Stella F.. 01/07/2019
Sempre um aprendizado
Agradável mas não espetacular como os muito bons Quando Nietzsche chorou e A Cura de Schopenhauer. Já li outros dele, mas esses dois primeiros me marcaram.
Nesse livro gostei de apenas alguns relatos, mas ele sempre escreve de maneira fácil e simples. Fala muito de morte, finitude, seus problemas com a mãe quando em vida e a volta em sonhos e relatos de algo que poderia ter sido resolvido, mas não deu tempo. Muito interessante seu trabalho com pacientes terminais, e sempre apontando para o que cada paciente traz. Não se deve padronizar, cada terapia é única e não existe uma fórmula. E ficou claro também sua insatisfação com os programas de saúde, ditando o que deve ser feito e em quanto tempo. Não há tempo para grandes elaborações. Os planos de saúde precisam de respostas imediatas, o que é quase impossível em poucas sessões. Ele fala em contratransferência, o que caracteriza um determinado tipo de psicanálise, mas não a freudiana ou lacaniana, que admiro mais, e que estudei um pouco. Gostei das histórias: Mamãe e o sentido da vida, Consolo Sulista e a Maldição do gato húngaro, por sua imaginação, mas não concordo com o personagem tentar resolver a questão do paciente, que passa a ser a dele, mas é interessante do ponto de vista do diálogo com o gato sobre a finitude. Mas, ler Yalom sempre vale à pena!