O Homem Que Era Quinta-feira

O Homem Que Era Quinta-feira G. K. Chesterton




Resenhas - O Homem que era Quinta-feira


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Natalie Lagedo 19/02/2017

Chesterton era um homem que gostava do debate. Promovia discussões com opositores ideológicos e, segundo diversas fontes, tinha um bom humor contagiante. No início do século XX ocorreu o que é conhecida como a segunda onda anarquista, considerado o momento de maior impulso dessa corrente de pensamento. Diante desse cenário, o autor construiu uma narrativa leve e engraçada como uma forma de criticar as incoerências anarquistas.

Em Saffron Park vivia o poeta anarquista Lucien Gregory. Tudo o que ele dizia era tido como certo, pois não havia ninguém para refutá-lo. Defendia a indisciplina da arte (ou a arte da indisciplina). Num belo pôr do sol vermelho, eis que surge Gabriel Syme, outro poeta que, em contraste, era a favor da ordem dos costumes e da respeitabilidade. Apesar das discussões acirradas, se dão bem e vão jantar juntos. É nessa refeição que descobrimos a existência do Conselho dos Sete Dias, que nada mais é do que uma comissão responsável pelo avanço anarquista, na qual cada membro é eleito e é chamado pelo nome de um dos dias da semana, sendo presidida pelo Domingo, figura emblemática e misteriosa. O fato é que o cargo da Quita-Feira está vacante e naquela ocasião do jantar será feita a eleição.

Percebemos que Syme é um policial disfarçado e consegue eleger-se Quinta-Feira. Ao ser levado para a sede do Conselho, muitos acontecimentos ocorrem e ficamos cientes de que outros membros também são detetives disfarçados.

Mas quem é Domingo? O que almeja realmente? Plantar a discórdia, a briga sem fundamento racional? São perguntas que cada leitor pode responder de diversas maneiras, pois a metáfora criada por Chesterton nessa distopia nos leva principalmente à reflexão sobre os paradoxos sociais e ideológicos existentes.
Wagner 19/02/2017minha estante
Saudações Natalie.
Uma resenha brilhante, parabéns.


19/02/2017minha estante
Ótima resenha.


Aguiar 19/02/2017minha estante
Recomenda como leitura introdutória do autor?


Natalie Lagedo 20/02/2017minha estante
Obrigada, gente.
Aguiar, acho que Ortodoxia introduz melhor o pensamento de Chesterton do que O Homem que Era Quinta-Feira. Mas, se você não gosta de ensaios é melhor ler este mesmo.


Aguiar 20/02/2017minha estante
Obrigado.


Felipe 20/02/2017minha estante
Até a metade do livro eu pensei que fosse se tornar favorito fácil; a escrita me agradava, os plots twists idem. Da metade pro fim me pareceu insosso e cada vez mais perdendo o fio (a criatividade, principalmente) pra terminar a história. Uma pena.




Caroline1451 17/01/2022

Eu sentia como se estivesse dentro do livro
Ainda não alcancei o nível intelectual que me permita compreender, de modo satisfatório, essa obra.
Entretanto, posso dizer que amo a escrita poética e rebuscada de Chesterton.

A forma como ele descreve o crepúsculo e o escurecer >>>>
O cenários em que os acontecimentos se passam>>>>>>

Eu amo o fato dos personagens brigarem por meio de discursos de poesia (afinal, eles eram poetas).
Isabela Zocolaro 21/08/2022minha estante
Kkkk exatamente isso. O livro é mais do que meu cerebro consegue compreender kkkk mas eu amei


Caroline1451 21/08/2022minha estante
eu ainda não consegui entender o final kkkkkkkkkk


Isabela Zocolaro 22/08/2022minha estante
Kkkkk nem eu. ?




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Elexandra.Amaral 06/08/2021minha estante
Não foi uma leitura fácil para mim, mas ri bastante graças ao pesadelo imaginado por Chesterton.


LangDLivia 06/08/2021minha estante
Achei divertido demais




GRossati 15/04/2020

Releitura: Essa Releitura me fez pensar em algumas coisas, faz o livro valer mais ainda.

