Resenhas - A Máquina do Tempo

Diva 09/09/2021

Ir sem expectativas é a melhor coisa
Eu ganhei esse livro no final de 2020 e fiquei postergando sua leitura, por motivos de não me sinto muito apegado ao gênero e não me interessei pela sinopse.

Entretanto, para minha surpresa esse livro é maravilhoso.

Bom se você esta esperando um livro de viagem no tempo, esse não é foco. Essa é uma história que se assemelha mais a ficção evolutiva (estilo all tomorrows, se você leu esse livro e gostou provavelmente vai gostar dessa história tambem). Com umas pitadas de críticas ao capitalismo e a sociedade humana como um todo.

Eduardo.Arruda 06/09/2021

Clássico de HG Wells
A Máquina do Tempo foi o primeiro romance publicado por HG Wells, em 1895. Wells em seus livros "previu" o tempo como quarta dimensão, lasers como armas, a bomba atômica, o correio de voz etc. Bom livro, mas acho que irei gostar mais da Guerra dos Mundos.

Guerra 04/09/2021

"A Máquina do Tempo"
Achei o livro bem “OK”, nada a mais que isso, no começo somos apresentados a uma proposta que eu acho bem interessante sobre o papel do tempo na existência das coisas, como a quarta dimensão, prosseguindo a história e indo para o futuro sinceramente achei a criação desse futuro bem desinteressante, pelo menos para mim é claro, vi mais como um palco para o autor fazer suas próprias ponderações como o que ele esperava para o futuro e como ele reagiria se lá estivesse, creio que vale a pena a leitura, mas não espere nada demais dela.

ana 01/09/2021

Grandes expectativas, mas de fato é uma boa leitura
Devo começar dizendo que por se tratar de um tema que me interesso muito e por ser um clássico da ficção cientifica tive altas expectativas. O livro é envolvente e no inicio soa uma premissa comum, um cientista com suas invenções é desacreditado pelos outros. O livro não me prendeu tanto, mas estava feliz por se tratar de um clássico! O final da leitura me emocionou, não esperava por esse desfecho que me deixou curiosa e um pouco desnorteada, acho que foi um final excecional para o livro, me deixou imaginativa e sentida no fim das contas.
É uma leitura agradável e eu recomendo, o livro não chegou a me decepcionar, apenas não era exatamente da forma que havia imaginado, então vale sim a leitura! :)
3,5 ★

cidasi 29/08/2021

Um cientista destrambelhado que apronta altas confusões.
Em 1895, H. G. Wells, pela perspectiva de sua época, criou uma novela que se tornou um clássico da ficção. Apesar dele ser apontado como pioneiro, já existiam outros escritos com o conceito de Máquina de Viagem no Tempo. El Anacronópete, por exemplo, um livro espanhol escrito por Enrique Gaspar, em 1887, conta sobre Sindulfo García, o inventor que vai de Paris em 1878, a China de 220, a Pompéia, e outros lugares, em sua máquina, o Anacronópete.

A Máquina do Tempo de H.G. Wells, é muito mais uma crítica pontual e sutil ao capitalismo e a desigualdade de classes, representada pela diferença entre duas raças do futuro, do que uma história de ficção científica. E  essa é a melhor parte e só por isso já merece ser lido. Já há muitos escritos sobre isso, então nessa resenha quero destacar as partes em que não encintrei em nenhuma outra "critica" a obra, que no caso é a personalidade do personagem principal, seu despreparo e sua estupidez.

Apresentado como um cientista que foi capaz de criar uma máquina que viaja no tempo, o personagem principal, que não tem um nome, várias vezes durante a história é pego desprevenido em situações bobas ou se baseando em achismos enquanto procura pela sua máquina que foi roubada. Há momentos em que você começa a pensar "como pode ele ser tão estúpido e ter criado uma máquina que viaja do tempo?".

Vamos a esses ponto. Antes da sua viagem, pelo que se explica não houve, ainda alguém que de fato viajou no tempo e voltou, apenas um protótipo viaja no tempo, como demonstração e ele nem foi recuperado pra provar que ele de fato viajou ao futuro. Então, o cientista usa a máquina mesmo assim e vai totalmente despreparado. Não leva ferramentas, água ou outras coisas que possam lhe ser úteis. A explicação pra isso é que a sociedade será tão avançada no futuro que vai poder fornecer a ele tudo o que ele precisar caso necessite. Porém, se ele nunca viajou antes, como ele sabe que terá auxílio no futuro? Se ele é um cientista, não deveria ter pensado na probabilidade de algo dar errado na sua viagem? Ou que talvez o futuro não fosse como ele imaginava (e não foi mesmo)? Mas, dá pra relevar isso, aceitar como suspensão de descrença, entender que ele estava tão empolgado com a viagem que não se preocupou com essas coisas. 

