Booleticia 29/03/2022
Pego sua mão sob o céu cinza e azul, e estou em casa
É um livro que traz mensagens importantes.
Acho que a maioria dos adolescentes está tão centrado nos problemas que esquecem que eles tem soluções. Elas podem estar alí, bem visíveis ou podem estar escondidas, alguns acham as soluções mais cedo que outros, alguns nunca acham. E é por isso que as pessoas sempre são uma confusão.
Eu geralmente não gosto de ler sobre adolescentes, principalmente os que moram nos EUA, eu não entendo porque o bullying lá é tão abusivo. Será que ser babaca faz parte da cultura deles?
Eles sempre tem esse lance que parece diferente mas são todos iguais, algo como: "eu sou maior que todo mundo" "eu mereço mais que qualquer um" "eu sou um babaca porque as pessoas são babacas" "eu prefiro odiar a ser odiado" "ser popular me mantém salvo" "tudo bem ser um adolescente horrível porque em 8 ou 10 anos você será um adulto minimamente decente (como se isso consertasse as coisas)"
Também se deve ao padrão de beleza absurdo de lá, as palavras horríveis de ódio. E não tô dizendo que só tem bullying lá, porque claro, existe em todos os lugares.
Jack é um personagem muito humano e complexo. Ele é covarde, se esconde atrás de uma máscara de "Jack Masselin", ele tem atitudes imbecis mesmo não sendo completamente imbecil (todo mundo é um pouco imbecil) mas na maior parte do tempo eu só conseguia sentir pena dele. Ele se trancou dentro de um castelo que ele não conseguia sair, ele não gostava de estar lá ou de estar preso lá, mas parte dele se sentia seguro: com a namorada superficial e os amigos otários e a família unida que ele ainda tinha esperança de fazer parte, e as pessoas que ele não conseguia reconhecer "eu tenho um cérebro ferrado e por isso não consigo identificar as pessoas, portanto eu também não consigo formar laços com ninguém" na verdade ele só estava com medo demais de admitir coisas importantes, tanto para sí como para os outros. Eu me irritei com ele muitas vezes, e não posso dizer com certeza que cheguei a gostar dele em algum momento, mas posso dizer que eu gostaria da versão que ele pode de tornar (se ele se permitir sair do castelo)
Antes de mudar precisamos aceitar as nossas falhas.
A Libby é uma personagem incrível! Eu gostei dela desde o início e fui gostando mais e mais com o passar do tempo. O modo como ela alcançou sua coragem foi lindo.
Chamar alguém de gorda não deveria ser algo ofensivo porque ser gorda não é algo ruim (desde que não afete sua saúde) e é absurdo como as pessoas usam coisas que nos descrevem para nos ofender.
Em questão de romance, não foi muito bem desenvolvido. Primeiramente, achei muito rápido. E os "problemas" foram resolvidos de forma muito mágica. Basicamente se confessaram e entraram num relacionamento pro Jack mudar seu modo de agir. Eu sinceramente acho que antes deles namorarem o Jack deveria ficar um tempo sozinho refletindo e amadurecendo. Claro que ele não vai parar de evoluir só porque entrou em um relacionamento, mas é diferente.
Não gosto quando o livro termina desse jeito, depois de tudo que aconteceu o final é só eles se beijando. Que raiva!!
Já havia lido e assistido sobre prosopagnosia antes, mas nunca conheci de fato alguém que tivesse essa doença. A autora focou muito na dificuldade do Jack por não reconhecer os rostos, mas tinham algumas partes um pouco estranhas. Tipo a voz, só é falado umas 2x sobre ele reconhecer pela voz, mas ele vive com a família durante anos e anos não deveria ser fácil reconhecer pelo timbre, sotaque e forma de falar? Eu pesquisei muito sobre isso, e sério ele também poderia ter dado uma pulseira diferente pra família como desculpa pra reconhecer eles, é como o próprio Jack diz, ele estava focado demais no rosto e se esquecia do resto. E ele reconhecer só o rosto da Libby foi um pouco fantasia demais pra mim.
O romance deles foi muito chato e sem emoção para mim, mas mesmo que o romance não tenha me agradado, há frases bonitas no livro e as mensagens deixadas são importantes.
O relacionamento da Libby com o pai é muito reconfortante. E as amizades que ela constrói são ótimas.
Sabia desde o início quem eram o "Sam, Dean e Castiel" inclusive amei a referência a Supernatural!!
Talvez eu tenha mais coisas a dizer, mas vou parar por aqui.