Fábulas

Fábulas Monteiro Lobato




Resenhas - Fábulas


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Bruna Lima 25/06/2022

Este livro não me cativou tanto. Queria ler pela nostalgia de ser um autor que fez parte da minha infância e por ser um dos livros do Monteiro Lobato que não lembrava já ter lido. Mas, sinceramente, não achei um ótimo livro.
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Mandy 29/03/2022

Foi gostosinho de ler, leitura leve.
Nada se compara ao ultimo livro que li, mas foi um livro bom para nao entrar na famosa ressaca.
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Marcela.Correia 04/10/2021

Para crianças e adultos
Fábulas que ensinam crianças e adultos sobre vida, religião e política!
Super atual!
Você se vê envolto dos ditos populares e seus verdadeiros ensinamentos
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Du 12/10/2020

Eu amava esse livro quando eu era menor. Hj em dia, já com um olhar meio negativo do autor (com atos), eu já não gosto tanto. Dou 1,5 pelo fato de me trazer uma nostalgia, se não fosse isso eu daria 1 e olhe lá.
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Nanna 11/05/2020

Sítio do pica pau amarelo
Esse livro nem tem muito o que falar...
Um classico que marcou a infacia de muitas pessoas, incluindo a minha.
Muitas fábulas eu lembro de ter visto o episódio na TV.
Muito bom, recomendo!
(Algumas fábulas achei um tanto pesadas e violentas kkkk se por acaso forem ler a uma criança de hj, dependendo da idade, eu indicaria mudar um pouco final kkk)
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Comenta Livros 13/01/2020

Um livro que ensina brincando
Sou fã de Monteiro e esse livro é muito bom, vale a pena a criançada ler. O comentário completo tá lá no blog.

site: https://comentalivros.com/fabulas-monteiro-lobato/
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EvaíOliveira 02/01/2020

Ótimas histórias
Além das fábulas dos clássicos, há as de Lobato também, comentadas.
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TalesVR 13/11/2018

Criticismo Lobatiano
Fábulas cheira a infância, mas não se pode enganar. É um livro que reconta as antigas fábulas de Esopo e La Fontaine com uma pitadinha de criticismo que só Monteiro Lobato consegue fazer de forma tão graciosa. Critica as pessoas, critica os poderosos, faz comentários ácidos, tudo isso em pano de estorinha para criança. Realmente, fazer o que Lobato fez não é para qualquer um.
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Fernando Lafaiete 11/12/2017

Fábulas: O livro infantil que reforça a importância do gênero

Fábulas é a narrativa que dá voz aos animais que encenam situações que sempre apresentam uma moral no final da história. Os personagens normalmente apresentam características antropomórficas e por serem histórias voltadas para um público infantil a narrativa possui um caráter educacional.

A antologia de Monteiro Lobato foi publicada em 1922 e traz fábulas que recriam histórias de Esopo, escravo grego do século VI, conhecido como o pai deste tipo de gênero metafórico. Apesar de possuir este status, antes mesmo de Esopo, já haviam registros de histórias metafóricas em provérbios suméricos 1.500 a.C. Posteriormente o gênero foi se aperfeiçoando pelas mãos de figuras célebres como Leonardo da Vinci no século XVI, por La Fontaine no século XVII e por Monteiro Lobato em 1922.

Monteiro Lobato foi o primeiro autor que eu li na vida e eu tenho um carinho imenso por ele. Entretanto, as fábulas aqui apresentadas não me agradaram. Na verdade, acredito que este tipo de história já não surte mais em mim o impacto que surtia anos atrás. Não tiro a importância deste livro, principalmente para quem lê para crianças ou para crianças que já leem.

As fábulas desta antologia não são apenas recontagens, algumas são inéditas e fazem parte do universo de Sítio do Pica-Pau Amarelo. Monteiro tem uma escrita leve, fluída e objetiva, seja escrevendo fábulas ou os demais livros infantis pertencentes de sua vasta obra. O autor é fortemente criticado e visto como racista, mas ainda assim, devo reforçar sua importância como um dos principais escritores da literatura infantil nacional, ao lado de autores como Maurício de Sousa, Ziraldo, Ruth Rocha entre tantos outros.

