The Bell Jar

The Bell Jar Sylvia Plath




Resenhas - The Bell Jar


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Paula 09/02/2013

I am, I am, I am
Há tempos esse livro me espera aqui na minha estante, e eu nunca achava que fosse o momento. Mas ainda sigo acreditando que há o momento certo para cada livro que cruzará nosso caminho, por algum motivo. E talvez nunca estejamos realmente preparados para ler A Redoma de Vidro.
Não porque a leitura seja difícil; o texto de Sylvia Plath flui elegantemente como uma correnteza, um turbilhão de ideias e emoções, e não conseguimos sair dele. Não conseguia parar de ler.
Já sabia que seria um livro triste, mas foi muito diferente de um romance comum sem final feliz. Passei dias digerindo essa história, a história mesmo de Plath, e só tenho a dizer que me marcou profundamente, que despertou em mim a maior compaixão. Tanto que fui pesquisar sobre a vida dela e tudo do livro foi ficando ainda mais claro.
É isso que Sylvia Plath faz em sua escrita: puxa uma cadeira para que o leitor se aproxime e se sente perto dela, sinta sua dor, sua angústia, como em uma conversa entre amigos. E quando a gente termina de ler, fica o mesmo vazio de quem perdeu o lugar na mesa.
Plath escrevia maravilhosamente e A Redoma de Vidro, além de uma demonstração clara de sua genialidade, é um grito de socorro em cada página. Pena que não foi ouvido.
Leandro 12/04/2013minha estante
Tenho vontade de ler obras de Sylvia Plath. TEm um filme que mostra a vida dela "Sylvia: paixão além das palavras" com a Gwineth Paltrow como protagonita. Assista, recomendo.


Paula 03/06/2013minha estante
Depois que eu li The Bell Jar fui pesquisar mais sobre a Sylvia Plath, o livro me tocou profundamente. Vi que tinha esse filme, mas ainda não consegui encontrar, quero muito ver. :)


Camylla Barros 31/08/2014minha estante
Lindas palavras Paula, senti isso também. Eu li esse livro em um dia porque simplesmente não consegui parar de ler!




Julia 10/06/2021

4/5 só porque achei o início meio ble mas da metade pro final 100% compensa. Uma ?montanha russa de emoções? (odeio essa expressão mas é exatamente isso). As partes mais leves são divertidas e as pesadas são pesadas mesmo, me senti no fundo do poço com a personagem. Na verdade, durante o livro todo senti tudo junto com ela. Essa é a coisa q eu mais valorizo num livro bom.
Julia 10/06/2021minha estante
nunca fiz uma resenha aqui, que empolgante


Vivendodelivro 10/06/2021minha estante
Vou te contratar pra fazer as minhas ? adorei


Julia 10/06/2021minha estante
que honra ?




Annelidea 16/02/2024

I am, I am, I am
Segue sendo um dos meus livros favoritos. Apesar de não ter a história mais elaborada do mundo, é surreal quão bem Plath consegue transmitir o desespero que o vazio completo traz, a sensação exata de se sentir tão incapaz de fazer qualquer coisa que a vida segue acontecendo do outro lado do vidro e, mais importante ainda, como tudo acaba sem nenhum final triunfante.
iS2satc 16/02/2024minha estante
livro de mulher doida eh sempre a melhor leitura


Annelidea 16/02/2024minha estante
Melhor gênero que existe




melartholic 14/04/2024

É bom encontrar um livro que te entenda. Por mais que seja um livro sobre a depressão gravíssima de uma jovem, eu acabei gastando todos os meus post-its. Em cada página Sylvia Plath escrevia, de um jeito poético característico dela, um sentimento qual eu tenho tentado definir a muito tempo.
??
sfmanuella 14/04/2024minha estante
lindo?


sfmanuella 14/04/2024minha estante
emocionante?




Vitória Sommer 03/03/2023

É um dos mais famosos clássicos modernos dos Estados Unidos, publicado em 1963. O fator que chama muito a atenção é que é a dificuldade de classificar o gênero desse livro:
Por ser, ao mesmo tempo, uma biografia e uma ficção. A autora o publicou inicialmente sob o pseudônimo de Victoria Lucas, como se fosse uma ficção. Ocorre que ela acaba narrando a própria vida, mas caricaturizando e exagerando alguns personagens e situações (claro, modificando os seus nomes). A história é narrada em primeira pessoa, e se passa no um período de alguns meses na vida de Esther (personagem principal), que ganha bolsa de estudos para estagiar em uma editora de revista. No entanto Esther, apesar de sempre ter sido uma aluna excepcional, passa a se sentir desanimada pelos estudos, trabalho, pelas pessoas que a rodeiam, e pela vida em geral: um vazio muito grande acomete a sua pessoa. E esse vazio vai aumentando no decorrer do livro, gerando consequências trágicas. Apesar dos temas bem pesados e do enorme vazio da protagonista, a personagem é engraçada ao descrever as situações - o que torna algumas partes do livro divertidas, contraditoriamente.
Trata-se de um livro sobre as dificuldades da passagem para a vida adulta, a depressão profunda e falta de sentido na vida de Esther. Também é uma obra revolucionária para a época, tratando de temas como a desigualdade de tratamento entre homens e mulheres, o papel ?pré-determinado? que se esperava das mulheres na sociedade. A personagem questiona todo esse papel, se revoltando contra ele (lembrando que foi publicado em 1963). O livro já foi comparado com ?O apanhador no campo de centeio? e, apesar de ser muito diferente deste, encontro algumas semelhanças na voz jovial e ?perdida? dos personagens principais.
É um livro *extremamente original* -ainda mais considerando a época em que foi publicado- mas também muito pesado. Entendo porquê se tornou um clássico, porém não recomendo ler caso esteja passando por momentos ruins, pois tem cenas bem fortes.
brubsss 23/05/2023minha estante
amg o inglês dele é de boa? dá pra entender tudo direitinho ou é muito complexo?