G.K Chesterton é sem dúvidas um exímio escritor. "O Homem Que Era Quinta-Feira" explora muito bem a natureza do homem.
"Melhor livro que eu já li"
(Até o momento)
Jamerson.Alves 15/04/2020minha estante
Vou adicionar a minha lista!




Lolobela 02/08/2024

O homem que era quinta-feira
Confesso que eu não estava com expectativas particularmente altas pra esse livro, e talvez por isso ele tenha me surpreendido tanto! A leitura me prendeu do início ao fim. Não é uma obra extensa, mas de certa forma é densa e traz muitas reflexões e dilemas em suas poucas páginas. Tem um quê de surrealismo, na minha visão, talvez de forma exagerada, mas de um jeito inexplicavelmente interessante, e que convém com o intuito do autor, enriquecendo essa obra e dando um ar ainda mais filosófico aos debates presentes nela.
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Miguel Freire 08/04/2024

Uma salada à lá Chesterton
O Homem que era Quinta-Feira (um Pesadelo) é um romance de difícil classificação escrito por G.K. Chesterton e publicado em 1908.
Digo “difícil classificação” porque ele está mais para uma mistura de vários estilos literários diferentes, do que restringido a apenas uma forma.
Há quem diga que é um romance policial (do qual Chesterton é um verdadeiro entusiasta): afinal, o protagonista é um detetive que se infiltra numa sociedade secreta de anarquistas, que tem por objetivo destruir toda a humanidade. Pode ser também chamado de alegoria à decadência do mundo moderno e uma exaltação ao “heroísmo” do homem comum, apesar de eu achar que chamar um texto como esse de “alegoria” seria colocar restrições demais à sua criatividade. Já o vi ser chamado também de surrealista e eu iria ainda mais longe e diria que chega à beira do “nonsense” (reparem bem no subtítulo do romance).
Enfim, a estrutura do texto realmente é tudo isso misturado: uma história de detetives cheia de reviravoltas, uma fábula, um nonsense e sabe-se lá o que mais podemos encontrar aqui. Porém, isso não é o foco principal. O que realmente importa é que estamos diante de mais um fruto da genialidade fresca, revigorante e bem-humorada do Chesterton. Sua escrita é de uma clareza e ao mesmo tempo de uma profundidade muito grandes. Ele faz com que discussões filosóficas, muitas vezes as partes mais difíceis ou taxadas como mais desinteressantes em outras leituras, sejam tão deliciosas e instigantes quanto à história em si. Seu senso de humor agradável e irônico arrancou de mim muitas boas risadas.
Sim, apesar de não ser totalmente alegórico, o livro faz sim uma referência à decadência do mundo moderno e à importância crucial do homem comum. A anarquia é a principal antagonista do livro, justamente para mostrar a rebeldia destrutiva que a sociedade atual tende a seguir: rebelar-se contra as tradições, contra Deus e, por consequência, destruir tudo o que há de humano no homem. Com essa rebeldia, Chesterton acaba recaindo no tema da liberdade e no paradoxo de que, querendo ou não, a liberdade só é real se exercida dentro de determinados limites. Fora deles, ela se torna somente caos e desordem.
Como todo grande livro ele possui muitas camadas e com certeza não peguei todas já na primeira leitura. Desejo retornar à ele várias vezes ainda para reencontrar o fascinante policial-poeta Gabriel Syme, o anarquista entusiasta Lucian Gregory e o sombrio Conselho dos Dias liderado pelo malévolo Domingo.
Como todo grande livro ele possui camadas e com certeza não peguei todas já na primeira leitura. Desejo retornar à ele várias vezes ainda para reencontrar o fascinante policial-poeta Gabriel Syme, o anarquista entusiasta Lucian Gregory e o sombrio Conselho dos Dias liderado pelo malévolo Domingo.
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j_almansa 21/06/2011

Um "conto de fadas" genial e didático sobre Deus, os homens que ouvem a voz Dele e os que fogem Dele (anarquistas e socialistas).
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Bel 26/01/2022

Uma história policial misturado com fantasia
Uma história policial misturado com fantasia/realismo mágico e reflexões filosóficas. Não foi uma leitura fácil para mim, mas ri bastante graças ao pesadelo.
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Bruno Paccini 30/01/2022

