spoiler visualizarRafaella.Grenfell 13/12/2020
A máquina do tempo
O livro começa relatando uma reunião semanal entre um médico, um psicólogo, Filby, o governador da província, um jornalista, o narrado e um cientista (Viajante do Tempo), discutindo sobre a possibilidade de viajar no tempo, o que se sabe sobre as dimensões e a impossibilidade de mudar o tempo em que se está. O cientista mostrou um protótipo, que parecia com um relógio de bolso e disse que era uma miniatura de uma máquina que seria capaz de viajar no tempo, que ele estava construindo. Pediu ajuda ao psicólogo para girar uma manivela, o protótipo estremeceu e sumiu. Todos que estavam presentes acharam que fosse um truque de mágica.
Na semana seguinte, ao retornarem para sua reunião semanal, sentaram-se a mesa de jantar e aguardaram pela chegada do cientista, decidem por começarem o jantar sem ele, quando de repente a porta se abre e o cientista aparece, com as roupas sujas, descalço, ferido e extremamente abatido, que pede que lhe deem licença para que ele tome um banho e pede para que lhe guardem um pedaço de carne. Após algum tempo, ele retorna e diz que vai contar toda sua história após o jantar, mas que antes ele precisava comer.
Já satisfeito, o cientista se levanta e segue até a sala ao lado, se aconchega em um poltrona e solicita que seus convidados façam o mesmo e inicia seu relato. Dizendo que pretendia finalizar a máquina na semana anterior e descobrira que uma das peças tinha o tamanho errado e que precisou de uma semana para consertar. Na manhã daquele dia, ele examinou tudo novamente e concluiu que estava tudo correto dessa vez. Adentrou a máquina e a ligou, solicitando sua parada imediatamente após sua partida. Acho que não havia acontecido até olhar para o relógio e ver que já era tarde. Animado com essa perspectiva, recomeça sua partida.
Ele relata as sensações da passagem rápida do tempo que tivera e conta sobre as mudanças que foram possíveis de se notar naquela velocidade. Até que ele decide parar.
Ele chega a um futuro distante onde o local de seu laboratório (onde inicialmente estava a máquina) agora era uma colina gramada. Próximo dali, havia algumas construções, e uma estátua em um pedestal. Ele saiu da máquina e notou a presença de algumas criaturas. Ao se aproximarem viu que eram pessoas, pequenas, bem parecidas entre si e vestindo roupas semelhantes. Após um pequeno tempo examinando-o, essas pessoinhas lhe trouxeram flores e interagiram com ele. Sua linguagem lhe era estranha e sem sentido, mas ele percebeu que elas queriam que ele fosse para mais próximo dos prédios.
Se rendendo ao convide te explorar a nova era, retirou as alavancas de comando da máquina do tempo e seguiu as pessoinhas. Entrou em um prédio, que tinha um salão vasto com mesas baixas, almofadas ao lado e muitas frutas para saciar a fome. Partilhou o jantar com seus anfitriões e saiu para explorar a parte externa. Caminhou pelo gramado e em uma colina viu um banco, sentou-se e começou a pensar sobre aquela outra era. Até que percebeu que já era noite e decidiu voltar. Ao chegar na colina onde sua máquina estava parada, percebeu que ela havia sumido. Em uma crise de pânico e raiva, correu pelos prédios, gritando e brigando com aquelas pessoinhas, que não entendiam nada que ele falava. Percebeu seu rompante, acalmou-se e conseguiu dormir um pouco.
Na manhã seguinte voltou a colina e percebeu que a grama tinha marcas que demonstravam que a máquina tinha sido arrastada até o pedestal da estátua. Ele analisou todo o pedestal e concluiu que não era possível abrir por fora. Se sentou e pensou por um tempo até notar que precisava se comunicar com as pessoinhas para compreender o que estava acontecendo com sua máquina e como ele conseguiria ela de volta.
Começou a interagir com as pessoinhas e aprender seu idioma. Todos os dias passava algum tempo andando pela redondeza para explorar as possibilidades de abrir o pedestal. Em uma dessas caminhas viu que havia aberturas no chão com uma cobertura protegendo da chuva.
Um dia estava sentado em uma colina próxima ao rio, quando viu que uma pessoinha tinha sido levada correnteza abaixo e não sabia nadar. Sem pensar, se lançou dentro do rio e resgatou-a. Era uma mulher, ou pelo menos ele pensava que era, de no Weena, que passou a segui-lo para todos os lados, desde então.
Outro dia, ele encontrou uma caverna e resolveu explorá-la. Foi adentrando até que a claridade fosse pouca. Em um canto ele viu algo se movendo, era peludo de cor clara, tinha olhos grandes e avermelhados que brilhavam como os olhos de um gato. Weena, ficou morta de medo e queria sair dali a qualquer custo. O cientista saiu com Weena e percebeu que suas conclusões sobre aquela era estavam erradas e que havia outra espécie vivendo no subsolo e que essa espécie causava medo nas pessoinhas da superfície.
