Kinfolk

Kinfolk Pearl S. Buck




Resenhas - A Aldeia Ancestral


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Rub.88 21/01/2021

Antes da Revolução Cultural
A idealização de uma herança cultural hegemônica. A imagem criada por exilados da terra natal que esquecem ou relegam detalhes que possam manchar tal memoria afetiva. Quando contam aos descendentes desterrados, ainda muito jovens para guardarem alguma lembrança do lugar onde deram os primeiros passos e para aquele que já nasceram em solo estrangeiro, exaltam as qualidades do rincão de origem e mantem vivas as tradições milenares a qual pertencem mesmo estando longe da pátria dos ancestrais. Mas grandeza se apequena assim tomamos o nosso lugar na historia.
Em A Aldeia Ancestral da sinologista, que é o estudo da civilização Chinesa e não de sinos, e ganhadora do premio Nobel de 1938 Pearl S. Buck temos uma visão da China ainda não de toda vermelha.
uma romance de costumes, detalhando e mostrando as diferenças da vida na China e nos Estado unidos. Problemas como perda da virgindade, infidelidade, alfabetização, combate a superstições e integração entre emigrantes e americanos típicos são discutidos pelo viés do espirito orientalizado, e preso no ocidente.
Existe muita aversão ao que é novo e misoginia em varias páginas. A desqualificação das mulheres está em cada dialogo dos personagens chineses masculino da trama. É de dar asco, mas é fidedigna a época.
Durante a leitura eu não conseguia situar o período exato em que o enredo passava. A autora não dá nenhuma dica histórica, até que no final falou dos comunistas que já dominavam algumas áreas chinesas e que o governante era Chiang Kai-shek chefe do Kuomintang entre 1928 a 1949.
O livro é bem escrito e com bom ritmo, mas é comum. Nada de memorável. A única coisa que me chamou a atenção foi o Tio Tao, personagem obeso e autoritário que comanda a aldeia ancestral e arredores com suas ligações com os cobradores de impostos e soldados. Quer que tudo seja do seu jeito e arranca o couro dos meeiros. As mulheres da família têm como única função servi-lo imediatamente. Em dado momento começa a crescer um tumor na pança gigantesca do mandarim. Ele tem medo e não quer que o sobrinho, praticamente um estrangeiro e desconhecido, o opere, mas acaba sendo convencido. A cirurgia é um sucesso e Tio Tao volta aos pouco a ser o tirano retrógado de antes. Eu interpretei essas passagens do texto como Tio Tao sendo a China antiga e o tumor, o comunismo. Parece que a operação não extirpou a ameaça como pareceu a principio...
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