Purgatorio

Purgatorio Dante Alighieri




Resenhas - A Divina Comédia


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Cynthia Leite 09/09/2020

Eu levei anos pra começar, e 4 meses para completar a leitura.
Simplesmente maravilhoso!! Maravilhoso! O melhor livro da minha vida!
tatireads 06/10/2020minha estante
Tão maravilhoso assim??? Já quero!


Cynthia Leite 06/11/2020minha estante
Sim!!




vefaria 08/09/2020

Bem detalhado
Ótima tradução com notas explicativas muito bem detalhadas. Muito bom para quem tem curiosidade de ler.
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Sérgio 07/09/2020

Impactante
Um grande clássico da literatura mundial que, mesmo não tendo uma projeção tão forte em veículos de comunicação, tem seu brilhantismo firmado por toda a eternidade. O primeiro livro d'A Divina Comédia é forte e impactante. A sua leitura não é simples, já que em meio a alegorias e termos arcaicos, a compreensão mínima da história de Dante e seu guia pelo inferno demanda do leitor uma atenção sem falhas. Imaginar o percurso de Dante e Vigílio por cada círculo do inferno leva o leitor a uma jornada penosa, sombria, e, sobretudo, melancólica. Assim como comenta Dante sobre as palavras encravadas na entrada do Inferno, a leitura deste livro "il senso lor m’è duro", e não poderia deixar de ser. É uma obra enriquecedora, um texto que, apesar de complexo, demanda uma completa imersão do leitor, que seguramente não será o mesmo após a virada da última página.
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Peregrina 01/09/2020

Para melhor apreciar A Divina Comédia
A fim de obter um melhor proveito desta obra literária monumental, é preciso deixar-se orientar por algumas perguntas, quais sejam:

1) Por que Dante escreveu a Comédia? Ou, o que ele queria dizer com esta obra?
2) Por que A Divina Comédia é importante? Ou, o que faz dela uma obra atemporal?
3) Como a Comédia se relaciona com os tempos em que vivemos?

Pois bem. Para responder ao primeiro questionamento, é necessário ter em mente que A Divina Comédia é uma obra que, a todo tempo, ressalta o fato de que nós temos que agir enquanto ainda estamos vivos, ou seja, as nossas atitudes presentes determinarão o nosso futuro. Parece algo óbvio, mas vivemos em uma sociedade em que as responsabilidades são cada vez mais empurradas para longe, para o amanhã. Principalmente entre os jovens, há a sensação de que esta efêmera passagem terrena durará para sempre. Mesmo em um cenário pandêmico pelo qual estamos passando, as pessoas não refletem muito sobre o pós-morte, ninguém nunca acredita que chegará a sua vez de partir desta vida e, pelo que Dante dá a entender, em seu tempo não era tão diferente.

Dessa forma, Dante, principalmente no Inferno, chama a atenção para os pecados que, cometidos em vida, levaram aquelas pessoas a estarem ali, demonstrando a necessidade de arrependimento, pois a sociedade de seu tempo não era melhor do que os que, tendo pecado gravemente no passado, agora pagavam duras penas no Inferno. Mesmo no Purgatório, quando o autor ressalta as almas dos penitentes tentando se redimir de algum modo pelos pecados cometidos antes de se arrependerem durante sua passagem na Terra, ele também reforça que aquelas penitências podem ser reduzidas pelas orações dos vivos. Então Dante, em todo momento, faz um contraste entre os que já faleceram e os que estão vivos, sendo que estes últimos ainda têm tempo de arrependerem-se de seus pecados e voltarem seus olhos para a Cruz, além de ajudar os que não mais podem mudar sua realidade por meio das orações em favor das almas. Faça a elas o que você gostaria que fizessem a você, pois depois que terminar de fiar o fio da vida, ou seja, falecer, não haverá muito que fazer.

Para reforçar seu argumento, Dante salienta que a morte pode chegar quando menos se espera por intermédio de inúmeros exemplos de falecimentos precoces, inesperados e trágicos retratados em toda a obra, talvez até para provocar no leitor de modo sensorial o impacto que teria acerca da necessidade de se arrepender e cultivar as virtudes teologais. Para tanto, o Dante-poeta exibe todo o seu talento com suas descrições vívidas dos cenários conhecidos por Dante-personagem a ponto de, em algumas ocasiões, chocar o leitor tamanha a expressividade de suas palavras, especialmente no Inferno.

