco que evoluímos ao longo do tempo. E isso abriria uma ampla discussão que para a resenha não caberia.

O trabalho de pesquisa do autor merece destaque nesta obra, já que este se dedicou anos em vários documentos para chegar a esta narrativa tão forte e voraz, que em momento algum torna-se arrastada. Há sempre algo novo para acontecer e isso faz o livro ser tão voraz.

Os personagens são um caso à parte porque há uma gama de diferentes tipos desde pessoas simples, aos nobres, camponeses, artesãos, meretrizes, escravos e judeus e cada um com sua significação e determinação no destino dos personagens principais. Obviamente que o mais cativante de todos é o próprio Arnau.

Desde criança Arnau já demonstrava caráter, um coração sincero e puro. Sofreu, foi humilhado, mas não se deixou mover pela vingança. Trabalhou com bastaix carregando pedra para a construção da Catedral e foi durante esse período que trabalhou duro, mas foi feliz. Se envolveu em situações complicadas e conseguiu sobreviver a muitas intempéries para chegar a um desfecho para recomeçar uma nova história.

Enfim, é um livro para os amantes do romance e de História. Vale a pena retirar ele da prateleira seja ela da sua estante ou da livraria, e mergulhar em suas páginas. Pode parecer um livro longo, mas é tão intenso que torna-se curto deixando o leitor com aquela ressaca literária.
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Guy 19/07/2019

Edificação popular catalã: fé e fortaleza contra o poder
Trata-se da saga da família Estanyol, mostrando as injustiças e atrocidades cometidas pelos senhores da nobreza, aliada a cúpula podre da igreja católica e os Inquisidores, além do confronto de interesses de reis e da judiaria. Uma estória catalã aliada a construção de uma igreja pelo povo e para o povo. Literalmente as voltas que o mundo dá e quem busca batalhar com a força do trabalho, fé e honradez, demorará, mas conseguirá alcançar uma vida melhor.
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Cheiro de Livro 08/07/2019

A Catedral do Mar
“Catedral do Mar” (tradução de Cristina Cavalcanti) é desses livros que passam anos na minha estante e quando finalmente eu pego para ler fico me recriminando por ter demorado tanto. Eu devi ter desconfiado que era um bom livro para mim, ganhei em várias vezes de presente.

A obra de Ildefonso Falcone pode levar ao engano de se tratar de uma história sobre a construção da Catedral de Santa Maria do Mar em Barcelona, a construção até está ao longo da narrativa, mas esse é um livro sobre a Espanha medieval, as relações entre nobres e camponeses, sobre as cidades e sua organização. Falcone conta a história de Arnau Estanyol, filho de um camponês que foge para Barcelona, e tem a vida ligada a sua devoção a Nossa Senhora do Mar e a construção da Catedral. A religião é fundamental na narrativa uma vez que a Inquisição e seus horrores têm lugar privilegiado nesse livro.

“A Catedral do Mar” fala bem menos sobre arquitetura e construção do que o clássico “Os Pilares da Terra”, aqui a Catedral é mais pano e fundo para que Falcone fale sobre devoção, a força da igreja e as estruturas sociais medievais. Para tornar tudo isso interessante nós seguimos um clássico herói literário. Arnau é um bom e correto, isso faz o seu sucesso e, de certa forma, sua ruína. Todas as suas atitudes são movidas pelos melhores princípios, sempre.

O livro é envolvente mesmo com todas as pausas para explicar como funciona a estrutura social da época ou as eternas guerras feitas pelos mais diversos Reis. É impossível não torcer por Arnau e suas paixões. Mesmo nos momentos em que ele se vinga você tende a concordar com suas atitudes.

Não vou estragar as reviravoltas da história, vou apenas dizer que são muitas e bem legais. “A Catedral do Mar” e suas mais de 500 páginas vale muito a leitura. Agora vou assistir a adaptação que tem no Netflix.

site: https://cheirodelivro.com/a-catedral-do-mar/
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Rosana 10/06/2019

Livro excelente! Romance histórico no melhor "estilo Ken Follet" ! Daqueles que a gente começa a ler e não consegue parar. Misturando realidade com ficção, o livro passeia pela História da Espanha sob a inquisição. Tendo como pano de fundo a construção real da Catedral de N. S. do Mar pelo povo, a história trata também da perseguição aos judeus, dos costumes patriarcais e feudais, da escravidão e da opressão por parte da coroa e da igreja. Fiquei fã do autor e já vou partir pra outro livro dele!
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Renata 13/03/2019

