Lis 28/12/2020Gostei bastanteAlém de conhecer melhor vários personagens históricos, dá pra tirar muitas conclusões ao ler o livro. Fora as que o próprio autor escreve, coloco as minhas:
- a corrupção que o brasileiro tanto reclama nos foi ensinada pela corte portuguesa, seja pelo exemplo, seja pelas grandes restrições que impunha a colônia. Burlá-las era questão de sobrevivência.
- o Brasil nunca teve identidade nacional (talvez não tenha até hoje). Regiões muito heterogêneas, com interesses distintos: apoio à coroa ou republicanos ou monarquistas ou libertários. População com interesses distintos, com escravos, índios, clero, senhores de engenho, elite, nobreza, mulatos libertos.
- os 300 anos de colonialismo doutrinaram a população a não empreender, não ter iniciativa, a ser preguiçosa e alienada, conforme os estrangeiros descreveram. Não nos livramos dessa cultura até hoje. Talvez isso até se reflita no fato de que o brasileiro não tem o hábito da leitura de livros, já q eram proibidos até 1808.
- desde sempre, o brasileiro é apático a assuntos sérios, como direitos civis e liberdade individual, mas adora uma diversão. Enquanto os viscondes raspavam os cofres, o brasileiro fazia música satirizando. Estes mesmos viscondes, quando voltaram para Portugal, foram impedidos de desembarcar por corrupção e peculato. Duas óticas sob os mesmos fatos, retratando os valores que cada povo considera importante.