Então, respondendo ao primeiro questionamento, creio que o objetivo principal (ou, pelo menos, um dos principais) de Dante foi realçar a necessidade da sociedade em que ele estava inserido se arrepender de seus pecados antes que fosse tarde demais, pecados esses que não eram menos piores do que aqueles dos que já estavam condenados naquele instante no Inferno. Tampouco deveriam esperar muito para mudar o rumo de suas vidas, pois, mesmo no Purgatório, embora a perspectiva fosse melhor do que uma eternidade de condenação ainda assim, guardava duras penitências para os que se arrependeram tarde demais. Por isso eu creio que A Divina Comédia é muito mais do que um texto esteticamente belo, tem um objetivo cristalino que não pode ser olvidado hoje, mais de 700 anos após ter sido escrito. Não é por acaso que, quando Dante encontra com Beatriz no Paraíso Terrestre, ela avisa o poeta enfaticamente para que ele se lembre de tudo aquilo que está vendo a fim de que, quando voltasse para a Terra, a mensagem possa ser transmitida às pessoas que caminham a passos largos para a perdição e ele mesmo não se desvie do caminho da virtude e da Salvação.

Vale lembrar que esta era uma época de muita hipocrisia em que as pessoas iam à igreja participar do sacramentos e viviam uma vida moralmente reprovável. A própria Igreja, segundo a concepção do autor, havia se desvirtuado de seus propósitos. Era um momento de enorme turbulência política e religiosa e Dante mostra que, mesmo antes da Reforma Protestante, a Igreja Católica Apostólica Romana já não era Católica (universal) há muito tempo, sustentada por papas praticantes do pecado da simonia e imorais. Além disso, foi mais ou menos nessa época que o papado ficou dividido entre Roma e Avignon. Assim, A Divina Comédia também funciona como um alerta para a própria Igreja que, maculada, devia voltar o olhar para Cristo e para a Eternidade em vez de priorizar disputas terrenas e politicagens efêmeras. Eu me pergunto o que Dante diria da Igreja Católica de hoje...

Passando ao segundo questionamento norteador, tentaremos responder por que a Comédia de Dante é importante ou o que faz dela uma obra atemporal, o que ela reflete. A minha resposta, aparentemente simples, é: o Céu, as coisas gloriosas que hão de vir. A partir daí, podemos destacar: a) A importância teológica de olhar para o Céu/Paraíso, que é trazer esperança para as pessoas, especialmente aquelas que estavam tão inconformadas quanto o próprio autor, além de alimentar a fé e estimular a caridade (virtudes teologais e também as cardeais); e b) Alertar aqueles que, por outro lado, não estavam atentos para o que estavam acontecendo e viviam de maneira desregrada. Dessa forma, recordar a existência do Céu e do Inferno poderia despertá-los para uma vida de retidão a fim de não perecer pela eternidade. A relevância de trazer à memória das pessoas essas noções de Céu, Inferno e Eternidade permanece até hoje, se não for ainda mais necessária. Daí a importância e a atemporalidade d'A Divina Comédia.

Ademais, o texto de Dante continua pertinente se tivermos em vista o próprio aspecto literário da obra. O autor escreveu os tercetos, a rima, a sonoridade e a métrica perfeitos. Isso só ocorreu porque ele queria refletir a perfeição celestial. Na literatura hodierna, não há absolutamente nada que se compare à grandeza dos versos dantescos. À medida que os séculos passaram e quanto mais o homem se distanciou do Eterno, do Divino, pior ficou a literatura, as artes, a música e a arquitetura e não é coincidência. Quanto mais o homem se distanciou de Deus e passou a refletir a si mesmo, mais horrendas foram as produções artísticas, musicais, arquitetônicas e literárias. Não serei politicamente correta aqui. Tive a oportunidade de contemplar ao vivo os afrescos no teto da Capela Sistina, cujas imagens podem ser facilmente encontradas na Internet, e digo com tranquilidade: toda a produção artística atual não se compara àquela que era voltada ao Divino. Compare a majestade das antigas Catedrais que tentavam alcançar os céus e a feiura das edificações mais recentes, repletas de ângulos retos e completamente inexpressivas. Ouça uma Sonata de Beethoven e, em seguida, qualquer música que esteja entre as mais ouvidas no país e reflita sobre o porquê de a primeira ser tão superior à segunda em complexidade, emoção e, sobretudo, beleza. A resposta é clarividente quando contrapomos literatura contemporânea e A Divina Comédia: o homem rejeitou a Deus e amou a si mesmo e, como consequência, tudo o que produziu a partir de então passou a espelhar a podridão e a decadência de sua alma. Quando o homem retratava a glória do que é Eterno, criava obras, de certa forma, eternas, perfeitas.