Vitória Sommer 23/05/2023minha estante
Eu achei a escrita informal, então acho uma boa opção para quem está começando a ler em inglês ^^




nandss 07/10/2023

Sylvia plath!!!!!!!
"Estaria sempre sob a mesma redoma de vidro, sendo lentamente cozida em meu próprio ar viciado."
Que livro é esse meu deus. Eu não sou de fazer resenha, mas esse eu queria guardar algo sobre, pra quando eu reler esse livro no futuro eu lembrar como foi a primeira vez.
Eu tive dificuldade em entender completamente a Esther ao longo do livro. Enquanto muitos sentimentos dela eram surreais de tão identificáveis, outros me deixavam completamente confusa. Foi vendo alguns artigos e vídeos sobre a vida da Sylvia e sobre o livro, que eu fui encaixando as peças da narrativa da Esther. Mas o que faltava de entendimento total, a escrita da Sylvia compensava em sentimento. Eu me sentia melancólica e agoniada como a Esther, e me pegava pensando muito sobre algumas reflexões dela depois de ler um capítulo do livro. É assustador o quanto algo que uma mulher escreveu na década de 60 consiga ser tão parecido com os nossos sentimentos e pensamentos no presente.
Também fico triste que esse tenha sido o único romance da Sylvia, porque o que essa mulher tinha de talento pra passar emoções e narrativas inteligentes é bizarro. O livro só não é 5 estrelas porque não acho que seja um livro totalmente identificável pra mim no momento e, infelizmente, pelas passagens com teor racista e xenofóbico em alguns capítulos.
Fora isso, é notável que a Sylvia era mega a frente do seu tempo e uma mulher muito demais pros anos 60. Mal posso esperar pra reler esse quando tiver na facul de psico :)
uedinha 08/10/2023minha estante
gracinha, amei a resenha querida




k4kiss 10/08/2021

qnd terminei não achei que iria ter tanto impacto no meu dia a dia, mas acabou sendo um dos meus favoritos. sim, tem as suas problemáticas, mas a sua escrita é muito linda. pra quem ama livros sobre mulheres depressivas, esse é O livro.
k4kiss 10/08/2021minha estante
sim eh racista e etc mas isso eh obvio ne familia




Jeu 11/08/2011

Clássicos são sempre complicados de resenhar, e eu sou daquelas que pensa; opinião é igual a braço - cada um tem o seu (dois, no caso), tem gente que nasce sem ou nasce com defeito.

Comprei A Redoma por acaso, passeando na livraria pela sessão de livros importados. Gostei da Sinopse e só depois fui me tocar que era o livro que Kat (Julia Stiles) lê em 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você. Fato é que isso me fez querer lê-lo ainda mais, pois é um filme que marcou minha vida. Enfim, comecei a ler.

Sylvia Plath escreve muito bem, isso é incontestável. Você realmente entra na mente de Esther e acompanha cada segundo da loucura que ela se vê presa com a vida que as mulheres levavam naquela época. Esther é um poço de insegurança, mas disfarça bem isso e meio que "abaixa a cabeça" para certos costumes, mas uma hora a bomba explode e ela afunda de vez na insanidade.

Foi fácil viver como Esther enquanto eu passava as páginas e me perguntava qual seria a próxima loucura que ela cometeria, e de certa forma eu a entendia. Todo mundo já se sentiu preso em uma redoma de vidro em algum momento da vida e é normal ter medo de que a redoma volte a abaixar quando você está no ápice de sua "liberdade". As redomas vêm e vão a todo momento e eu pelo menos levei essa mensagem do livro. Me identifiquei, na verdade.

Boa leitura que eu apreciei sem pressa, pois entender alguém como Esther é exatamente assim; com calma e mente aberta.
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Anna Duzzi 17/05/2011

Sylvia is undescribebly amazing, one of the best writers of all times. "The Bell Jar" is one of the most pungent works I've ever read; I see myself in every line of this book. It is impossible to read it and not feel every inch of your body shiver. Definitely a must-read.
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@virginiagraciela 10/09/2012

Amor define
Eu já havia amado a Sylvia na poesia, mas este romance me fez mais apaixonada por ela....

