kauêzinho 18/05/2023
Comecei animado pra entender melhor as convergências entre anarquistas e marxistas e terminei completamente desgostoso com ambos os autores. o livro faz um apanhado histórico de vários momentos de solidariedade entre esses dois campos mas são momentos com pouca substância e muito pontuais (por exemplo: um x anarquista foi preso por tal coisa, então um marxista foi lá repudiou isso), que não foram exemplos bons pra exemplificar as convergências ideológicas entre as duas partes. da mesma forma que o livro se desdobra pra achar qualquer coisa em comum entre anarquistas e marxistas "libertários", essa mesma solidariedade não é estendida à marxistas-leninistas nem por um segundo, na verdade pelo contrário, parece que a tese principal do livro é mostrar o quão distante esses polos estão; o que não seria um problema se os argumentos fossem bem embasados, e não coisas como "é verdade que anarquistas são meio individualistas mesmo, mas isso na verdade é culpa do stalinismo". sem falar que, li quase que o livro todo e até agora não consegui entender a que se preza esse marxismo libertário, fora ser só anti-autoritarismo (e quem é que é pró-autoritarismo?). enfim, acho que nunca mais vou conseguir levar o michael löwy a sério depois de ter lido ele e o olivier chamar o george orwell de "marxista revolucionário". intankável