O olho mais azul

O olho mais azul Toni Morrison




Resenhas - O olho mais azul


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Capivara leitora 07/08/2023

Amem a cor dos seus olhos
Muito comovente toda a história, recomendo bastante à quem gosta desse tipo de narrativa com tons mais tristes e realistas.
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FlorCavalcanti 04/08/2023

?Toda noite, sem falta, ela rezava para ter olhos azuis (?). Lançada dessa maneira na convicção de que só um milagre poderia socorrê-la, ela jamais conheceria a própria beleza"
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03/08/2023

O Olho mais azul
Comecei o livro repleta de expectativas, mas achei o estilo narrativo confuso. Muitas vezes me sentia dando uma patinada na história que, apesar disso, é muito boa.
Não sei se foi a alta expectativa ou simplesmente não era pra mim, mas muitas vezes forcei continuar lendo. Outros livros com uma temática semelhante me conquistaram infinitamente mais.
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LuAraujo 03/08/2023

Bem complexo.
"O Olho Mais Azul" é uma exploração profunda das consequências devastadoras do racismo e do impacto das expectativas sociais na construção da identidade. A narrativa também aborda temas como abuso, misoginia e a busca por padrões inatingíveis de beleza. Toni Morrison aborda esses temas com sensibilidade, revelando a crueldade e a complexidade da experiência das personagens negras em uma sociedade que perpetua o preconceito racial.
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Cáss 27/07/2023

O que define essa leitura: como se a sensação de um soco no estômago se impregnasse e durasse dias
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Max 26/07/2023

Olhos azuis...
O sofrimento de uma pessoa, uma pessoa negra, uma mulher, uma menina, quase nos esgota a alma diante daquilo que é dito. Mas antes de se esgotar, de acabar nossa esperança, alguma coisa que resta dentro de nós nos move no sentido de tendo o conhecimento e com ele a responsabilidade sobre nosso papel na sociedade: ser solidário, combativo e de jamais ceder ao preconceito e a intolerância.
Um das mais marcantes leituras que fiz este ano, recomendo!
Fabio.Nunes 26/07/2023minha estante
Esse daí é um dos 10 da leitura coletiva que tô fazendo. Bom saber.




Nath 25/07/2023

O fim da infância na América racista
No livro conhecemos Pecola Breedlove, uma garotinha negra com o sonho de ter os mais belos e mais azuis olhos que já vira. Os olhos das garotas-propaganda de embalagens de doces, das bonecas da moda. Talvez com esses olhos, ela não se sentisse tão feia, seus pais não brigariam tanto, a vida escolar seria mais fácil. Para ela, esse olho mais azul seria a única saída para uma existência condenada à exclusão.
A história é narrada, principalmente, por outra garota negra, Claudia MacTeer. Ela e sua irmã, Frieda, vivem suas próprias dores como crianças numa sociedade extremamente racista, mas com uma configuração familiar mais sólida que a de Pecola, o que afeta diretamente a maneira como estas conseguem lidar com o mundo. Mas é a partir de seu relato que conheceremos a história de sua amiga Pecola.
Toni explora temas como racismo, colorismo, violência doméstica, estupro. Toni narra o presente de Pecola, Claudia e Frieda intercalado com o passado de outros personagens. Além disso, expõe as dolorosas raízes que avançam até o presente. É um ciclo que se repete: a infância de crianças negras marcadas por toda uma sorte de violências, abandonos, refletindo na maneira como estas lidarão com suas próprias crianças. Foi dolorido ler.
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Stella F.. 25/07/2023

Invisibilidade e ilusão de beleza
O olho mais azul
Toni Morrison - 2019 / 201 páginas - Companhia das Letras

Não conhecia a escrita de Toni Morrison, e resolvi começar por esse livro triste, sensível, pungente e cheio de aprendizados sobre racismo, violência doméstica, estupro, mito da beleza, diferenças entre negros e pardos, invisibilidade, humilhação, diferença social, mas também amizade.

O livro é dividido em quatros partes que seguem as estações do ano.

Logo conhecemos as irmãs Claudia (narradora), Frieda e Pecola, que vai ser criada junto à suas amigas após o pai colocar fogo em sua casa e sua mãe ser expulsa da própria casa. Somos apresentados aos pais de Pecola (Pauline e Cholly Breedlove), em narrativas intercaladas que vão dar conta de nos apresentar sua história pregressa e de como as coisas foram piorando na vida deles, apesar de a princípio ter um amor imenso, e chegar ao ápice com violência doméstica com a mulher e com a filha. Pauline tinha um problema no pé, que a diferenciava das outras mulheres, que fez toda a diferença na sua vida, de como ela era vista, tratada e de como poderia viver, mas não impediu que chamasse a atenção de Cholly. Este era órfão e foi criado com muito amor por uma tia, mas tinha o ressentimento de ter sido abandonado pela mãe e não ter conhecido o pai. Cholly foi preso e Pauline ficou na casa de sua empregadora.

