Meia-noite e vinte

Meia-noite e vinte Daniel Galera




Resenhas - Meia noite e vinte


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Adonai 25/03/2020

Conexões que não dependem de internet
Um quarteto de artistas e escritores que fez sucesso com uma escrita original e uma expressão artística singular nos anos 90 passa por mudanças quando a internet se torna um fator-chave para os novos formatos de comunicação, consumo e de vida. Além disso, anos mais tarde, um dos integrantes é morto em um assalto. Os outros três vão ao enterro, cada um levando sua vida ao encontro de suas lembranças.

Um livro que aborda as relações escorregadias e complexas, tanto antes quanto pós internet, uma narrativa ao ponto melancólico, traçando os pontinhos de uma ilustração tensa sobre o que fazemos com a nossa vida, se vivemos como queremos e se a busca por algo só não é mais uma ilusão que nos carrega. Finalizei o livro pensando em uma questão: viver é deixar de fazer coisas?
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lays.azevedo.94 17/05/2022

Alguém pode me traduzir o que o autor estava pensando quando escreveu esse livro?

Q eu realmente n consegui captar qual era a mensagem que ele queria transmitir!

O livro não é ruim, é bem escrito, com temas legais, cenas fortes, mas sem propósito, sem conexão.

Terminei o livro sem saber se gostou ou não, pq eu realmente n entendi o livro.
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Daniel 04/10/2016

Depois da meia noite
“A fragilidade do homem era tocante. Milhões de anos de evolução desembocando em seres incrivelmente não adaptados ao ambiente do planeta, como demonstrava nosso sofrimento diante de mínimas alterações de temperatura (...), para não falar na ainda mais humilhante vulnerabilidade da nossa mente a qualquer baboseira, à ansiedade, à esperança.”



O que eu adoro na literatura é isso: que além de uma história, de preferência interessante e bem contada, tenha também reflexões, pensamentos que parecem ter escapado de nossas próprias mentes, tal a identificação que temos com eles. O enredo de três amigos que se reencontram após a morte de um amigo em comum parece simplesmente um pano de fundo para questionamentos que, querendo ou não, se impõe com o passar dos anos: para onde foram nossos planos? O que nos tornamos? A vida que temos hoje, que construímos para nós mesmos, é muito diferente daquela que sonhamos quando éramos jovens? E o mundo em que vivemos, vai acabar com o homem ou o homem é que vai acabar com o mundo?



Acho que Daniel Galera acertou demais nos três narradores maduros – uma mulher (Aurora), um gay (Emiliano), um homem (Antero, talvez o menos consistente ou carismático dos três) – com suas inseguranças, suas dúvidas e suas poucas certezas. Numa época de tanta informação e tanta opinião, é inevitável uma certa nostalgia com tempos analógicos, quando o futuro parecia mais promissor.



Achei que o livro poderia até render mais alguns capítulos... Com mais perguntas que respostas, talvez este livro frustre um pouco os leitores muito jovens e idealistas. Que esperem a maturidade chegar, para relê-lo com outros olhos, mais cansados, mais experientes e, quem sabe, esperançosos.
edu basílio 04/10/2016minha estante
... obrigado, dani, por compartilhar seu olhar franco e terno sobre o livro. é meu próximo da fila e, mais que antes, estou ansioso para começá-lo.


Nanci 04/10/2016minha estante
Ótima resenha, Daniel.




Felipe.Tavares 19/07/2017

Que sono zZzZz
Criticar é sempre mais fácil que elogiar, então vamos lá.
O autor mistura vários temas considerados "polêmicos" (?!) e espera que assim tudo vai dar certo, não dá. Tem homossexualismo, masturbação, alcoolismo, fim do milênio, passeatas de 2013, apocalipse e por aí vai. No fim das contas ele cria uma teia que não chega a lugar nenhum e pior, deixa uma série de buracos na trama porque gastou as páginas e páginas se mostrando intelectual demais citando autores e seus livros, aromas de whisky e especificidades da cana de açúcar.
Primeiro (e último) livro que vou ler deste autor e nem adianta tentar me convencer do contrário.
Diego Lops 04/01/2018minha estante
Há livros bons e ruins. Mas há também leitores bons e ruins, estes bem mais numerosos.