é um livro que todas as mulheres deviam ler, ele enaltece o feminismo e foi numa época em que nós só serviamos como esposas, o bom deste livro é a reflexão que ele trás em torno da literatura feminina de hoje em dia que vai de contra a tudo que a Sylvia prega em The bell jar

Ainda bem que deixei de comprar os 50 shades para comprar Sylvia, não me arrependo.

Um dos melhores livros que li na minha vida.
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Leticia Zampier 08/08/2013

O livro começa com Esther em NYC, trabalhando em um estágio de um mês para uma revista de moda muito famosa. Apesar de feliz com a oportunidade é possível perceber que ela não sente que seu lugar é ali. Durante a narrativa é possível perceber como ela está perdida quanto ao que ela quer, quanto ao que ela é, quanto ao seu futuro e seu papel no mundo.
Num primeiro momento, enquanto ela está em NYC, vão se mesclando acontecimentos do presente e lembranças do passado, o que nos permite conhecer um pouco mais sobre Esther, sobre o seu relacionamento consigo e com os outros, principalmente com a família.
Até que chega o momento de ela voltar para casa. Chegando lá uma notícia desencadeia uma reação lenta e inesperada: Esther não consegue mais escrever (sim, ela gostaria de ser uma poeta), aos poucos vai perdendo a vontade de comer, começa a ficar demais na cama, fica dias sem lavar o cabelo... Ou seja, ela perde a vontade de viver. Não por causa da notícia que ela recebeu ou de alguns acontecimentos que precederam sua partida de NY, mas uma junção de inúmeros fatores que foram tomando conta dela, tão lentamente, que quando ela percebeu, já não conseguia mais dormir.
O livro não é leve. Mas ao mesmo tempo, ele não trata a doença com emoção. É como se houvesse um certo distanciamento clinico entre a narrativa e os acontecimentos, mesmo sendo em primeira pessoa. Isso só contribui para a descrição de Esther de o que seria o estado em que ela se encontra:

"If Mrs. Guinea had given me a ticket to Europe, or a round-the-world cruise, it wouldn't have made one scrap of difference to me, because wherever I sat - on the deck of a ship or at a street café in Paris or Bangkok - I would be siting under the same glass bell jar, stewing in my own sour air."

Ou seja, não importa as circunstâncias externas, o mundo não tem mais importância. É como se um jarro de vidro tivesse decido sobre ela e ela não pudesse sentir mais o mundo do mesmo jeito das outras pessoas. Ela só pode sentir a si mesma e, no momento, é a última pessoa com quem ela quer estar.
Depois de alguns acontecimentos Esther vai parar em uma série de hospitais e é muito interessante ver essa dinâmica dela com os médicos e com os outros pacientes.
É um livro extremamente psicológico, indicado para quem tem estomago, paciência e interesse. Só perdeu meia estrelinha porque eu achei que existem muitas histórias e personagens desnecessários, mas como é um livro "autobiográfico" eu relevei, por isso não perdeu uma estrelinha inteira.

site: http://escolhendoseulivro.blogspot.com.br/2013/08/resenha-bell-jar.html
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Laís 18/11/2024

Tinha expectativas?
Achei que iria amar o livro, uma vez que já li tantas frases lindas (e melancólicas) sobre a vida, escritas pela autora. Mesmo sabendo sobre o que seria o livro, achei que seria fluido e bom. Mas se tornou uma leitura pesada, arrastada e achei algumas partes de uma melancolia quase que doente, embora se compreenda pela vida da autora. De qualquer forma, terminei mas pra mim não funcionou muito bem.
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Nanda Lima 10/08/2014

Uma obra para corajosos
Uma obra densa, triste e depressiva. Este é um livro sobre uma garota de 20 entrando em depressão e passando pelo inferno de perder o prazer pela vida, a vontade de continuar existindo e até mesmo a ligação que tinha com sua rotina do dia-a-dia e com as pessoas que a rodeavam. Esta é uma obra que NÃO deve ser lida por quem está deprimido.

A autora, Sylvia Plath, suicidou-se dois anos após escrever "A redoma de vidro", considerado um relato autobiográfico da autora. Plath conseguiu, muito bem, como apenas alguém que vivia na pele o que relatou, repassar para o leitor a profunda tristeza e vazio que permeia a mente do depressivo. Confesso que tive dificuldades para ler a obra até o fim e parei a leitura por várias vezes, para o bem da minha saúde mental. Como eu disse acima esta não é, absolutamente, uma leitura a ser feita em um momento de sofrimento.

A ideia do suicídio, que está latente em toda a sua escrita, é vista sem a paixão que muitos incautos lhe conferem. A praticidade de morrer em face do sofrimento é exposta. O vazio e a falta de sentidos da vida são expostos. A fragilidade da mente humana e a efemeridade das paixões, das lutas, dos objetos, relações e sonhos são trabalhados sem o uso de falsos argumentos ou teorias filosóficas, teológicas ou da psicanálise. A obra é uma ferida aberta relatada pelo próprio ferido, o que dá a ela o tom de causalidade que, ao invés de banalizá-la ou deixá-la mais leve, confere-lhe visceralidade.

Este é um livro para corajosos. E apenas para os corajosos eu o indico.

site: http://umaleitoraassidua.blogspot.com.br/
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