Sobre a polêmica que envolve o autor, não entrarei em detalhes; pois já falei um pouco mais a respeito na resenha de Negrinha. Apesar de não ter tido uma experiência muito positiva, indico tanto este livro quanto o autor. Gostando ou não, é sempre bom apoiarmos os escritores nacionais.
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R...... 30/11/2017

Edição publicada pela Brasiliense (1994)
O livro é de 1922, entre os primeiros sobre o Sítio. Vemos histórias que seriam estendidas, retocadas e republicadas em obras como "Reinações de Narizinho" e "Viagem ao Céu".

Em linhas gerais, o jeito lobatiano de adaptar um contexto conhecido (como história, literatura ou ciência), valorizando aspectos da cultura local e, o que é interessante, de forma provocativa aos jovens leitores.
A atenção da vez foi para as fábulas, contadas por Dona Benta em gostosas narrativas de vó para a turminha. Estão em torno de setenta, sendo a grande maioria de La Fontaine e Esopo, mas tem também da cachola de Dona Benta e da sabedoria popular. Ao final de cada uma, no estímulo almejado pelo autor, a turminha se expressa no que entendeu, concordou ou não, manifestando seu agrado ou desagrado e estendendo a aprendizagens em exemplos observados no convívio de sua realidade. Claro que tem também a torneirinha de asneiras da Emília e, aqui e acolá, pitacos científicos do Visconde, percepções ingênuas da Tia Nastácia, o romantismo aventureiro e sonhador de Pedrinho e Narizinho e, através da Dona Benta, paralelos entre antiguidade e modernidade, que o autor estende para a percepção da linguagem e cultura.

Ah, mas sem dúvidas um dos aspectos mais legais fica mesmo por conta das asneirinhas da Emília, às vezes, refinada esperteza. Principalmente quando propõe finais diferentes, como o desenlace que deu para "O Lobo e o Cordeiro". Falando nessa, Lobato afirmou que entre todas é a fábula mais conhecida. Para mim, seriam a da "Cigarra e a formiga", "A raposa e as uvas" e "A assembleia dos ratos". Isso me fez pensar (e estou apenas em um exercício intuitivo, sem nada poder afirmar), de que talvez essas fábulas (o livro no todo) não fossem tão conhecidas pela garotada, ainda mais por algumas apresentarem um contexto violento (apesar da época não fazer distinções como hoje). Redobra-se o valor de Lobato, que reconta de maneira provocativa para a garotada, estimulando aprendizagens. A turminha não se limita a dizer se gostou ou não. Dá também os porquês.

As fábulas em boa parte retratam um cenário de opressão do forte sobre o fraco, onde a esperteza (ou sabedoria ou informação) é a maneira de se livrar disso.
A que mais gosto, e isso desde a minha infância, é a do "Velho, o menino e a mulinha". Uma graça a parte, cheia de ironia com o relativismo e indefinições de posicionamento na vida. Massa demais! "A morte e o lenhador" também é paidégua pra caramba! Té doido, mano! Gosto também de "O cão e o lobo" e também de... Ah, de várias!

É, mas as de maior impacto no livro são as que exacerbam a injustiça, tipo "O Lobo e o Cordeiro", "O julgamento da ovelha" e "Liga das nações". Essa e outras vão em um contexto de retrato político, que Lobato faz a turminha se deparar, refletir e se manifestar.

Eita! É isso que o escritor ia propondo. E para a garotada... Não a toa, nesse seu pioneirismo e inovações, foi considerado pré modernista na literatura. Pena que foi retrógrado em outros aspectos, como os que levaram a se opor à Semana de Arte Moderna no ano de publicação desse livro. Ah, mas isso ainda assim não tira seu brilho de pioneirismo moderno.

Curiosidades banais a parte: faltou aquela fábula do gato que ensinou a onça a saltar, menos "o pulo do gato" (que foi lembrada pela Emília), O Elias turco é mencionado como pai de uma menina (não recordo se isso foi explorado em outros livros ou seriado) e "Os animais e a peste" (a fábula de onde veio o Burro Falante - o Conselheiro).

Belo livro! No final podemos comprovar mais um ponto: algo já feito não esgota a possibilidade de explorações diferentes e legais.

Valeu, Lobato!
Samara 30/11/2017minha estante
Amo fábulas, as que tu citastes, lembro-me perfeitamente, gosto muito da Cigarra e a formiga, e lembro da adaptação que o Lobato escreveu sobre ela. Fábulas são belos contos de ensinamento, o Lobato fez uma boa adaptação. Bela resenha, e eu quase não te reconheci, quem é esse tal de Zé Carneiro kkkkk


R...... 30/11/2017minha estante
Uai, Sinhá! Isso é coisa das pessoa que assistiro as antiga versão do Sítio e hoje me alembrei.
Quiá, Quiá, Quiá!