Fantasioso e delicioso
Ótimo livro . Te prende do começo ao fim

Daqueles que vc não vê a hora de voltar a ler

O final precisa ler com mais atenção pra entender
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Marcia 21/02/2022

Minhas impressoes sobre o livro.
Olá amigos!!
Hoje venho contar para vocês de uma viagem literária muito interessante que fiz com o livro: "O Homem que era quinta-feira" do escritor G. K. Chesterton , publicado pela primeira vez em 1908.
Eu não tinha lido nada do Chesterton ainda e gostei muito, pretendo ler outros livros dele - "escritor muitas vezes referido como o "príncipe do paradoxo".
Achei esse livro muito interessante, com algumas cenas divertidas, com misterios e personagens que nos surpreendem. Nessa história ninguem é o que diz ser e a gente vai se surpreendendo.
Nessa leitura a frase: "Entendo mas não entendo o que estou entendendo" coube em alguns episódios, mas de forma intrigante.
O livro é pequeno, muito legal, escrita gostosa mas precisa de atenção na leitura senão perdera o fio da meada e o interesse.
Sinopse da editora: O protagonista Gabriel Syme é um poeta empenhado na luta contra o caos, que foi recrutado pela secção contra-anarquista da Scotland Yard. Um dia um poeta anarquista com quem discutira poesia e os méritos da previsibilidade leva-o a uma reunião local para provar que é um autêntico anarquista.
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Thalita234 29/06/2022

Me comprometo a voltar em algum momento pra ler esse aqui, uma vez não é suciente. Achei bem divertido.
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Nina 06/11/2023

Um pesadelo
Em "O homem que era quinta-feira Chesterton" demonstra toda sua versatilidade como escritor, que transita por temas teológicos a uma interessante e bem humorada ficção, e ele faz tão bem quanto no gênero que o deixa confortável.

Nessa história acompanhamos as aventuras do recém contratado investigador de polícia Gabriel Syme, que atua como um infiltrado na cúpula de 7 membros do conselho anarquista, a bizarrice dessa história começa desde o momento em que ele se torna policial até o momento no qual ele se infiltra no conselho, amparando seu disfarce apenas por uma promessa. A história é tão absurda que pensamos: não é possível, mas que ao passar de algumas páginas somos surpreendidos pela impossibilidade bem na nossa frente, só poderia ser mesmo um pesadelo.

Syme é um poeta, ao mesmo tempo que firme em suas convicções, apesar do mundo a sua volta estar caminhando para perdição, ele se vê disposto a fazer algo para mudar essa realidade, os anarquistas estão planejando algo hediondo, e como pode ele, um investigador novato, desfazer planos tão macabros?

Nessa jornada Syme é eleito - em uma sucessão de fatos surrealistas - como o novo quinta-feira, componente do conselho anarquista, que é liderado pelo temível, muito, muito temível, Sr. Domingo. É nesse ponto que começa a aventura de um homem são em um mundo de lunáticos.

Que aventuras enfrentará o nosso corajoso Syme diante de homens terríveis, ele permanecerá firme em suas convicções ou será abalado?
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Erica 19/10/2023

Foi meio confuso e precisei voltar várias vezes no começo pra tentar entrar na história, mas conforme fui acostumando com a escrita, até que gostei.

Mapa de personagens:
Os poetas de SAFFRON PARK
. Gabriel Syme
. Lucian Gregory

Membros do Conselho Central Anarquista:
. Gogol
. professor De Worms
. marquês de St. Eustache
. Dr. Bull
. "Domingo"
. O secretário
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Rafael 18/07/2023

Não é só um romance policial
Minha primeira obra de ficção de Chesterton, achei que seria só um romance policial, mas é bem mais que isso. Não me atendei ao subtítulo "Um Pesadelo" e senti estranheza com os surrealismo.

Mas traz muita reflexão sobre a realidade em que vivemos, o bom senso e o senso comum, com uma quantidade incrível de reviravoltas

Talvez um metro com sua pontualidade e escalas seja a coisa mais poética do mundo. Chesterton vai tentar explicar isso.
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