Pecola, segundo a própria mãe, nasceu muito feia. Todos a acham feia e ela sofre muito bullying na escola dos próprios negros. "Era o desprezo que sentiam pela própria negritude que fez irromper o primeiro insulto." (posição 772) “Moravam ali por serem pobres e negros, e ali permaneciam porque se achavam feios." (posição 430) Ela tem uma imagem de beleza que vem das bonecas da infância de meninas brancas, bonecas brancas de olhos azuis e da pequena atriz Shirley Temple. Ela deseja com todas as suas forças ter olhos azuis. Acredita que com isso, sua vida poderia mudar, não ser tão sofrida e triste.

A mãe de Pecola era empregada doméstica na casa dos Fisher e em uma ocasião, Pecola e suas amigas precisavam falar urgentemente com Pauline. Vão no seu trabalho e lá esbarram em algo na cozinha e são repreendidas. A menina que era cuidada por ela chega à cozinha e fica assustada com a três. Pergunta a Polly (Sra. Breedlove) quem são e ela responde que não são ninguém. Aqui fica claro que Pauline sente-se inferior, invisibiliza os seus, ao fingir não saber quem são. Aqui podemos recorrer a um trecho onde a autora nos fala das pequenas diferenças entre pardos, mulatos e pretos, de maneira primorosa. Ela faz uma análise das garotas pardas que se sentem mais importantes, menos pretas e, portanto, podem ter mais cultura, formação, mas no fundo aprendem como agradar e trabalhar para os brancos, fazendo economia doméstica, estudando etiquetas. "Numa palavra, como se livrar da catinga." (posição 1001)

A vida dura do casal Pauline e Cholly fez com que o amor deles não sobrevivesse. Seus traumas os transformaram em pessoas agressivas e o amor pelos filhos foi se transformando em obrigação e cruz. Até chegar ao ápice do abuso que Pecola sofreu. Ele bebia muito, não tinha mais vontade de viver, e o casal vivia se estapeando. Pecola tinha dores de estômago e seu irmão sumia de casa nessas ocasiões. Até que em um dia de bebedeira Cholly viu a filha lavando louça e sem perceber, não sabia bem por que a atacou, após ela fazer um movimento igual ao da mãe quando ele a conheceu. Ela desmaiou e Pauline chegou. Ele não sabia amar a filha porque não tinha tido amor dos pais.

Logo depois conhecemos a história de um charlatão que só engana as pessoas e Pecola vai recorrer a ele. As pessoas o procuravam com pedidos desesperados. "Abriu e viu uma menina que ele não conhecia. Devia ter uns 12 anos e era deploravelmente feia." (posição 2152) Tinha uma barriguinha um pouco saliente. "Aquele era o pedido mais fantástico e, ao mesmo tempo, mais lógico que já lhe tinham feito. Ali estava uma menina feia pedindo beleza. Uma onda de amor e compreensão o invadiu, logo substituída por raiva. Raiva de não poder ajudá-la." (posição 2169) E ela passará a acreditar que tem olhos azuis, mas ninguém os verá. Pecola fica completamente desnorteada com o bebê, o estupro, a vontade de ter olhos azuis, e caminha para a loucura. E ao final a narradora (sua amiga Claudia) vai nos falar da feiura e do sofrimento de Pecola, e como isso de algum modo era compensatório para elas, mesmo elas tendo amor pela amiga. "Éramos tão bonitos quando montávamos na sua feiura. A simplicidade dela nos condecorava, sua culpa nos santificava, sua dor nos fazia reluzir de saúde, seu acanhamento nos fazia pensar que tínhamos senso de humor. [..] E ela nos deixou fazer isso e, portanto, mereceu nosso desprezo." (posição 2558)

Muito sofrimento em uma escrita primorosa e instigante. Ainda temos um ótimo posfácio escrito pela autora onde vai nos falar de sua escrita, de suas escolhas no enredo para atrair a atenção do leitor. "Se o leitor penetrar na conspiração que as palavras de abertura anunciam, pode-se entender o livro como se começasse com o encerramento: uma especulação sobre a ruptura da "natureza" como uma ruptura social, com trágicas consequências individuais, em que o leitor, na qualidade de integrante da população do texto, está implicado. " (posição 2649)

Foi uma excelente experiência e recomendo muito a leitura!




