Albert Lucas 03/04/2020ViajandoH.G. WELLS nasceu em 21 de setembro de 1866, em Bromley, Kent, e morreu em Londres, em 1946. Filho de um pequeno comerciante, teve de trabalhar desde cedo para ganhar a vida. Em 1883, conquistou um posto de aluno e professor-assistente na Midhurst Grammar School e, em seguida, obteve uma bolsa para estudar com o cientista e humanista Thomas Huxley. Chegou a dar aulas de biologia antes de se tornar jornalista e escritor profissional. Wells escreveu mais de uma centena de livros, entre romances, ensaios e textos educacionais. Nos últimos anos do século XIX, publicou obras que se tornariam pioneiras da ficção científica: A Máquina do Tempo (1895), A Ilha do Doutor Moureau (1896), O Homem Invisível (1897) e A Guerra dos Mundos (1898). No início do século XX tornou-se um defensor do socialismo e do progresso científico, além de um incentivador da igualdade de direito entre homens em mulheres.
E além dessa biografia incrível Wells nos presenteia com essa obra prima da ficção científica, em A Máquina do Tempo acompanhamos um viajante do tempo que vai ao futuro e volta ao presente para contar suas descobertas ao amigo e o que ele descobre? Que a raça humana retrocedeu.
Sim! Todos imaginam o futuro como algo tecnológico, com humanos avançados e inteligentes, qual foi a surpresa do protagonista ao se deparar justamente com o oposto. A espécie humana como conhecemos não existia. No lugar o viajante encontrou os Elói, uma tribo primitiva, fraca fisicamente e mentalmente e os Morlocks, outra tribo, sendo esta mais forte e inteligente, porém mais violenta.
Em A máquina do Tempo, Wells levanta questionamentos sobre o caminho da nossa espécie, as relações entre a elite rica e a classe proletária, qual séria o futuro se a humanidade não tivesse mais problemas como doenças, fome, envelhecimento e os problemas sociais de hoje. Como resposta ele nos oferece os Elóis. O homem sem problemas, com a vida fácil e mansa se torna fraco e burro como os eles, enquanto o outro, o oprimido, se adapta, fica forte e esperto e no fim acaba sobrepondo-se ao mais fraco, como fizeram os Morlocks.
Nota:4,6/5