renan 30/12/2009
3.5
AC/DC é uma das minhas bandas preferidas, mas acho que esse livro não se compara com o trabalho da banda.
Os capítulos são nomeados com os títulos dos cds ou músicas da banda. Bem no meio do livro, há algumas páginas pretas com fotos da banda, desde a começo da carreira com Bon Scott até a era de Brian. No final do livro temos a discografia detalhada com todos os cds, dvds e singles lançados nos EUA, Reino Unido e Austrália. Realmente uma bela e preciosa pesquisa, pra quem é fã, uma maravilha!
A autora é uma grande fã da banda, tendo ela mesmo já conversado com os caras várias vezes, todas elas descritas no livro. Ela conta desde a infância dos irmãos Young, toda a trajetória do Bon (um capítulo exclusivo mais do que merecido) e um pouco de Cliff e Phil, e posteriormente do Brian. O livro fala da gravações dos cds e das turnês de cada um, isso sempre contando algumas poucas boas histórias das turnês. Bem, é ai que, pelo menos pra mim, começam os problemas do livro.
Há boas e divertidas histórias (a da turnê do “Who Made Who” é muito engraçada), porém poucos detalhes de gravação dos cds (salvo os dos mais famosos, como “Back in Black”, “Highway to Hell”) e poucas histórias das músicas (acho que fala de The Jack que é bem legal, de Bedlam In Belgium , Whole Lotta Rosie e Highway to Hell, essas duas últimas pra quem acompanha a banda já são histórias antigas...). Eu esperava mais detalhes como esses, sem contar que a maioria desses detalhes e histórias não são contadas pelos integrantes da banda, mas sim por produtores, organizadores, roadies e por bandas que acompanharam o AC/DC em turnês. Só acho que uma banda com quase 40 anos de estrada teriam mais coisas pra contar, mesmo eu sabendo como eles são discretos em relação a suas vidas pessoais.
Como eu já disse acima, a autora é GRANDE fã da banda, então amigo, pode esperar muita “rasgação de seda”, só elogios. Não que eu queria que ela falasse dos podres dos caras, mas por exemplo: na época do “Flick of the Switch” e “Fly on the wall”, os críticos falaram mal da banda, de como estava se tornando repetitiva, até chamando-os de limitados. No livro não há isso. Ela só cita que as vendas foram ruins e ainda coloca uma resenha da época falando bem do “Fly on the Wall”, coisa que eu nunca tinha visto.
Mas claro, estamos falando de AC/DC! O livro tem muita coisa legal, e da pra ver como o Bon Scott era "O" cara, sem dúvida. Sem contar os comentários do Angus e Malcolm que são sempre muito engraçados. Se gosta mesmo da banda, vale muito pena.