Outra situação que me chamou a atenção, foi quando em uma de suas primeiras noites o viajante do tempo vê de longe "vultos brancos" que somem em meio a escuridão e a explicação a priori, que ele dá pra isso, é de que esses vultos são fantasmas. Isso ignora os princípios da Navalha de Ockham, se o viajante no tempo é um cientista, porque substitui deduções científicas por achismos? Não deveria buscar uma explicação coerente pra tais acontecimentos? Nessa situação ele cita Grant Allen, pra parecer um pouco lógico, mas acho que só foi um jeito de Wells querer prestar uma homenagem a Allen, que também era romancista e descreveu uma viagem no tempo, embora com o enredo diferente.

Continuando, o viajante do tempo está sem sua máquina, não consegue se comunicar o suficiente com os Elois pra saber onde ela está e não tem nenhum recurso pra fazer outra ou algo que lhe ajude a recuperá-la. Aí ele toma uma decisão. Vai entrar em poços subterrâneos, do qual ele não sabe nem a profundidade, usando fósforos pra iluminar o caminho. Óbvio que não dá certo e ele quase é morto por Morlocks, além de gastar os poucos fósforos que ele tinha. Providenciar uma tocha ou algo semelhante seria o mínimo de esperar de qualquer pessoa que fosse explorar um lugar assim, quem dirá de um cientista.

Seguindo a história, continuam as atitudes impulsivas revelando todo seu despreparo. Depois de ir à construções antigas em busca de algo que possa lhe ajudar, acompanhado de Wenna, uma Elói, com a qual ele tinha uma relação (que não da pra entender se era 'romântica' ou não), apesar de ter achado cânfora e uma barra de metal para poder se defender, acabou sendo atacado pelos Morlocks a noite, Wenna que estava inconsciente desapareceu e ele acabou acidentalmente incendiando a floresta com uma fogueira que fez pra iluminar seu caminho e na confusão os Morlocks roubaram seus últimos fósforos também. A seguir sua máquina reaparece e ele cai em uma emboscada planejada pelos Morlocks, que pareciam coletivamente mais espertos do que um cientista.

Eu entendo que é uma história de aventura também, que se formos analisar toda obra de forma realista nenhuma vai fazer tanto sentido, mas nessa ficção, o viajante do tempo tem a vantagem de ser bem mais racional em relação às outras duas espécies no futuro e mesmo com um pouco mais de conhecimento não consegue elaborar um jeito para recuperar a sua Máquina e nem proteger Wenna. Na verdade, analisando tudo o que aconteceu, não houve nada que o personagem fez que efetivamente desse algum resultado. Ele se machucou, colocou sua vida em risco, perdeu Wenna, causou um incêndio florestal, não conseguiu nada palpável para um estudo sobre aquela época e só conseguiu de volta a sua Máquina do Tempo porque os Morlocks quiseram.

Esses destaques não empobrecem a história de Wells, porque eles não são o ponto central de discussão da trama. Mas são atitudes incoerentes pra um personagem que no primeiro capítulo dá uma palestrinha pros seus amigos sobre como conseguiu alcançar a viagem no tempo e como ela ocorre e depois não consegue nem providenciar uma tocha pra explorar o futuro tenebroso onde ele foi parar.

Em 1903, em uma entrevista Júlio Verne falou sobre H.G. Wells [...] "Suas histórias não repousam em bases científicas. Não, não há nenhuma relação entre seu trabalho e o meu. Eu faço uso da Física, ele a inventa"[...].  Não discordo de Júlio Verne, o foco de Wells é outro, mas ainda sim é ficção científica, mesmo que a "ciência" em suas histórias, sejam mais um ponto de partida pra uma aventura, do que grandes embasamentos pra faze-la acontecer. 

Se você não for tão apegado em detalhes assim como eu, leia sem preocupações. A Máquina do Tempo é um clássico, serviu de inspiração pra muitas histórias posteriores, e a discussão, a crítica social expostas, assim como a luta de classes (que toca a superfície do assunto) fazem sentido e tem propósito narrativo nesse livro.

Allyne 28/08/2021

No fundo é assustador
Que visão surpreendente do autor sobre a evolução da humanidade. Um cientista constrói uma máquina do tempo e resolve ele mesmo embarcar em uma aventura. E o que ele encontra a mais de oitocentos mil anos à frente é meio assustador.

Tiago.Severino 27/08/2021

Excelente livro
Boa leitura. Texto curto que pode ser lido em um dia.
Personagens curiosos.
Vale a pena.
Li no impresso.

Mari 25/08/2021

Indico bastante
Meu primeiro contato com a ficção científica e não achei que iria gostar tanto, provou que é bom sair da sua zona de conforto. Um retrato de como o autor pensa que deveria ser o nosso futuro. O encontro de gerações tão diferentes e como interagem diante de tantas diferenças. Um pouco arrastado mas uma ótima indicação.