Felipe.Tavares 22/02/2018minha estante
Ainda bem que vivemos num mundo em que cada um pode ter sua opinião, né? #paz


() 07/07/2020minha estante
É como dizem: criticar é fácil, difícil é fazer melhor.




Felipe770 11/07/2021

Muitas pessoas que gostam do Galera comentaram que este era o livro menos interessante do autor. Particularmente, achei ele tão bem escrito quanto Mãos de Cavalo ou Cordilheira; a história é interessante, e os personagens idem. Talvez o romance pudesse ser um pouco mais desenvolvido (como o Barba Ensopada de Sangue foi), mas para mim a leitura foi agradável tanto quanto os outros livros. Em resumo: o autor sempre vale a pena ser lido.
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marcioenrique 24/01/2017

um dos piores livros dele...
fraco.
Diego Lops 04/01/2018minha estante
Pra que se dar ao trabalho de resenhar, se for pra escrever isso?


David Atenas 02/04/2018minha estante
Diego Lops, deixe os outros escreverem o que quiser.
Você não é o autor da porcaria do livro, e mesmo se fosse não teria direito de censurar ninguém, seu LIXO!




Princesa Valg 13/05/2021

Gostei
A ideia completamente original, superou minhas expectativas. O livro faz você refletir muito sobre como o tempo passa rápido, também me fez relembrar momentos com meus amigos. A escrita é muito fluida, eu curti a leitura... E a ambientação ta perfeita...
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Paulote 22/04/2021

Sensacional
Sensacional esse Daniel Galera. Por enquanto só li esse Meia noite e vinte e Barba Ensopada de Sangue. Provavelmente os dois melhores.
Mas é impressionante a quantidade de referências pop e cult que o autor consegue, às vezes em pequenas frases. Como por exemplo "Os objetos em suas mãos perdiam a vida. Eram bloquinhos de matéria destinados a despertar-lhe apenas um interesse distanciado e passageiro. FRANCINE PODIA TER SIDO UMA REPLICANTE EM BLADE RUNNER".
Isso é perfeito, principalmente considerando que o autor nasceu em 1979 e o filme é de 1982...e ele captou perfeitamente o filme.
A relação entre os integrantes do Fanzine é interessante. Meio decepcionante, mas, até isso, faz parte do clima do livro, que, pra mim, mostra como as pessoas vão envelhecendo e se preocupando praticamente só com suas próprias vidas, seus próprios "brinquedos", seus projetos, seus problemas de relacionamentos, enfim, como disse Paul Mccartney, na porta da padaria da Abbey Road, O SONHO ACABOU.
E mesmo assim alguns aqui terminaram o livro com uma sensação de esperança e otimismo.
Não me pareceu a intenção do escritor. Tampouco em Barba Ensopada de Sangue.
Seus finais são interessantes, não decepcionam, mas, também, não vendem falsas expectativas sobre os problemas de nosso país e a realidade da questão do aquecimento global e de todos os demais problemas decorrentes do Antropoceno.
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Manu 09/04/2021

Essa história me trouxe uma nostalgia de algo que eu não vivi, que era essa liberdade dos primórdios da internet e da juventude da geração X. Por tudo ser tão ordinariamente real, tenho a sensação de conhecer os personagens de longe, e me enxergar como alguém que olha pra trás e sente saudades da fase de irresponsabilidades e inconsequências.

Como pode a leitura ser leve e ao mesmo tempo intensa e densa? Posso dizer que fiquei intrigada por Emiliano e sua relação nada saudável de violência/virilidade/sexualidade, Antero com sua síndrome de Peter Pan e Duque com sua liberdade um tanto quanto questionável e sua forma misteriosa de se expôr e de se esconder do mundo.

