Jow 23/11/2010Um desfecho hercúleo, para uma série de Heróis.Um velho sábio disse uma vez: "É de nossa responsabilidade o que fazemos com o nosso tempo, aquilo que escolhemos para nossa vida. É importantíssimo definir prioridades, nomear o que é nosso e trazê-los para perto. Pois quando esquecemos algo vital, estamos dando ao tempo e ao destino, a oportunidade que eles precisam para se rebelar contra nós."
E assim chegou o momento de decidir entre o que era certo e o que era fácil! Chegou o momento em que a Grande Profecia foi totalmente revelada, o momento on qual acreditar foi preciso, ter confiança foi vital, e se prender a alguma lembrança feliz foi fundamental.
Em minha primeira resenha sobre a saga, escrevi: "Só resta esperar que o Cronus torne Percy aquilo que ele nasceu para ser: Guerreiro, Herói... Lenda!" E assim aconteceu! Mas, não pelo simples fato de que deveria acontecer. E sim, graças a grande evolução do personagem Percy Jackson que entendeu as suas fraquesas, que nos momentos difíceis soube lembrar dos amigos, soube se prender ao amor, um garoto com a sabedoria de um ancião que possui uma hermenêutica fantástica na hora de ponderar palavras, além de todas as outras qualidades necessárias para ser chamado de herói.
Percy se tornou um heroi no exato momento em que não pensou com tal, quando fez diferente dos outros heróis, quando transformou o desejo pessoal em um sentimento coletivo, quando realizou tarefas hercúleas sem pensar em glórias, no momento em que ligou o seu dentino ao de Annabeth, quando cumpriu a sua promessa e não recebeu uma glória individual, mas a transformou em uma bandeira dos excluídos, e principalmente quando utilizou a sua sabedoria para incendiar o coração de deuses e meio-sangues com o único sentimento embalado num jarro de medo: A Esperança.
Logicamente, não se pode esquecer de Annabeth, que mais uma vez foi de suma importancia na vida de Percy. Impossível não comentar o crescimento intelectual Grover, a fantástica Rachel com suas visões, Nico di Angelo e sua preseverança, Thália e sua liderança, Clarisse e sua fúria, e Luke... Que encontrou numa antiga promessa algo que traz o sustento emocional de cada criatura: A Familia!
O Ultimo Olimpiano encerra de forma épica uma das melhores séries já escritas, que ensinou mitologia grega de uma forma divertida, que tem luz própria e não precisa ser comparada a nenhuma outra do gênero da fantasia, e que com certeza deixará muita saudade em todos que leram, principalmente nesse futuro historiador que por aqui encerra.