Vale a pena cada página
Esse é um livro para quem gosta de História Medieval, Arquitetura, e intrigas, muitas intrigas!
Ao mesmo tempo em que o autor faz duras críticas aos diversos aspectos da vida cultural, política, econômica e religiosa da época, também nos insere de tal forma nessa realidade que é como se não estivéssemos em nenhum outro lugar, em nenhum outro tempo.
Ao longo do livro pude amar e odiar diversas vezes alguns dos personagens, pois são, acima de tudo, humanos, se valendo de defeitos e falhas.
Enfim, uma leitura deliciosa, que valeu a pena cada página e ainda vai render muitas reflexões.
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Hester1 09/02/2019

Não gostei!!!! Achei longo e em alguns momentos tedioso. Comprei por recomendação de leitores do site. Comecei a ler e até a metade livro não me envolveu, os personagens não me cativaram, fui até o final só de birra.
As três estrelas se devem ao trabalho de pesquisa do autor que é muito bom. A parte histórica e, portanto real, do livro é ótima, mas a ficção e bem chata.
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Karini.Couto 07/12/2018

Catedral do Mar é um daqueles livros que nos trás uma receita já conhecida e cheia de clichês, mas aqueles clichês que costumamos amar.



A história se passa no início do século XIV misturando fatos reais como o final da época medieval, nos trazendo uma construção de cenário crível e muito bem detalhada. Somos transportados à essa época e conhecemos Aranau. Temos um cenário marcado por muitos conflitos de guerra e muitas tragédias marcantes, além de detalhes sobre a vida de cada personagem que surge e engrandece a trama. Em certo ponto a leitura me incomodou um pouco por trazer excesso de detalhes e faltar aquela coisa mais poética que costumo ler.. A trama segue seu rumo com a construção da Igreja de Santa Maria do Mar e com ela a vida de Arnau sendo desenrolada.


Essa história foi dividida em quatro partes; servos da terra, servos da nobreza, servos da paixão e servos do destino.


Eu gostei muito do personagem Arnau, ele é desses personagens que amamos de cara, seu jeito, caráter, atitudes, tudo nele encanta. Ele é um personagem que apesar de ser bondosos, generoso e etc. vive uma situação conturbada desde o seu nascimento já que como filho de um servo, o senhor feudal faz questão de obrigar que se cumpra tudo "que tem direito", uma dessas coisas é o direito de dormir com a noiva antes mesmo do marido, algo que choca, revolta e dá vontade de entrar na história e dar uma lição nesse senhor. Esse enredo é muito rico em retratar toda a época da aristocracia em todo seu auge de poder e exploração.. Ou seja o lado que muitas vezes não é retratado com tanta veracidade ou "paixão" em dizer a verdade.


Bom, poderia ficar aqui dando detalhes e falando e falando. Mas acho melhor vocês conferirem por si. Além do livro, como visto na capa do mesmo, temos a série da Netflix. Então não tem desculpas para conferir essa história incrível em muitos sentidos.


Beijos.
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Kymhy 24/04/2018

A Catedral do Mar - Ildefonso Falcones
Através dos olhos de um pai e, mais tarde, de seu filho veremos como era Barcelona durante a Idade Média, suas disparidades e o sonho que representava para todos que buscavam a liberdade.

site: https://gatoletrado.com.br/site/resenha-a-catedral-do-mar-ildefonso-falcones/
Joelma 24/04/2018minha estante
Adorei esse livro




Danilo.Santos 19/02/2017

Livrinho fraco e cheio de clichês
Comprei esse livro no mercado livre(bem caro) depois de ver tantas resenhas favoráveis e, como sou fã da Antiguidade e também da Idade Média, e um dos meus livros preferidos é o excepcional O Nome da Rosa, resolvi dar uma chance. Grande decepção: o livro é um novelão mexicano de quinta, onde o mocinho é tão santo e ingênuo, que poderia ser canonizado; as cenas românticas são tão piegas que dá raiva; "Olhe o mar - disse ela tomando-lhe pela mão - o mar não conhece o passado, nunca nos pedirá explicações. As estrelas, a lua, aí estão e continuam a brilhar, brilham para nós..." isso é só um exemplo da xaropada indigesta. Se você gosta da boa literatura(Saramago, Eco, Rushdie, Kundera, etc...) meu conselho é: não perca seu tempo(e seu dinheiro) com essa "Catedral" (que tá mais pra capelinha, hehehe)
Bruno T. 25/03/2017minha estante
Concordo totalmente. E se você tivesse lido a minha resenha, publicada em 2010 aqui no Skoob, não teria comprado essa porcaria. Eu, pelo menos, consegui passar adiante, vendendo a "obra prima" através da Estante Virtual.