Mas no fim, me identifiquei muito mais com Aurora e sua melancólica sensação de finitude. Essa angústia de que o mundo está acabando aos pouquinhos é algo que permeia toda a história. Assim como todo ano tem uma profecia de que o mundo vai acabar, vide o bug do milênio, sempre passamos despercebidos da meia-noite e vinte e continuamos todos aqui, com a certeza de que a vida continua.

Só não se sabe por quanto tempo.

site: https://nuporemvestida.blogspot.com/2021/04/livro-meia-noite-e-vinte-daniel-galera.html
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Adriana1161 26/10/2023

Amigos
O livro fala da amizade entre quatro pessoas, seu distanciamento, seus percalços e desilusões da vida adulta.
Mostra os primórdios da internet, e também, suas armadilhas.
Levanta temas interessantes, que fazem pensar. A solidão dos adultos.
"Eu amava as coisa daquela casa, sim, mas isso não impedia que elas me dessm um certo mal-estar."
"falando de converter pro formato digital todas as manifestações culturais imagináveis"
Personagens: Aurora, Andrei, Emiliano, Antero
Local: Porto Alegre - 2014
@driperini
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Cheiro de Livro 24/10/2016

Meia Noite e Vinte
Daniel Galera é desses escritores que me conquistou de cara, foi amor à primeira leitura. Quando vi que ele tinha escrito um novo livro, “Meia Noite e Vinte”, fui logo comprar. A sinopse já me seduzia, grupo de amigos que tinha um e-zine no final do século passado se reencontra e relembra esse período da virada do milênio.

Tenho que dizer, antes de tudo, que faço parte dessa geração que estava nos seus 20 anos no inicio do milênio. A ultima geração que cresceu sem internet, sem TV a cabo, sem celular e que foi descobrindo as maravilhas do mundo conectado ao mesmo tempo que se tornava gente. Mesmo não tendo vivido Porto Alegre na virada do milênio, universo explorado por Galera no livro, vivi todo esse clima. Minha experiência com o tempo relatado faz toda a diferença na minha empatia com os personagens.

Aurora, Emiliano e Antero, todos entre seus trinta e quarenta e poucos anos, se reencontram em Porto Alegre no enterro de Duque, amigo morto em um assalto com quem eles produziam um e-zine Orangotango de 1998 até os primeiros anos do novo século. O livro é uma mistura de lembranças com a realidade de cada um deles. Deve ser muito mais legal para quem é de Porto Alegre, as referências são muitas a cidade de hoje e do passado, mas não ser de lá não é um problema.

Não é uma grande história, os outros livros de Galera são mais interessantes, mas tenho uma ligação afetiva com o universo que ele explora. Ajudou muito ter lido tudo pouco antes de um almoço com meus amigos de colégio. Não nos parecemos nada com o grupo mostrado por Galera e mesmo assim é impossível na fazer o paralelo. Aurora, Antero e Emiliano tem níveis de sucesso, frustração e fracassos em suas vidas, estão bem longe do que sonhavam quando escreviam no Orangotango. O livro é um misto de esperança e desilusão, de frustações e nostalgia. É interessante e ao mesmo tempo anda em círculos e não chega muito a lugar algum.

