Carla Martins 03/01/2013Livro medianoDesta vez, vou começar pelo final: completamente útil e extremamente simpático e importante o prólogo do livro, onde Geraldine explica o que é verdade e o que é ficção no livro. Acho que esse tipo de informação aproxima o leitor ainda mais da obra e consegue admirar ainda mais o autor, ao saber de onde ele buscou e os motivos pelos quais algumas passagens aparecem ou não no livro.
Agora, vamos à história.
As Memórias do Livro traz um tema bem original: é um livro que conta a história de outro livro. Conta por onde ele passou, como foi feito e todas as histórias que os personagens, ao longos dos séculos, passaram enquanto estavam de posse da obra. Por ser um mistério que vai sendo solucionado aos poucos e por tratar de crenças relogiosas, o livro lembra muito o estilo do Código da Vinci. Digo estilo porque as histórias de nada se parecem, mas o tom misterioso, somado às idas e vindas do passado para o presente e como as informações vão sendo apresentadas, fora o cunho religioso da história me fizeram lembrar o tempo todo de O Código. E, inevitavelmente, levou a comparações.
Hanna, uma conservadora de livros, é uma australiana contratada pela ONU para trabalhar na preparação do famoso "Hagadá de Sarajevo" para ser apresentado ao público. No livro, hanna é a personagem principal, como Robert Langdon é em O Código. Porém, em As Memórias do Livro os problemas pessoais e as relações conturbadas da personagem central é muito mais explorada, o que torna o livro bem mais interessante, principalmente após o acidente de carro sofrido por sua mãe. Por este ponto de vista, As memórias do Livro me atrai mais que O Código da Vinci.
Porém, as histórias envolvendo o Hagadá, os mistérios e a volta do presente para o passado e do passado para o presente perdem muito para os mistérios de O Código da Vinci. A vontade de continuar lendo e descobrir o que o próximo capítulo desvendaria era muito maior em mim durante a leitura de O Código.