Decido a compreender tudo aquilo, ele desce por uma das aberturas na superfície. Com a ajuda de ganchos presos nas laterais e desce até ficar cansado e encontrar uma abertura lateral onde poderia se deitar e descansar um pouco. Após ficar ali deitado por um tempo, ele sente mãos macias tocando sua pele e de repente ele é puxado para o fundo da abertura. Uma sala grande, escura e com barulho de máquinas. O cientista fica de pé e pega seus fósforos no bolsa, acende um e percebe que há alguns daquela outra espécie lá embaixo e que eles saem correndo da claridade da clama de seu fósforo. Essa pouco luminosidade lhe permite ver que é uma sala de máquinas imensa.
Quando o fósforo apaga ele sente aos mão sobre si novamente, mas dessa vez puxando-o para todos os lados. Ele se sente em perigo e decide correr, mas aquele povo o segue. Na abertura lateral ele rasteja para abertura vertical quando ele finalmente alcança os ganchos ele é puxado para dentro da abertura, com um grande esforço ele chuta seu agressor e consegue subir pela abertura. Percebe que está sendo seguido, mas quanto mais alto ele chega, mais claro fica e seu perseguidor desiste dele.
Na superfície ele encontra Weena, desesperada pela sua ausência. Ele descobre que o povo subterrâneo é chamado de Morlok e que o povo da superfície são os Eloi. Ao rememorar aquele encontro estranho, ele percebe que alguns Morlok estavam comendo, pois ele sentira o cheiro de carne. Daí se dá conta que o medo dos Eloi se dava que eles eram a comida dos Morlok. Como pessoinhas tão boas, alegres e inocente serviriam de alimento para os bestiais Morlok? Percebeu que o mesmo ocorria em seu tempo com o gado em pastos verdinhos.
Após essas conclusões decide que precisa resgatar sua máquina do tempo e para isso precisa achar um local seguro par dormir e descansar e encontrar alguma arma que possa usar contra os Morlok. Se lembra de uma construção longínqua que chamou de palácio de porcelana. No dia seguinte, ele e Weena, caminham em direção ao palácio. O cientista não esperava que fosse tão longe. Ao cair da tarde eles se encontram no meio de uma floresta, decide para descansar e prosseguir ao amanhecer. Weena dorme eu seus braços, mas o medo de serem atacados durante a noite impede o cientista de dormir.
Ao amanhecer eles prosseguem e chegam no palácio de porcelana. Onde a primeira sala lhe lembra um museu de paleontologia, com diversos ossos, esqueletos, corpos apodrecidos espalhados por toda a sala. A sala seguinte parece um museu das invenções, com máquinas estranhas e o piso inclinado para um canto escuro, onde ele ouve o mesmo som das máquinas que ouviu no fundo daquela abertura.
Ele vê uma máquina com uma alavanca grande, ele se pendura nela até ela quebrar. Pega Weena e saem dali o mais rápido possível. Em outra sala ele se encanta com um laboratório, onde ele acha cânfora e mais fósforos. Em mais uma sala ele chega a um arsenal, com pistolas, espadas e machado. Pondera um pouco e prefere sua alavanca como arma.
Em um espaço central, aberto com grama e árvores, ele percebe que ali eles estariam expostos aos Morloks. Decide voltar a colina com a estátua. Convence Weena a vir com ele e saem antes do anoitecer. No caminho ele recolhe ganhos secos para fazer uma fogueira durante a noite. Mas carreados com lenha, andaram mais vagarosamente do que o esperado. Quando ele percebe que estava sendo seguido de perto, decide acender um fosforo para poder sair dali. No rompante do momento acaba ateando fogo na pilha de lenha que coletou e sai correndo com Weena.
Ainda assim é perseguido pelos Morloks, que o encontram e o atacam. Weena se fere enquanto o cientista luta com as feras. Quando ele percebe que os Morloks estão correndo em outra direção e os que passam por ele nem o notam. Ao olhar para trás vê as labaredas de um incêndio, sua primeira fogueira, e corre ao lado dos Morloks para se salvar.
Enfim chega a um descampado, cansado senta-se em um canto e percebe que os Morloks estão cegos pela claridade e calor do fogo, que estão tateando por onde andam. Alguns em desespero total, se lançam as chamas. Após um tempo observando, ele recobre seus pés com uma camada de musgo e passava pela brasa deixada pelo fogo e chega à colina com a estátua.
Exausto ele se deita no banco e dorme tranquilamente com a certeza do dia já claro. Ele acordou antes do anoitecer, caminha resoluto até o pedestal e vê que seus painéis estão abertos e que sua máquina está lá dentro intacta. Ou melhor, que fora lubrificada e polida. Quando os painéis são fechados e os Morloks o tentam atacar, ele entra na máquina, encaixa rapidamente a manivela e a aciona rapidamente para sair daquela emboscada.
Percebe que na pressa de sair dali ele acionou a máquina em direção ao futuro. Percebendo era passarem ele chega a bilhões de anos na frente de seu tempo, em uma Terra árida, com um Sol eterno e sem força para brilhar e aquecer, mas com vida estranhas que lutam por sua subsistência.
Ele retorna ao seu tempo, meio entorpecido por toda aquela viagem, encontra seus convidados durante o jantar e relata sua história. O narrador, vai para casa e no dia seguinte retorna ao laboratório, encontra o cientista de malas prontas para mais uma aventura, dessa vez munido de uma bolsa e uma câmera fotográfica, para trazer provas de sua expedição.