Ceci 24/08/2021

Expectativa
A expectativa era alta mas depois de ler diminuiu. Algumas reflexões foram válidas, bem interessante, mas no geral, a estória foca somente em um povo e um evento. Esperava ver mais detalhes, descrições de como seriam os seres, o planeta no futuro...Foi difícil terminar de ler, não chega a ser empolgante. Vi um filme sobre viagem no tempo e relacionei com esse livro, pior ainda. Vale a pena por ser um clássico, mas não vale nota máxima

Nayany 18/08/2021

Surpreendente!
"Considerem que já faz bastante tempo que venho especulando sobre os destinos de nossa raça e acabei por dar à luz esta ficção de hoje."

jhowhaiti 17/08/2021

Máquina do tempo (2020)
E aí galera hoje vou falar sobre o livro "Máquina do tempo", é uma leitura curta e rápida, ele inicia-se no passado e dali vamos ao futuro, no fim da humanidade e essa viagem ocorre através de uma máquina do tempo.
Neste fim, é onde ocorre boa parte da história, mostrando que nós humanos evoluímos para dois grupos, os superiores e inferiores, reflexo de uma sociedade dividida entre classe rica e classe pobre. É importante atentarmos que está leitura nos leva a pensar sobre as divisões de classes imposta pelo atual sistema econômico e lógico tudo isso de forma romântica, super indico a leitura. Inclusive para os "professores de plantão" é um excelente livro para trabalhar evolução da espécie.

Marcelo 14/08/2021

Instiga o leitor a analisar as relações sociais
Ótimo livro, bem curtinho. Descreve a aventura e as descobertas sobre o futuro da humanidade que fez inventor ao criar uma máquina do tempo. O autor faz análises sobre nossa sociedade quando a compara com a sociedade que o viajante no tempo encontra 800mil anos no futuro. Desperta boas indagações no leitor e o instiga a pensar nas relações sociais atuais.

Julia.Dani 14/08/2021

A Máquina do Tempo
O livro conta a história de um viajante do tempo que vai para o futuro bem distante e narra o mundo nessa época. A história usa viagem no tempo como cenário para falar sobre ideais políticos e de sociedade, ou seja, não é só uma ficção sobre viajem no tempo. O viajante inclusive cita uma nova espécie de seres humanos que teriam evoluído de nós com características que facilitam seu modo de vida.

Mariah 12/08/2021

neomalthusiana reversa
[ Abordarei uma resenha aparando as aspas e interligando a articulação do meu camarada João. Espero que fique de bom tom haha. Ps: escrevendo aqui por medo de perder os registros das mensagens do wtpp ]

A obra se porta como caricatura distopica da sociedade londrina na qual o autor vivia. Nesse novo presente, a exploração criou um monstro embrutecido que explora os exploradores de outrora. A sociedade na superfície avançou tanto para o conforto que eles perderam basicamente todas as capacidades intelectuais. Assim, vivendo apenas existindo no modelo vida playground. E os morlocks foram tão empurrados para o subterrâneo, que acabaram perdendo a capacidade de tolerar a luz solar, só saindo a noite.
A grande ousadia no ponto de vista do meu amigo João é que o autor desvirtua esse conceito de viagem no tempo. Ao invés de encontrar uma sociedade super tecnológica e intelectualmente evoluída, encontrou uma sociedade embrutecida ao máximo e até retardada. Por que os morlocks são basicamente... Animais. E, os Elóis são só criaturas fúteis.

-- "O autor pensou no futuro como uma época em que a sociedade de classes atingiu seu limite" --

--> "E qual o motivo da sociedade do futuro ter medo do escuro?"

Isso acontece pois ao escurecer algumas criaturas primitivas (morlocks) saem dos subterrâneos e ocupam a superfície (lugar dos Elóis, descendentes de uma classe social privilegiada, que com os avanços tecnológicos, eliminou a necessidade do trabalho em si e vive naquele estado).
E é nesse medo que entra o "neomalthusiana reversa" do título. Os subterrâneos produzem tudo que é usado pelos da superfície. Porém eles os mantem como se fossem gado. Já que, se alimentam deles (literalmente). Então a relação social não ficou apenas na simplicidade da exploração de um pelo outro. Em uma explicação mais definida: dentro da teoria malthusiana existe uma interpretação sarcástica: fazer sopa de pobre pra acabar com a fome no mundo. Logo, a "neomalthusiana" que veio com a solução do crescimento populacional abordada na anterior, de modo reverso seria a sopa de rico pra acabar com a fome no mundo pelo construído de modo genial na obra.

Daniel 12/08/2021

O inicio da viagem do tempo
Eu esperava uma história de viagem do tempo, não foi isso o que aconteceu, é só uma história em que um cientista criou uma maquina do tempo e o livro todo é falado das primeiras experiências deste cientista.
Achei a maioria dos capítulos chatos e a história não me prendeu.
É muito blá blá blá...