Finalmente, respondendo ao terceiro questionamento norteador, A Divina Comédia se relaciona com a atualidade, com os tempos em que vivemos, na medida que a sociedade atual precisa tanto de um despertar quanto a sociedade florentina dantesca precisava em 1300. Mesmo não acreditando em algumas doutrinas trazidas por Dante, como a existência do Purgatório, a mensagem principal do autor italiano ainda precisa ser difundida: esta vida é uma passagem e existe uma eternidade à espera. O que define o destino é o que se faz com a vida agora. O homem nunca esteve tão carente de virtudes, nunca houve tanta necessidade de se voltar ao Eterno como há hoje. Assim como a comunidade em que Dante estava inserido, só que em maiores proporções, nossa sociedade está cada dia mais afundada em seus próprios prazeres, no egoísmo, na arrogância e em seus pecados de imoralidade, falsidade e falta de fé.

Desse modo, A Divina Comédia é uma obra extremamente significativa, atual e que importa. Importa porque lembra seus leitores a urgência de voltar o olhar para Deus, tanto devido aos exemplos trazidos no livro (de santos e condenados) quanto com a sua beleza intrínseca que reflete a glória do Criador. E o leitor, mesmo os mais céticos, hão de apreciar a leitura, por mais trabalhosa que seja, porque dentro de todos nós há um desejo pelo que é belo. Como diria C.S. Lewis, dentro de nós há um anseio pelo lugar de onde toda a beleza veio, então nossas almas reconhecem tudo o que deriva desse mesmo anseio, que é o que move o cristão e dá esperança à humanidade.
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Fernanda 01/09/2020minha estante
Suas resenhas sempre me fazem ter vontade de ler os livros!


Babi159 04/09/2020minha estante
Que resenha! Céus, que resenha! Sem palavras, Enza. Parabéns! É uma honra ler o que escreves. ^^


Peregrina 15/09/2020minha estante
Obrigada, gente! Esse livro é realmente espetacular!


Clau @meuescapeliterario 30/09/2020minha estante
Que resenha incrível! Li antes de iniciar a leitura e a vontade só aumentou após sua resenha, obrigada por compartilhar.


Drico do contra 14/10/2020minha estante
Essa foi de longe a melhor resenha que já li nesse site. Excelente! Me deu ainda mais vontade de ler esta obra grandiosa. Um dia lerei!


Peregrina 14/10/2020minha estante
Obrigada, Drico! É uma leitura trabalhosa, mas inesquecível!




Henrique 26/08/2020

Neste livro, Dante embarca em uma aventura além desse mundo, passando pelo Inferno, Purgatório e Paraíso (concebidos pela mitologia cristã). Na passagem pelo Inferno e o Purgatório, Dante conta com um guia de viagem: o autor Vigílio, poeta do tempo Antigo, que, na obra, representa a razão - enquanto Dante representa a personificação do Homem - dado que Vigílio é um dos escritores mais admirados por Dante, tanto que, no decorrer da história, o leitor consegue perceber uma relação de pai e filho entre os dois.
O livro tem cunho moral, e resumidamente descreve a transição de um pecador para um fiel crente e dependendo do Amor Divino, guiado, no desfecho por Beatriz, que representa a Fé, e foi, desde muito nova, o grande amor da vida de Dante.
Um detalhe chamativo, é que todos os personagens da obra, eram, de fato, pessoas reais do universo pessoal de Dante.
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Sammy 20/08/2020