Danilo.Santos 26/03/2017minha estante
Verdade Bruno, devia ter lido sua resenha, pense num livrinho ruim de doer... Parece que foi a Glória Perez que escreveu essa "obra", está no mesmo "nível" das novelas dela, hehehe :)


Adriano Barreto 02/08/2017minha estante
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Mônica 03/12/2018minha estante
Ahhh que oena, o seriado é tão bom, sorte que eu sempre leio resenhas antes de adquirir um livro kkk




Eric Silva - Blog Conhecer Tudo 29/11/2016

Fantástico
Sétimo e último livro do nosso itinerário pela literatura Espanhola, A Catedral do Mar, livro de estreia do barcelonês Ildefonso Falcones, é um romance intenso e uma verdadeira aula de História sobre a Idade Média. Com uma ampla diversidade de temas como a questão religiosa e a injustiça social no período, este é um livro intenso e épico que narra a vida conturbada de Arnau, desde os trágicos acontecimentos de sua concepção até os diversos desafios que a vida e a busca pela sobrevivência lhe impuseram. Um livro sobre fé, intrigas e injustiças, que fala da luta pela liberdade em um mundo marcado pela servidão e exploração dos camponeses que garantiam os privilégios de uma nobreza soberba e cruel.
Confiram a resenha completa.
http://conhecertudoemais.blogspot.com/2016/11/a-catedral-do-mar-ildefonso-falcones.html

site: http://conhecertudoemais.blogspot.com/2016/11/a-catedral-do-mar-ildefonso-falcones.html
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Lista de Livros 22/12/2013

Lista de Livros: A catedral do mar, de Ildefonso Falcones
“Os vencidos não têm esposa”.
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“Arnau, há algo que nunca mudará na história: quem tem mais dinheiro quer mais; nunca o dá e nunca o fará.”
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“Lutamos muito para chegar ao ponto onde estamos; esqueça a honra: ela não foi feita para o povo.”
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Mais do blog Lista de Livros em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2012/01/catedral-do-mar-ildefonso-falcones.html
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San... 09/02/2013

A história se inicia por volta do ano de 1320, terminando no ano de 1384, em Barcelona. O Autor utilizou-de alguns fatos históricos na construção de sua belissima criação. Teceu um personagem principal forte, iluminado, carismático. Viajei nessa leitura, passando da construção de uma catedral, aos anos da peste e à inquisição da igreja católica. Conheci os costumes de uma época dificil e pude compreender os meandros das leis praticadas com relação às mulheres, aos judeus, aos nobres e plebeus. Uma longa narrativa, recheada de pureza, de esforços hercúleos, de vinganças, de tramas indigestas, de inveja, de decepções e dor. Mas, acima de tudo, uma história de paciência, abnegação, altruismo, amor, amizade e honra. Me senti orfã ao final do livro, com toda certeza. Muito bom. Recomendo.
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Naia 09/01/2013

EXCELENTE ROMANCE HISTÓRICO
Este é um excelente romance histórico que retrata a Idade Média espanhola, focando, principalmente a cidade de Barcelona e abordando, com riqueza de detalhes, usos e costumes, relações comerciais, o papel da mulher, relações de vassalagem, conflito de poder ente monarquia e igraja, inquisição espanhola, relações sociais... Enfim, é um romance muito rico que relaciona a vida de um homem, Arnau Estanyol e a construção da Igraja Santa Maria del Mar, desde que era uma criança atá sua vida adulta. Recomendo!
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Lane 21/06/2012

A Catedral do Mar
A Catedral do Mar é a primeira obra do autor Idelfonso Falcones.
A trama se desenvolve no final do século XIV, apresentando um relato realista do começo do fim da época medieval.

Com uma narrativa precisa e detalhista repleta de fatos históricos, o autor nos remete a viver e compartilhar da vida de Arnau Estanyol.

A escrita do autor chega a ser etnográfica, Falcones se aprofunda em uma Barcelona conturbada por conflitos e tragédias, na individualidade dos personagens, envolvendo o leitor na história, demonstrando tecnicamente vários contextos históricos.

É tudo imensamente tão pormenorizado e marcante que a leitura se torna complexa, entretanto o texto não é de fácil compreensão. A textualidade do autor é didática, cheia de informações, porém eu achei que falta um pouco de argumentação, que em nada prejudica a obra.

O livro é dividido em quatro partes: servos da terra, servos da nobreza, servos da paixão e servos do destino.

A trama se desenrola tendo como pano de fundo a construção da Igreja Santa Maria do Mar, todavia a vida de Arnau Estanyol, seu nascimento, suas dificuldades, suas necessidades, sua ascensão e sua quase morte são evocadas maravilhosamente pelo autor.

