vanessamf 15/06/2015Um Ensaio de WellsSinopse
Um estudioso inglês do século XIX constrói uma máquina capaz de levá-lo para outros tempos, indo parar num futuro muito longínquo, quando o ser humano, como o conhecemos, já desapareceu, dando lugar a duas novas espécies distintas: os Morlocks, que vivem no subterrâneo e os Elois, na superfície.
Meu comentário
O enredo é bastante simples, narrado em primeira pessoa por um colega do inventor, e não nos dá muitas respostas, apenas teorias evolucionistas sobre o que está acontecendo. Por isso, não sabemos exatamente quem é o viajante do tempo, quais são seus propósitos (além da óbvia curiosidade científica) e o que motiva realmente.
Deve ser por isso que o filme homônimo, de 2002, tenta dar todo um background, criando um romance para o protagonista (tanto em seu tempo, quanto no futuro) e um opositor/inimigo, vivido por Jeremy Irons.
Essa liberdade criativa também acontece porque no livro o cientista nem nome tem e basicamente quase nenhum dos Elois e Morlocks tem um desenvolvimento de personalidade. Isso, aliado a descrição do futuro ser igualmente superficial, os roteiristas tiveram bastante espaço para preencher.
A meu ver, a intenção do autor foi apenas dramatizar os conceitos/crenças científicas da época, como a que dizia que o Sol morreria em relativamente pouquíssimo tempo.
Este espírito é retomado no filme, pois utilizam nossas expectativas atuais sobre o futuro (e não as do autor), considerando como base aquilo que já sabemos sobre o planeta, genética e evolução.
Recomendo este livro? Sim, pois é um retrato de uma época, mas, em termos de qualidade, eu percebi que a narrativa do autor melhora muito em um de seus próximos livros, a Guerra dos Mundos.
site:
https://leiturasdetarologa.wordpress.com/2015/06/15/literatura-a-maquina-do-tempo/