Tive a impressão que Galera queria revisitar aquele período de inicio de faculdade, de novas descobertas, do inicio da internet no Brasil e criou uns personagens para ilustrar o seu exercício de nostalgia. É um livro que fala para uma geração mesmo não sendo um grande livro. Toca apenas superficialmente em temas que mereciam ser melhor explorados. Comecei com uma expectativa muito alta, talvez. É um Daniel Galera, vale a leitura.

site: http://cheirodelivro.com/meia-noite-e-vinte/
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Élinson 11/11/2020

aquele ardor repentino (...)
Bem, sou contemporâneo do autor e dos personagens. Morei lá e frequentei os mesmos lugares e ruas e sotaque. Moro hoje em dia em São Paulo então me relaciono ainda mais com personagem que é minha vizinha. E sou fã do Galera. Do jeito que ele escreve e por vezes traz poesia às linhas. Como alguns o fazem na mente.
Li várias resenhas de leitores que não gostaram. Total respeito e comprensão. E quem sabe o tempo os faz ler de outra forma. Como li.
Vi comentários de pontas soltas. Acho que o Meia Noite e Vinte, é tipo a vida: Cheia de pontas soltas. Cheias de sensações novas (e estranhas) quando o primeiro do teu grupo de amigos é morto. Ele que era um ídolo entre vocês. E esse tamanho estranhamento, te faz sentir tudo de novo à flor da pele, as memórias, o tempo de vida que te resta, as relações e teu entendimento sobre elas, tuas escolhas, tuas não escolhas...Eu adorei! E ainda por cima cada capítulo é narrado por um dos amigos, intercalando. E é tão bom ir vendo esses pontos de vista diferentes.
Para mim não faltou nada, está tudo ali, com doses cavalares de reflexão.

site: http://o-taberneiro.blogspot.com/
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Gu Vaz 20/02/2020

Caótico
O quê dizer de meia-noite e vinte? Talvez a principal ligação que o livro me permitiu tecer foi através de seus personagens, que são o foco central da trama e orbitam entre o passado nostálgico de uma juventude quase ingênua tão cheia de vontades e um presente melancólico replicado disposto em lembranças, afeições e carências em um grau que acompanha suas idades. Aurora, Emiliano, Antero e Andrei, amigos afastados pelo tempo e pela circunstância do medo, que partilham entre si uma crueza de pensamentos e ações, questionadores de uma época transitória e por si só avassaladora pré e pós internet não no que diz à mítica transformação física apocalíptica do século tecnológico, mas ao caos interno de cada um desses protagonistas; o fantasma que os assola e a intimidade frágil e profunda que compartilham como uma ferida que nunca sara e sempre incomoda. Se pudesse resumir o livro diria que ele é caótico, tumultuoso, melancólico, angustiante e cru da maneira estática que te paralisa entre conflitos, aflições de um passado e presente reais e o penoso palpável de uma sociedade.
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vinigiorge 12/10/2016

Daniel Galera em novo livro raso e sem clímax
Em Meia Noite e Vinte, podemos ver, sem dúvidas, um Daniel Galera ainda mais maduro como escritor e, firmando-se como um verdadeiro literato brasileiro contemporâneo. Apesar disso, acompanhando desde o início sua trajetória, esperava muito mais de Meia Noite e Vinte.
Há alguns aspectos muito positivos, como a construção da identidade das personagens, e há outros bons destaques sobre a própria narrativa. No entanto, depois de ler Barba Ensopada de Sangue, esperava um livro muito mais completo e fascinante -- o que fez deste novo um pouco decepcionante.
Talvez eu tenha criado muita expectativa e por isso ter me frustrado, mas o que senti ao ler é que há um gancho excelente para o livro, mas que foi explorado de forma muito superficial. É um livro que não sai do morno, não tem nenhum grande clímax. Se não fosse escrito por Galera, teria abandonado antes de concluir.
David Atenas 09/01/2017minha estante
Creio que não se deva criar quaisquer expectativas em torno da literatura do Galera.




Fernando.Trindade 29/05/2020

Livro moroso e cansativo (3,0/5,0)
Já havia lido outros livros do autor mas esse, em especial, me deixou decepcionado e quase abandonei a leitura.
Trata-se de um grupo de amigos que deixam de ser tão próximos e se reencontram quando um deles é assassinado.
O livro parece muito com uma crônica do cotidiano muito arrastada e bastante chata - é uma leitura bem regionalista.
Nota: 3/5
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