Arnau Estanyol é o tipo de personagem que cativa desde o inicio. Seu caráter é único. Em alguns momentos eu fiquei até com vontade de pegar ele no colo, tamanha simplicidade deste personagem.
Sua concepção é conturbada, o senhor feudal que seu pai era servo faz valer o direito “prima nocte”, no qual o senhor feudal tinha direito a dormir com a noiva antes do marido (devo abrir um parênteses aqui e expressar que foi uma das cenas mais revoltantes que li em toda a minha vida de leitora), e após o seu nascimento a tendência de maldade só piora, determinando mudanças drásticas por toda a sua vida.

O livro detalha com precisão toda futilidade da aristocracia. Ele apresenta todo o imperialismo de uma parte da sociedade privilegiada e exploradora.

Barcelona é a cidade mais importante da Catalunha, devido a sua ascensão política e social na época, ela é considerada pelos camponeses, estes que eram tratados abusivamente pelos senhores feudais, como sendo a cidade dos homens livres.
Ela possui um enorme significado dentro da narrativa, por vezes ela se torna foco no drama deixando leitor à espreita de algo ruim a todo o momento.

Bernart seqüestra Arnau seu filho, do assédio do senhor feudal, após este ter levado o menino ainda bebê ao seu castelo para morrer. Com a esperança abrigada em conseguir sua liberdade ele foge levando seu filho para Barcelona.

A tão almejada liberdade não é assim fácil de conseguir, Bernart pai de Arnau enfrenta a decepção com sua família, onde ele procura abrigo. Mesmo diante das dificuldades e negação da família, Bernart se resigna para conseguir a liberdade pra si e seu filho.

A história é comovente, a cada página uma expectativa.
A humildade, bondade e o amor com que Bernart tem por seu filho é reflexivo, e estes valores são inseridos em Arnau desde pequeno e o leitor vai acompanhando seu desenvolvimento, ao mesmo tempo em que observa o comportamento das pessoas e da sociedade ao redor.

É inquietante observar as transformações e os extremos de uma sociedade que abriga católicos, judeus, escravos, aristocratas e assistir Arnau com seus receios e aventuras. Ver nascerem amizades, presenciar traições e humilhações e isto tudo acontece durante a construção da catedral do mar que é testemunha de cenas marcantes narradas na obra.

No entanto, o livro revela ainda guerras entre reis, a luta contra os judeus, a violência contra a mulher, as pandemias que existiam na época, os preconceitos e as hipocrisias que são retratadas com perfeição pelo autor.

Contudo, conforme cada pedra é ajustada para a construção da Catedral do Mar, o leitor é embalado pelos problemas de Arnau: a fome, seus inimigos, a guerra, a escravidão, uma amante possessiva, suas perdas e se torna expectador de sua ascensão social e financeira.

De um menino a um homem de sucesso, sem perder sua fé em sua mãe do céu, Arnau vê sua sorte mudar ao ser traído e entregue nas mãos da inquisição.

Eu não diria que a religiosidade tem um grande peso na obra, entretanto a confiança de Arnau na virgem do Mar é uma contemplação a parte.

O livro não é polêmico, mesmo abordando temas que produzem anseios no leitor, Arnau é um personagem que encanta e que faz com que a gente tenha uma cultura de admiração por ele. Porém a minha identificação vai além, poderia se dizer que Falcones produziu uma obra ficcional com teor histórico contando um romance complexo que fala de fé e opressão, narrando cronologicamente a construção de umas das mais belas catedrais marianas do mundo.

Definitivamente o livro não é pra ser lido em uma leitura rápida, é algo pra ser desfrutado em “goles” por tudo que esta história representa. Recomendo!

Avaliei com 5 estrelas.
Silvia 30/06/2012minha estante
Legal gostei da sua resenha :-D


Lane 02/07/2012minha estante
Obrigada Silvia! =)


Alessandro460 15/12/2018minha estante
Achei a trama desse livro muito parecida com a de "O Pilares da Terra", de Ken Follet. Assim como a obra de Follet, esse romance também descreve a construção de uma imensa igreja, se passa na época medieval onde existem vários conflitos, inclusive religiosos, os personagem são tanto nobres como camponeses. Posso estar enganado. Mas, para mim tem muitas coincidências entre as duas obras. Isso é somente impressão minha ou não?


Celso 14/07/2019minha estante
Esse livro me lembrou bastante dos "Pilares da Terra", o diferencial é que a história ficou restrita a região da Catalunha, principalmente à cidade de Barcelona. Curiosamente Barcelona é conhecida pela igreja da Sagrada Família, as casas de Gaudi, etc, eu nunca tinha ouvido falar dessa catedral até ter lido o livro, acho que nem fazia parte do roteiro turístico, com o sucesso do livro, provavelmente já tenha sido incluído em algum roteiro.


Jonas 13/12/2020minha estante
Ótima resenha. So para constar, mais de um historiador ja derrubou o mito da "prima nocte".




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