Releitura de Dante
Foi o mais complicado de ler entre os três.
Eram inúmeras referências políticas e mesmo as bíblicas as vezes só pegava depois do canto. Por ser agnóstico e nunca ter encostado na Bíblia, foi sim complicado, mas minha beatitude desejada em ler este livro fora sempre a arquitetura divina do paraíso, essa que me divertiu e entreteu. Enfim fico triste em saber que Dante ainda pensava em fazer uma revisão de: "la divine comédie" e ainda que fora impedido pela supressão de sua vitalidade, além de suas terríveis frustrações em seus meados últimos anos de vida.
Pelo menos foi bem recebido na época(la divine comédie), uma pena que não ajudará Dante a voltar a sua aclamada Florença, esse que morreu em Ravena nos amargores de sua ânsia.
Douglas 15/09/2020minha estante
Ótima resenha, Sammy.




Moises Celestino 12/08/2020

Revisão do Livro...
Olha! Reconheço imensamente a importância e relevância desta clássica obra para a história concisa da literatura universal. Não é um dos meus livros prediletos, na verdade e...reler essa obra requer para mim, sempre, um desafio de enormes proporções para captar na totalidade, a essência da proposta do autor. É um grande livro, cujo conteúdo lido na íntegra, considero como de alta complexidade. Minha crítica é meramente construtiva, e com certeza, jamais digitaria algo com o intuito de desmerecer a conjuntura literária deste clássico. Mais à frente, lerei novamente para novas e futuras revisões...
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Rubia104 12/08/2020

Escalada veloz
Essa adaptação concentra algumas partes simbólicas da obra; creio ser feita ao público infantil, porém uma leitura não guiada será pouco proveitosa. Dante é rico em referências que precisam acompanhar a leitura ou precedê-la. Esta edição pode servir como livro/texto para um trabalho mais profundo de exploração literária, porém como leitura simples não é indicável.
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pabloegc 09/08/2020

Uma dica, procurar uma edição que tenha uma tradução mais "leve", ajuda demais na leitura, eu mesmo ja abandonei por conta de tradução. Não é um livro facil mas que compensa cada minuto empreendido nele.
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Carolina 05/08/2020

Depois de quase um mês...
É um livro mt denso e complexo e, não importam o que digam, é uma leitura que todo leitor deveria ler sim! Principalmente se vc é católico. De longe o Inferno me impressionou mais, super recomendo.
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Jenn 04/08/2020

Muito bom
Foi uma ótima experiência, sempre me interessei pelos círculos do inferno, antes mesmo de saber que eles tiveram sua origem em um clássico. A história é bem interessante, uma mescla de elementos cristãos e mitologia grega, as passagens no inferno foram minhas favoritas. Essa é claramente uma versão MUITO compacta, mas me deixou com vontade de ler o original. Vai acontecer quando eu terminar a Odisseia, com uns 74 anos ou coisa assim.
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Beth 03/08/2020

O poema épico mais importante da literatura mundial.
Neste poema épico que mistura política e teologia, vamos acompanhar Dante pelo Inferno e Purgatório guiado por Virgílio, autor de Eneida por quem tem muita admiração, depois pelo Paraíso guiado por Beatriz, seu grande amor. Nesta trajetória, Dante encontrará muitas figuras públicas como o Papa Nicolau III.
Politicamente, essa é uma obra com várias críticas a personagens daquela época. Já religiosamente, uma reflexão para que todos os pescadores deva procurar a redenção antes da sua morte
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@PinkLemonade 02/08/2020

Leitura boa, tradução estranha
Gostei imensamente da criatividade do autor ao descrever os círculos do inferno.
Apesar disso, gostaria de deixar registrado que esta edição não correspondeu muito as minhas expectativas.
Também senti falta de mais comentários explicativos para o contexto histórico /cultural da obra.
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Lucas.Pasqualini 02/08/2020

A maior obra literária de todos os tempos
Essa obra esta acima de qualquer outra.
Marquei como tenho, favorito e desejo. Se tivesse a categoria meu deus do céu eu marcava tb.
Pra mim o mundo se divide em a divina comédia e uns outros livrinhos aí.
Acho que já deu pra entender né?
Ok.
Você está sendo intimado a ler.
Obg.
De nada.
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