Samara 30/11/2017minha estante
Ah kkkk também sou uma grande fã, bom final de semana procê também :D




Portal JuLund 26/05/2017

Fábulas de Monteiro Lobato @GloboLivros
Fábulas de Monteiro Lobato saiu pela primeira vez em 1922 e explica Dona benta: Fábulas não são lições de História Natural, mas de moral. Diversas fábulas de Esopo e La Fontaine integram essa antologia que tive o prazer de ler durante uma única tarde.
Por mais que o momento não fosse bom (enquanto fazia medicação no hospital para uma crise de bronquite), posso garantir que trouxe magia para o lugar e até mesmo outras mães pararam para escutar com seus pequenos.
As ilustrações são lindas e alegres, fazem encher os olhinhos de quem lê e completam as mensagens de cada texto, alimentando a imaginação dos pequeninos. Depois de cada fábula há uma inserção de uns dos personagens de Monteiro Lobato – Emília, Pedrinhos e companhia do Sítio do Pica Pau amarelo – que diverte e traz uma realidade muito interessante.

Resenha completa no

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/resenha-fabulas-de-monteiro-lobato-globolivros
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Valentina 19/02/2017

???
Melhor livro ?!!!!Amei!!!!fabulas gostosas de ler e divertidas!!!!um livro muito leve e bom para quem esta aprendendo a ler!!!!
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Christiane 09/01/2013

Fabulas(oso)
O mundo das fábulas é fabuloso. Monteiro Lobato resgata algumas das principais fábulas neste livro. Sempre atual e gostoso de ler, não importa a idade.
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Antonio Luciano 30/11/2011

