O Navio Negreiro

O Navio Negreiro Castro Alves




Resenhas - O Navio Negreiro


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Ju 20/07/2022

Um tapa na cara
Vindo fazer a resenha assim que terminei a leitura porque ainda estou com a indignação e a melancolia frescas no estômago, na mente no coração.... Já havia estudado Castro Alves no ensino médio, tive contato com seus textos, mas admito que era aquela leitura obrigatória, feita apenas pra responder questões, sem uma real reflexão quanto ao que estava sendo lido.
Agora, lendo aos 26 anos (inclusive o livro foi um presente de aniversário de um amigo), com mais maturidade e consciência social, esta versão da Antofáfica, com as notas explicativas e os textos de comentários ao fim, a obra do poeta dos escravos tomou uma proporção gigantesca, me fez mergulhar e refletir, me incomodar e comover de maneira muito nocauteante. Precisei pausar algumas vezes, respirar, pra depois retornar.
Os textos de análise no fim só tornaram a leitura ainda mais rica e ainda mais indignante, me pegava retornando aos poemas pra entender as referências e me reindignar com a barbárie, com a tragédia tão recente, tão fresca ainda na história brasileira, apesar de muitos não reconhecerem.
Recomendo mil vezes a leitura dessa obra, especialmente se você, como eu, não tem tanto contato com a leitura de poesia, essa edição ajuda bastante, e todo o histórico de vida do autor narrado nos textos de apoio, o fato de que publicou seu primeiro poema abolicionista aos 16 anos, lutou tão ferrenhamente e morreu tão precocemente, torna a leitura ainda mais envolvente e impressionante. Admito que cheguei a me sentir envergonhada e intimidada, eu já ultrapassei os anos que Castro Alves teve em vida, em que medida tenho me indignado e lutado pra modificar uma realidade social que ainda é extremamente real no Brasil?
5/5.
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paulina 14/07/2022

"Levantai-vos, heróis do Novo Mundo! Andrada! arranca esse pendão dos ares! Colombo! fecha a porta dos teus mares!"
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Leila de Carvalho e Gonçalves 17/06/2022

?Stamos em Pleno Mar?
Castro Alves, o maior representante do condoreirismo no país, é o primeiro poeta publicado pela Antofágica. O livro O Navio Negreiro e Outras Poemas inaugura essa nova fase e reúne 11 obras voltadas para a escravidão e seus desdobramentos.

O carro-chefe é O Navio Negreiro, o poema-símbolo de nosso movimento abolicionista, e os demais, conforme a ordem de apresentação, são: América, A Canção Do Africano, Bandido Negro, Mater Dolorosa, O Século, Estrofes Do Solitário, O Sol E O Povo, Saudação A Palmares, Tragédia No Lar e Vozes D?África.

De posse desses títulos, basta uma rápida pesquisa na internet para encontrar ?todos? os poemas disponíveis ?sem qualquer custo?, o que leva a inevitável pergunta: por que eu devo comprar o livro?

Eu posso enumerar três motivos que me levaram a optar pela compra. O primeiro é tê-los reunidos num único exemplar? formato de bolso ? de inequívoca qualidade. Da capa dura à qualidade do papel, a Antofágica não decepciona o leitor. Inclusive, o e-book também oferece uma experiência diferenciada de leitura, pois, se o leitor dispensar o Kindle e usar o aplicativo de leitura da Amazon instalado num tablet ou notebook, ele poderá visualizar as belas cores das ilustrações de Mulambö, isto é, o vermelho vivo, o amarelo e o negro, respectivamente o sangue, o ouro e o luto pelos escravizados. Aliás, a ousada inserção dessas ilustrações no poema O Navio Negreiro muito me agradou, redimensionando o horror que escapa dos versos.

O segundo motivo reporta aos Posfácios e às esclarecedoras Notas que dão uma boa ideia sobre a vida do poeta e também oferecem uma análise valiosa sobre a obra castro-alvense dentro do contexto histórico atual, aliás, esse juízo critico não poupa elogias e até mesmo objeções. Outro desafio é entender ?como um um homem branco do seu tempo e lugar de privilégio soube traduzir a dor da escravidão? de maneira a tornar-se seu principal porta-voz. Sem dúvida, uma testemunha de inegável talento, contudo será que as narrativas seriam outras, se relatadas por aqueles que sofreram diretamente com a escravatura?

O terceiro e não menos importante, trata-se de duas videoaulas sobre o livro com Luiz Henrique de Oliveira, doutor em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela UFMG. Para acessar basta escanear o QR Code da cinta (livro) ou da página 8 (e-book).

Enfim, recomendo e antes de encerrar, segue a relação dos textos que acompanham a edição:
Apresentação: Pétala e Isa Souza, do Canal Afrofuturas.
Posfácios:
* Poesia A Serviço Da Liberdade (Doutor Em Teoria Da Literatura E Literatura Comparada Luiz Henrique Oliveira)
* Tragédia No Mar, O Filme Subversiva (Atriz E Poeta Elisa Lucinda)
* Castro Alves, Poeta Da Liberdade (Escritor E Jornalista Tom Farias)
* Vozes De Indignação (Historiadora E Especialista Na Diáspora Africana Monica Lima)

Nota: ??Stamos Em Pleno Mar? é a abertura das quatro primeiras estrofes de O Navio Negreiro. ?
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livrosmortificados 02/05/2022

"Ontem plena liberdade,
a vontade por poder...
Hoje...cum'lo de maldade,
nem são livre pra morrer"
que poesia linda e dolosora
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Renata 30/04/2022

.
O poema é bem profundo e pesado
É uma leitura obrigatória da escola, foi até boa, mas a professora não poupou explicações, mesmo as mais pesadas
É muito triste, recomendo lerem...
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Pr.Thiago 28/03/2022

