A Divina Comédia, nem precisamos aduzir, a própria alcunha Divina , já nos remete o que podemos esperar desta obra, Dante Alighieri é realmente surpreendente em todos os quesitos, desde os versos, as rimas, as descrições até a história em si.
As descrições que Dante faz do Inferno é assombroso, a imaginação para o Purgatório é formidável, e me desculpem os adeptos da primeira parte, mas a terceira, o Paraíso é estupendo, a melhor parte em minha opinião. Difícil acreditar que esta obra foi feita no século XIV por um homem mortal.
Certos fatos, mesmo que um ser humano pudesse voltar ao passado e interferisse, uma hora ou outra esse fato iria se consumar, por exemplo, se impedíssemos Colombo de descobrir a América, ela seria descoberta por outro mais tarde; se matássemos ainda bebê Albert Einstein, nossa Física, estaria atrasada, todavia no futuro iríamos descobrir o que Einstein antecipou. Mas se impedíssemos Dante de escrever este livro, ai sim, conseguiríamos atacar algo irreversível, a possibilidade de outra obra como esta aparecer futuramente é infinitesimal.
E mesmo que aparecesse depois, não teria a magia e a perícia em que Dante, 200 anos antes que os navegadores da Renascença vissem, faz uma descrição do Cruzeiro do Sul, sendo considerada, por vários autores, a primeira referencia da literatura ocidental à constelação.
Ademais, a influencia que A Divina Comédia exerceu ao longo dos séculos, sobre autores, músicos, pintores, filmes, desenhos, etc; é incalculável, até hoje ela é motivo de inspiração, sendo recentemente criado um jogo de videogame (Dante's Inferno).
Em cada verso descobrimos desde o mais portentoso lugar do inferno, até o mais feérico sítio do paraíso; indubitável livro imperecedoiro.