spoiler visualizarLaura 27/12/2022
Demorei pra gostar mas?gostei?
Foi a minha primeira experiência com a Jennifer Niven. A primeira coisa que notei foi a semelhança da escrita dela com a do John Green, e mantenho a minha opinião.
Algumas alusões no decorrer da história são meio exageradas, repetitivas e cansativas. Desde o início o leitor recebe uma sobrecarga de informações, muitos nomes são apresentados sendo difíceis de decorar, o que acaba sendo inútil já que vários personagens acabam sumindo como o Mick de Copenhague. E o final foi previsível, quando eu imaginei que a autora nos levaria pra algo mais original.
Libby:
A história dela é tocante e a questão da compulsão alimentar é algo que mexe comigo e me traz uma identificação.
A Libby em si não me traz nem um pouco de identificação, inclusive eu acho difícil alguém se identificar com ela, porque assim como o Green, Niven parece ter um fraco por Manic Pixie Dream Girls (ainda vamos falar sobre o Jack).
Por um momento eu questionei o fato de saber onde os problemas dela começavam, mas não onde terminavam, foi aí eu pensei? eles não terminaram, problemas não somem de uma hora pra outra, mas devemos tentar ser positivos ainda que nem sempre seja possível.
Gostei da relação dela com o pai, ele não é um personagem muito profundo mas eu gostei do diálogo final sobre não seguir em frente, mas sim viver uma vida diferente.
Jack:
Assim como a Libby, no início ele é um personagem difícil de se identificar e até de entender, porque ele fica se contradizendo toda hora.
É fácil catalogar ele como um Manic Pixie Dream Boy, por motivos de ele ser sempre bastante carismático, revoltado, cheio de peculiaridades como revirar lixões e construir robôs de Lego.
Pra mim foi mais fácil me identificar com as crises de ansiedade dele do que com as da Libby, achei interessante a forma como a autora trás essa dualidade.
Jack e Libby:
São bons personagens, mas honestamente não consigo encontrar química entre eles. De repente eles se conhecem e se odeiam, e em questão de poucas semanas se sentem íntimos depois de poucos diálogos profundos além de compartilhar os próprios problemas de forma rasa.
Jack sabe dos problemas da Libby e dos sonhos dela. Libby sabe dos problemas do Jack e só. O que ele mais ama é construir coisas e em nenhum momento ele compartilha isso com ela. Achei estranho.
Considerações finais:
De qualquer forma deixo o meu gostei ao lado de uma interrogação porque foi uma escrita digna de quatro estrelas, depois do começo enfadonho a história flui como água e é aconchegante.