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Val 24/07/2023

Em busca de olhos azuis
A história se passa em uma comunidade afro-americana nos Estados Unidos.
Pecola Breedlove, uma menina negra, é marginalizada e maltratada pela sociedade e considerada feia e indesejada devido à sua pele escura e olhos castanhos. Ela anseia por ter olhos azuis, acreditando que isso a faria ser amada e aceita.

O livro explora temas como racismo, beleza e identidade. Narrativa poética e profunda mergulha nas vidas das personagens, revelando suas lutas internas e traumas. Também, destaca a necessidade de empatia e compreensão nas relações humanas.
Aborda questões sociais e psicológicas de forma sensível e poderosa. Expondo as complexidades da experiência humana em um contexto de desigualdades raciais e sociais.
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Bruce.Costa 23/07/2023

Racismo no século passado
Uma história impactante sobre racismo, e outros diversos tipos de abusos que a população preta sofreu no século passado ( e ainda continua), a narrativa se reveza nas diferentes personagens da mesma história, o que pode ser confuso inicialmente mas que ao longo da história nos da uma visão privilegiada...
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Gabs 17/07/2023

Pesado
Aqui Toni Morrison se debruça sobre uma narrativa cujas personagens trazem muitas das cicatrizes deixadas na população negra norte americana pela escravidão. É um relato cruel e necessário através da ficção.
O fato de, mesmo tendo sido escrito nos EUA para denunciar a realidade dos negros nos anos 1970, se aplicar a esta população em tantos outros países, em outras épocas, inclusive a atual, faz dele um clássico.
Livro muito bom da primeira mulher negra a receber o prêmio Nobel de Literatura.
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Sté.Souza 10/07/2023

Toni Morrison mexeu demais comigo em muitas partes, eu chorei, fiquei revoltada... Foi muito difícil em várias partes, mas eu amei.
Quero ler tudo dela.
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Izabella.BaldoAno 08/07/2023

Se ler narrativas que perpassam a vivência de quem sofre violência racial já dói, quem dirá lê-las pela perspectiva de uma criança. em O olho mais azul, acompanhamos visões plurais, entre as quais se destacam a de Claudia, narrada em primeira pessoa, e a de Pecola, contada por um narrador onisciente. ambas crianças negras que nos levam com elas para ver através da sua lente as suas experiências na vida em família e em comunidade.

aqui, Toni Morrison direciona para a infância um olhar muito delicado, uma característica que de cara me prendeu. eu gosto muito de livros que me fazem refletir sobre como nós, enquanto sociedade, estamos criando nossas crianças, a que experiências as estamos submetendo e como estamos contribuindo para a construção da sua personalidade e atitude diante do mundo.

a violência racial aqui é retratada com foco nessas crianças, e por isso é tão forte e simbólica a representação dessa violência através do desejo infantil de ter o olho azul. ali começa a se enraizar na criança negra a sensação de que algo lhe falta pra ser bela, pra ser amada, pra ser completa.

além dessa, há nessa história muitas outras violências, algumas delas descritas de maneiras que eu nunca tinha experienciado na literatura. eu diria que esse é um livro que perpassa com delicadeza uma infinidade de violências.

Toni Morrison me ganhou, mais uma vez.
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Nês 05/07/2023

Nao vou mentir é confuso as vezes, mas tem um peso na alma, é verdadeiro, sincero, além de se passar nos anos 40 reflete muito da atualidade, toda a gente o deveria ler, um dos meus favoritos.
RECONHEÇAM LIVROS QUE VALEM A PENA
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Cyntia Chaves 02/07/2023

Incrivelmente necessário
Esse livro me proporcionou uma experiência sem igual. Começando pela autora, que adorei conhecer, e por um texto que desnuda o racismo de forma profunda e chocante, centralizado na figura de uma criança e de como é afetada por esse horrível fenômeno.

Em "O olho mais azul", a autora Toni Morrison explora a crueza do racismo em inúmeras acepções. Lendo a obra, me senti como num caleidoscópio que desnuda toda a sua crueldade.

Não se trata de uma narrativa cronológica nem linear. As histórias dos personagens, aparentemente apresentadas sem um liame, vão instruindo o leitor a entender o porquê de algumas de suas ações, por mais horrendas que sejam.

Não se trata de perdoar as violências, mas de se deparar com várias modelagens do racismo e de entender como as pessoas são afetadas por ele.

É um obra magistral e extremamente necessária! O racismo é uma manifestação social e econômica, que tem raízes muito profundas, e precisa ser combatido com vigor, por todas as pessoas.

A edição em português é incrível, mas, a quem for fluente no inglês, recomendo a leitura no idioma original, pois a autora explica, em um posfácio, as motivações e as escolhas que fez no decorrer da escrita. E a língua permeia tais decisões.

Apenas leiam esse livro.
Leiam Toni Morrison.
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