NAVIO NEGREIRO
Primeiro livro de poesia da Antofágica, O navio negreiro e outros poemas conta com ilustrações do artista Mulambö em diálogo com o projeto gráfico de Oga Mendonça, além de posfácio da atriz e poeta Elisa Lucinda.?O navio negreiro? é mais que a narrativa poética de uma tragédia no mar: é a denúncia da escravidão. Com uma sensibilidade ímpar para a sua época, Castro Alves sabia que os tumbeiros vinham carregados de saberes ancestrais, carregados por povos que não eram sequer livres para morrer. Esta edição, que começa com o célebre "O navio negreiro", inclui uma seleção dos poemas que tornaram Castro Alves o poeta dos escravizados ? ou, como ele queria, o poeta da Liberdade. Em sua condição de homem branco, Castro Alves volta-se contra a branquitude escravocrata e toma para si uma luta que ainda ecoa nos dias de hoje. .Além de ilustrações de Mulambö e apresentação de Pétala e Isa Souza, do canal Afrofuturas, a edição tem posfácios do doutor em Teoria da Literatura e Literatura Comparada Luiz Henrique Oliveira (Cefet-MG), da atriz e poeta Elisa Lucinda, do escritor e jornalista Tom Farias e da historiadora e especialista na diáspora africana Mônica Lima e Souza (UFRJ). EXTRA: Ao escanear o QR Code da cinta, o leitor tem acesso a duas videoaulas sobre o livro com Luiz Henrique Oliveira, doutor em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela UFMG.
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Naiana 24/03/2022

Edição maravilhosa da Antofágica
A Antofágica tem feito publicações excelentes e não foi diferente com O Navio Negreiro e outros poemas. Além de selecionar poemas maravilhosos de Castro Alves, daqueles que incomodam bastante, mas que traz verdades necessárias para todos tentarem compreender ao menos um pouco o que foi o período em que negros eram trazidos a força ao Brasil e obrigados a trabalhar, às vezes até a morte, sob a lei do açoite.

Os poemas selecionados para esta publicação foram:
- O Navio Negreiro, com ilustração de Mulambo, maravilhosa e com perfeita conexão com o texto, fazendo com que o texto salte e se torne muito mais visível e palpável;
- América;
- A canção do africano;
- Bandido Negro;
- Mater dolorosa;
- O século;
- Estrofes do solitário;
- O sol e o povo;
- Saudação a Palmares;
- Tragédia no lar;
- Vozes d'África.

Apresentação escrita por Pétala e Isa Souza traz a reflexão do porque estudamos tão pouco Castro Alves, ele cuja a importância para a história e literatura brasileira fora tão grande, malmente é citado no período escolar. E temos 4 posfácios que trazem a história de Castro Alves, tanto pessoal, como escritor e no contexto histórico em que ele nasceu e estava inserido; suas amizades, amor, família, perdas e sua própria more, tão precoce em tantos sentidos. Se o autor já foi grande tendo tão pouco tempo de vida, imagina o que poderia ter feito se pudesse ter mais tempo...
As referências contidas no texto nos traz a possibilidade de conhecer ainda mais de Castro Alves e desse período histórico, tanto no Brasil, quanto na África e no mundo.

Amei o livro, fácil ganhou a posição de favorito, por tudo o que ele traz em si, tanto como livro, quanto como manifesto.
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Liaaaaaakskddnfibrje 18/03/2022

Li pq é um clássico e citam ele em um monte de coisa
nsei se entendi td certin, mas foi uma boa experiência
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Nara 16/03/2022

Os poemas de Castro Alves são todos maravilhosos, mas não tem jeito, é O Navio Negreiro que me dá um nó na garganta toda vez que ouço ou leio. E demore tenho vontade de reler.
Parabéns para a editora Antofágica porque a edição está belíssima. As notas de rodapé são super necessárias e a biografia e os textos complementares estão sensacionais.
Todo mundo deveria ler, principalmente nós da branquitude.
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Juliana 15/03/2022

Todos deveriam ler!
"E ri-se Satanás!...
[...]
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!"
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Carol Bazanini 13/03/2022

Eu definitivamente não imaginava que iria gostar tanto desse livro.

Acho que foi a melhor coletânea de poesia que já li, sendo com certeza a mais potente. Preciso e extremamente certeiro, retrata a indigitação do poeta com a escravidão e a forma degradante com a qual os escravizados eram tratados.

Não conheci o autor e fiquei muito curiosa para saber mais sobre sua vida, pois um homem branco privilegiado que entendeu e se empenhou ferrenhamente na luta abolicionista merece respeito e admiração.

Livro poluente e que ainda hoje faz-se necessário, tanto como registro histórico de um tempo como para nos lembrar de que, por mais que a escravidão tenha sigo ilegalizada, existem outras formas de exclusão de seus descendentes, como a miséria e o racismo.
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Livros e Chocolate Quente 25/02/2022

Achei bem fraco
Eu já vi muitas pessoas falando desse poema, mas realmente não funcionou para mim, algumas coisas me incomodaram.
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Evy 21/01/2022

Não e meu tipo de leitura
Cheguei a certeza que poema não e meu tipo de leitura, a escrita e boa, não esqueça que e um clássico então o linguajar e antigo. Quem gosta de poemas vai adorar
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Sarah.Meneses 21/01/2022

Curto e pesado
Apesar do seu tamanho pequeno, o encargo e dor é presente desde o início. O retrato de como a vida dessas pessoas mudou drasticamente pela ambição de outros que nada tinha conhecimento e respeito sobre elas. A situação que foram e são tratados, na captura e viagem. A humanidade retirada.
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