As Fábulas em Monteiro Lobato
O livro Fábulas de Monteiro Lobato é uma compilação das histórias de La Fontaine e Esopo, reescrita à sua maneira, dando um tom brasileiro para a obra. Outro ponto interessante é a sua estrutura, os contos são narrados por Dona Benta e comentados por seus netos, pela boneca Emília e demais personagens logo em seguida.
Nesta obra, há uma compreensão indireta sobre o estilo de vida do escritor. Monteiro Lobato passou uma vida turbulenta em vários níveis culturais, políticos e administrativos. Lançou à campanha “O petróleo é nosso” que resultou em sua prisão no governo de Getúlio Vargas. Criticou rigorosamente a Semana de Arte Moderna, principalmente, a pintora Anita Malfatti no seu artigo “Paranóia ou Mistificação?”. Enfrentou uma grande luta para tornar o livro como produto popular, procurando por vários meios que dispunha, negociando com comerciantes ou tratando de espalhar os livros no máximo de regiões que podia.
Monteiro Lobato demonstra neste livro Fábulas uma visão bem peculiar da sua visão de mundo, selecionando contos que demonstrem o quanto o mundo pode ser injusto e como ele só é comandado e regido pela força. Mostra que o único meio de sobrepujar e enfrentar as injustiças é lançando uso de esperteza, para de alguma forma torna o mundo um pouco justo.
A obra em si não é uma história linear, podendo ser lido em qualquer ordem, o que traz de novidade é que cada fábula contada é seguida pelos comentários das crianças que a escutaram, neste ponto vemos a opinião de Lobato por meio da boneca de pano Emília. As crianças contestam a moral de algumas fábulas, a maneira como terminam ou apóiam de forma concisa, tudo bastante espontâneo, sem meias palavras.
Há na obra duas fábulas que não pertencem ao autor francês, La Fontaine, ou ao grego, Esopo, que foram histórias criadas pelo próprio Monteiro como a história O cavalo e as mutucas, trazendo em sua narratividade um coloquialismo e escrita informal simples, mas sem desrespeitar a inteligência dos jovens leitores. Existe nas histórias uma camada de abrasileiramento, tornando a leitura bem fluida.
A temática de o mundo ser comandado pelos fortes e que a razão não vale nada diante dela, não é a única explorada, pois Monteiro vai explorando o cotidiano por meio do maravilhoso, que consiste em histórias de animais falando com homens ou outros seres. Os animais têm comportamento humano, tendo os aspectos éticos demonstrados ou situações que confrontamos ao longo da vida.
Um exemplo que demonstra sobre o sofrimento no mundo A morte e o lenhador, no qual um velho lenhador reclama do sofrimento da vida e pede insistentemente que a Morte fosse buscá-lo, ela vem, mas ele muda abruptamente de idéia e diz que só a chamou apenas para ajudá-lo a carregar madeira. Nos comentários das crianças, vemos uma recepção diferente da idéia que a fábula traz com a sua moral. Emília e os demais não vêem a morte como um acontecimento tenebroso, mas como algo necessário, para acabar com a vida de maneira piedosa. Pedrinho faz citação de um filme, Horas roubadas ao justificar que prefere a morte americana. Ele descreve a cena em que a Morte aparece como um homem elegante para o velho, este não aceita de início, mas muda de idéia, e a Morte o leva tranquilamente.
A cigarra e a formiga é outra história que demonstra como o artista é tratado pelo mundo através de duas versões, sendo uma versão com a formiga boa e a outra versão com a formiga má. A boneca Emília levanta argumentando que a fábula está errada, pois as formigas são os animais mais solidários do mundo e que todos os animais, no geral, falam. Isso gera uma pequena discução entre Emília e dona Benta, esta consegue conciliar as idéias da boneca com as suas.
Essas pequenas discuções encontram-se ao longo do livro, sendo nada sério e bastante divertido. As crianças feitas por Monteiro não seguem uma regra, são espontâneas e naturais, fazendo o pequeno leitor se identificar com esses personagens. Sendo um dos pontos altos da obra pela sua naturalidade, além do maravilhoso que está impregnado as páginas.
Uma fábula em particular deste livro pode ter inspirado o escritor para criar uma das aventuras mais fantásticas do Sítio do Picapau Amarelo que seria a Reforma da Natureza. Na fábula O reformador do mundo um homem reclama da maneira que a Natureza era toda errada, dizendo que se fosse ele faria algo muito melhor e organizado. Acontece que ele dorme debaixo de uma pitombeira, caindo uma pitomba na sua cabeça. Isso leva o homem a repensar, se fosse uma jaca no lugar da pitomba, ele estaria morto e resolve não querer reformar a natureza. A Emília discorda de maneira veermente, aí já percebemos a idéia do autor para um próximo livro.
Outros pontos interessantes dessas histórias são as constantes referências das aventuras de Emília, Pedrinho, Narizinho e Visconde por outras paragens, como o mundo das fábulas, sendo comentada por eles no conto A menina do leite.
Uma das fábulas de destaque que é retomada na última fábula a Liga das nações, O lobo e o cordeiro, no qual um lobo discute com um cordeiro dizendo que ele está sujando a sua água de beber. O cordeiro usa todos os argumentos convincentes que não estava poluindo a água do lobo, o leitor percebe quem tem razão é o cordeiro, mas o lobo não liga e devora o animal de qualquer forma.
Na Liga das nações ocorre algo parecido, a onça reuniu o gato-do-mato, a jaguatirica e a irara para caçarem juntas, pois assim nenhuma presa teria chance de escapar e nenhum deles passaria mais fome. Quando conseguem o primeiro sucesso em conjunto, a onça faz a divisão das carnes, mas fica atribuindo todos os pedaços para ela justificando a divisão pelas suas qualidades. Os demais felídeos ficam revoltados e querem que a divisão seja feita de maneira justa. A onça concorda, separa uma carne e coloca a pata em cima dela e desafia os demais a tomar esse pedaço de suas garras, todos os três fogem e nunca mais entram em um grupo onde tenha a onça dentro.
Neste ponto final do livro, Monteiro Lobato realça e mostra a sua opinião em relação ao mundo ser regido somente por aqueles que são detentores do poder, e por mais que os fracos tenham razão e estejam corretos, os poderosos os esmagam à revelia dos seus interesses. A única forma dos fracos poderem vencer os fortes é usando da astúcia e esperteza.
A maneira que o livro termina chama atenção por mostrar essa situação, que fica bem firmado nas palavras de Emília, deixando no final a dona Benta pensativa, sobre a fábula O lobo e o cordeiro serem a história matriz de todas as fábulas neste seguinte trecho:

“-Seria a fábula planeta, com todas as outras fábulas g do Lobo e o Cordeiro girando em redor do sol que nem irando em redor dela que nem satélites- concluiu Emília dando pinote.
Dona Benta calou-se, pensativa (Fábulas, Monteiro Lobato, página 58)

Essa obra que reuni as histórias de La Fontaine e de Esopo recontadas por Monteiro Lobato merecem uma especial atenção de como se relacionar o livro com as crianças, que cultive e provoque reflexões.
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